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Residência terapêutica: uma casa na cidade e os sonhos de cidadania / Therapeutic Community House: A house in the city and the dreams of citizenship.Roza Júnior, José Alberto 24 June 2016 (has links)
Esta investigação trata da reinserção de pessoas com transtornos mentais, antes confinadas em Hospitais Psiquiátricos, no espaço da cidade em seu estilo contemporâneo de relações sociais. Inicialmente, realizamos uma trajetória da Saude Mental, desde a era dos manicômios, lugares para a contenção física e medicamentosa, em que as hospitalizações e internacoes em instituições asilares ocupavam um lugar central, até nos aproximarmos da Reforma Psiquiatrica brasileira, que, se inspirou na Reforma Psiquiatrica italiana. No Brasil, com a lei n 10216/01e a Portaria GM106/2000, que redirecionaram todo o modelo de atendimento a essas pessoas, a aposta nas Residências Terapêuticas tem sido fundamental para o processo de desinstitucionalização, na medida em que pretendem assegurar os direitos de pessoas, sem vínculos familiares, que deixam o hospital para viver em uma casa e, acima de tudo, acompanhar seu processo de reapropriação da cidade. No sentido de levantar subsídios para explicitar os obstáculos presentes nas relações de vizinhança implicadas nessa proposta foi efetuada uma análise de uma peticao inicial, inserida em um processo jurídico destinado a uma Residência Terapêutica, cujos vizinhos se mobilizaram para a expulsão dos moradores daquela casa. Foi possível observar o alcance da dificuldade implicada na reconstrução da cidadania dos egressos de Hospitais Psiquiátricos, o que nos permite destacar que, depois de tanta violência cometida pelo Estado em instituições e hospitais, esta análise evidencia como as Residências Terapeuticas são apenas o começo de um processo de reinserção complexa dessas pessoas, historicamente excluídas da paisagem urbana e da sociedade / The research considers the reinsertion of people with mental disorders in society and specifically their challenges adapting to urban life. It begins looking at the long hospitalizations and institutions designed to contain these people physically or through medication up to the development of the psychiatric reforms. In Brazil, law n 10216/01 triggered the discussion about the place and space needed to open up cities again to these people. Given the advances brought by the new model, the therapeutic community houses represent a relevant strategy in the deinstitutionalization process of people with mental disorders who lived long hospitalization periods and lost their family linkages. These people may now return to a house in the city, the main object of this research. Unwelcoming neighbors in a middle class area in Sao Paulo resisted resulting in a judicial process that this residence could not withstand, having to move elsewhere. As a result one might question the advances in mental health treatment given simple neighborhood problems strip people with mental health disorders from their citizenship. There is still a need to consider reparations for these people. After so much violence committed by the state in institutions and hospitals this analysis shows that the therapeutic community houses are just the beginning of a complex reinsertion process of these socially excluded people into the urban landscape and society
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Residência terapêutica: uma casa na cidade e os sonhos de cidadania / Therapeutic Community House: A house in the city and the dreams of citizenship.José Alberto Roza Júnior 24 June 2016 (has links)
Esta investigação trata da reinserção de pessoas com transtornos mentais, antes confinadas em Hospitais Psiquiátricos, no espaço da cidade em seu estilo contemporâneo de relações sociais. Inicialmente, realizamos uma trajetória da Saude Mental, desde a era dos manicômios, lugares para a contenção física e medicamentosa, em que as hospitalizações e internacoes em instituições asilares ocupavam um lugar central, até nos aproximarmos da Reforma Psiquiatrica brasileira, que, se inspirou na Reforma Psiquiatrica italiana. No Brasil, com a lei n 10216/01e a Portaria GM106/2000, que redirecionaram todo o modelo de atendimento a essas pessoas, a aposta nas Residências Terapêuticas tem sido fundamental para o processo de desinstitucionalização, na medida em que pretendem assegurar os direitos de pessoas, sem vínculos familiares, que deixam o hospital para viver em uma casa e, acima de tudo, acompanhar seu processo de reapropriação da cidade. No sentido de levantar subsídios para explicitar os obstáculos presentes nas relações de vizinhança implicadas nessa proposta foi efetuada uma análise de uma peticao inicial, inserida em um processo jurídico destinado a uma Residência Terapêutica, cujos vizinhos se mobilizaram para a expulsão dos moradores daquela casa. Foi possível observar o alcance da dificuldade implicada na reconstrução da cidadania dos egressos de Hospitais Psiquiátricos, o que nos permite destacar que, depois de tanta violência cometida pelo Estado em instituições e hospitais, esta análise evidencia como as Residências Terapeuticas são apenas o começo de um processo de reinserção complexa dessas pessoas, historicamente excluídas da paisagem urbana e da sociedade / The research considers the reinsertion of people with mental disorders in society and specifically their challenges adapting to urban life. It begins looking at the long hospitalizations and institutions designed to contain these people physically or through medication up to the development of the psychiatric reforms. In Brazil, law n 10216/01 triggered the discussion about the place and space needed to open up cities again to these people. Given the advances brought by the new model, the therapeutic community houses represent a relevant strategy in the deinstitutionalization process of people with mental disorders who lived long hospitalization periods and lost their family linkages. These people may now return to a house in the city, the main object of this research. Unwelcoming neighbors in a middle class area in Sao Paulo resisted resulting in a judicial process that this residence could not withstand, having to move elsewhere. As a result one might question the advances in mental health treatment given simple neighborhood problems strip people with mental health disorders from their citizenship. There is still a need to consider reparations for these people. After so much violence committed by the state in institutions and hospitals this analysis shows that the therapeutic community houses are just the beginning of a complex reinsertion process of these socially excluded people into the urban landscape and society
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