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Cavidades secretoras nos órgãos vegetativos aéreos de Copaifera trapezifolia Hayne (Leguminosae, Caesalpinoideae) / Secretory cavities in the aerial vegetative organs of Copaifera trapezifolia Hayne (Leguminosae, Caesalpinioideae).Milani, Juliana Foresti 29 January 2010 (has links)
As copaíbas, pertencentes à família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae, são conhecidas pela produção de uma óleo-resina com propriedades antiinflamatórias, utilizada na medicina popular e pela indústria farmacêutica. A substância é retirada do tronco da árvore, através do uso de um trado que perfura o caule até que a óleo-resina escorra. Esta óleo-resina parece ser produzida, armazenada e secretada por dois tipos de estruturas secretoras, os canais e as cavidades secretores. Embora muitos trabalhos tratem das análises químicas e das atividades biológicas da óleo-resina de espécies de Copaifera, poucos são os que tratam dos mecanismos subcelulares da produção, do armazenamento e da secreção da óleo-resina. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar comparativamente a distribuição, a morfologia, o desenvolvimento e o conteúdo secretor dos canais e/ou cavidades secretores de óleo-resina no caule e na folha de Copaifera trapezifolia Hayne, única dentre as 35 espécies do gênero que ocorre na Floresta Atlântica. Foi testado se os canais e/ou cavidades secretores produzem óleo-resina na folha, assim como relatado para o caule, a fim de propor alternativas para a utilização do tronco da árvore como fonte da secreção. Como a natureza química da secreção já é conhecida para o caule, o estudo ultraestrutural visa relacionar as populações de organelas às substâncias produzidas, ampliando o conhecimento sobre os mecanismos de produção e secreção de óleo-resina pelas células epiteliais secretoras dos canais e/ou cavidades. Para tal, gemas axilares contendo primórdios foliares e caulinares e folíolos medianos completamente expandidos foram coletados de três indivíduos no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e processados para estudos anatômicos, de histolocalização de óleo-resina, ultra-estruturais e de diafanização de folhas inteiras. Os dados indicam que estruturas com forma isodiamétrica, denominadas cavidades secretoras, ocorrem na folha e no caule em estrutura primária e secundária. Na lâmina foliar, estão localizadas entre os parênquimas paliçádico e lacunoso e na face abaxial da nervura central; no pecíolo as cavidades ocorrem no córtex; no caule ocorrem imersas nos parênquimas cortical e medular. Originam-se de células do meristema fundamental, a partir de uma divisão periclinal seguida de duas anticlinais; o lúmen é originado por esquizogenia. O conteúdo das cavidades tanto do caule como da folha contém óleo e resina, conforme consta na literatura para o gênero. Isto permite inferir que a extração da óleo-resina seria menos prejudicial para a planta se extraída da folha. A presença de um epitélio bisseriado na folha e no caule, assim como o que foi encontrado em C. langsdorffii, constitui um dado inédito para Leguminosae e, provavelmente, representa a reposição das células epiteliais que já secretaram. As células epiteliais, no início da produção dos metabólitos, são polarizadas: núcleo próximo à parede periclinal interna e citoplasma próximo à parede periclinal externa. O citoplasma é rico em mitocôndrias e retículos endoplasmáticos liso e rugoso, associados a vesículas (folha) ou plastídeos (caule). Vesículas de conteúdo distinto (elétron-denso e elétron-opaco) são produzidas nos retículos, transportadas por entre as microfibrilas das paredes anticlinal e periclinal interna e liberadas para o lúmen. Produção e secreção de metabólitos para o lúmen não são sincronizadas nas células epiteliais de uma mesma cavidade. Sugere-se que o componente resinoso seja produzido nos retículos rugosos e plastídeos, e o oleoso nos retículos lisos. A comparação entre C. langsdorffii e C. trapezifolia utilizando caracteres com valor diagnóstico representa um resultado pioneiro se considerado o grande número de espécies e morfo-espécies do gênero. No entanto, a inclusão de um maior número de espécies nos estudos de estruturas secretoras de Copaifera permitiriam auxiliar a delimitação infragenérica do grupo. / Copaíbas (Leguminosae, Caesalpinioideae) are best known for the production of an oilresin with anti-inflammatory properties, used in the folk medicine and pharmaceutical industry. The substance is usually taken from the stem, through the use of an auger to drill the stem until the oilresin drips. This oilresin seems to be produced, stored and secreted by two types of secretory structures, canals and secretory cavities. Although many studies address the chemical analysis and the biological activity of the oilresin in species of Copaifera, the cellular mechanisms of production, storage and secretion have rarely been exploited. The objective of this study was to compare the distribution, morphology, development and secretion biology of oilresin-secreting canals and/or cavities, in the stem and in the leaf of Copaifera trapezifolia Hayne, unique among the 35 species of the genus that occurs in the Atlantic Rain Forest. The study tested wheather canals and/or cavities produce oilresin in the leaf, as reported to the stem, in order to propose alternatives to the use of the trunk of the tree as a source of secretion. Considering that the chemical nature of the secretion is already known to the stem, the ultrastructural study of canal/cavity in several stages of development aim at to associate subcellular components with substances produced and secreted. Data obtained can increase the knowledge on the production and secretion mechanisms of within epithelial cells of secretory canals and/or cavities. Materials include axillary buds containing leaf and stem primordial, besides mature middle leaflets and portions of stem in primary and secondary growth. They were collected from three individuals in the Botanic Garden of Rio de Janeiro and prepared to be employed in anatomy, histolocalization of oilresin, ultrastructure and clearing of whole leaves. Secretory cavities were observed in the leaf and the stem (primary and secondary growth), between the palisade and spongy mesophyll, petiole cortex, and shoot cortex and pith. Cavities originate from ground meristem cells by a periclinal division followed by two anticlinals; the lumen is formed by esquizogenous process. The content of the cavities of both the stem and leaf contains oil and resin, as shown in the literature for the genus. This suggests that the extraction of the oleoresin would be less harmful for the plant if extracted from the leaf. The presence of a biseriate epithelium in foliar and shoot cavities, as similarly found in C. langsdorffii, is a novelty for Leguminosae, and probably represents the replacement of epithelial cells that have secreted. In the beginning of substance production epithelial cells are polarized: nucleus near the inner periclinal wall and cytoplasm near the outer periclinal wall. The cytoplasm is rich in mitochondria, and smooth and rough endoplasmic reticulum associated to vesicles (leaf) or plastids (stem). There is a greater amount of smooth endoplasmic reticulum in cells of the leaf cavities and rough endoplasmic reticulum in cells of the stem cavities. Vesicles with different content (electron-dense and electron-opaque) are produced by the reticulum, transported through microfibrils of anticlinals and inner periclinal walls and released into the lumen. Production and secretion of metabolites are not synchronized in epithelial cells of the same cavity. It is suggested that the resin component is produced in the rough reticulum and plastids, and the oily component in the smooth reticulum. The comparison between C. langsdorffii and C. trapezifolia using characters with diagnostic value represents a pioneer result if considered the number of species and morpho-species of the genus. However, the inclusion of a greater number of species in studies of secretory structures of Copaifera would certainly help the complex infrageneric division of this group.
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Cavidades secretoras nos órgãos vegetativos aéreos de Copaifera trapezifolia Hayne (Leguminosae, Caesalpinoideae) / Secretory cavities in the aerial vegetative organs of Copaifera trapezifolia Hayne (Leguminosae, Caesalpinioideae).Juliana Foresti Milani 29 January 2010 (has links)
As copaíbas, pertencentes à família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae, são conhecidas pela produção de uma óleo-resina com propriedades antiinflamatórias, utilizada na medicina popular e pela indústria farmacêutica. A substância é retirada do tronco da árvore, através do uso de um trado que perfura o caule até que a óleo-resina escorra. Esta óleo-resina parece ser produzida, armazenada e secretada por dois tipos de estruturas secretoras, os canais e as cavidades secretores. Embora muitos trabalhos tratem das análises químicas e das atividades biológicas da óleo-resina de espécies de Copaifera, poucos são os que tratam dos mecanismos subcelulares da produção, do armazenamento e da secreção da óleo-resina. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar comparativamente a distribuição, a morfologia, o desenvolvimento e o conteúdo secretor dos canais e/ou cavidades secretores de óleo-resina no caule e na folha de Copaifera trapezifolia Hayne, única dentre as 35 espécies do gênero que ocorre na Floresta Atlântica. Foi testado se os canais e/ou cavidades secretores produzem óleo-resina na folha, assim como relatado para o caule, a fim de propor alternativas para a utilização do tronco da árvore como fonte da secreção. Como a natureza química da secreção já é conhecida para o caule, o estudo ultraestrutural visa relacionar as populações de organelas às substâncias produzidas, ampliando o conhecimento sobre os mecanismos de produção e secreção de óleo-resina pelas células epiteliais secretoras dos canais e/ou cavidades. Para tal, gemas axilares contendo primórdios foliares e caulinares e folíolos medianos completamente expandidos foram coletados de três indivíduos no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e processados para estudos anatômicos, de histolocalização de óleo-resina, ultra-estruturais e de diafanização de folhas inteiras. Os dados indicam que estruturas com forma isodiamétrica, denominadas cavidades secretoras, ocorrem na folha e no caule em estrutura primária e secundária. Na lâmina foliar, estão localizadas entre os parênquimas paliçádico e lacunoso e na face abaxial da nervura central; no pecíolo as cavidades ocorrem no córtex; no caule ocorrem imersas nos parênquimas cortical e medular. Originam-se de células do meristema fundamental, a partir de uma divisão periclinal seguida de duas anticlinais; o lúmen é originado por esquizogenia. O conteúdo das cavidades tanto do caule como da folha contém óleo e resina, conforme consta na literatura para o gênero. Isto permite inferir que a extração da óleo-resina seria menos prejudicial para a planta se extraída da folha. A presença de um epitélio bisseriado na folha e no caule, assim como o que foi encontrado em C. langsdorffii, constitui um dado inédito para Leguminosae e, provavelmente, representa a reposição das células epiteliais que já secretaram. As células epiteliais, no início da produção dos metabólitos, são polarizadas: núcleo próximo à parede periclinal interna e citoplasma próximo à parede periclinal externa. O citoplasma é rico em mitocôndrias e retículos endoplasmáticos liso e rugoso, associados a vesículas (folha) ou plastídeos (caule). Vesículas de conteúdo distinto (elétron-denso e elétron-opaco) são produzidas nos retículos, transportadas por entre as microfibrilas das paredes anticlinal e periclinal interna e liberadas para o lúmen. Produção e secreção de metabólitos para o lúmen não são sincronizadas nas células epiteliais de uma mesma cavidade. Sugere-se que o componente resinoso seja produzido nos retículos rugosos e plastídeos, e o oleoso nos retículos lisos. A comparação entre C. langsdorffii e C. trapezifolia utilizando caracteres com valor diagnóstico representa um resultado pioneiro se considerado o grande número de espécies e morfo-espécies do gênero. No entanto, a inclusão de um maior número de espécies nos estudos de estruturas secretoras de Copaifera permitiriam auxiliar a delimitação infragenérica do grupo. / Copaíbas (Leguminosae, Caesalpinioideae) are best known for the production of an oilresin with anti-inflammatory properties, used in the folk medicine and pharmaceutical industry. The substance is usually taken from the stem, through the use of an auger to drill the stem until the oilresin drips. This oilresin seems to be produced, stored and secreted by two types of secretory structures, canals and secretory cavities. Although many studies address the chemical analysis and the biological activity of the oilresin in species of Copaifera, the cellular mechanisms of production, storage and secretion have rarely been exploited. The objective of this study was to compare the distribution, morphology, development and secretion biology of oilresin-secreting canals and/or cavities, in the stem and in the leaf of Copaifera trapezifolia Hayne, unique among the 35 species of the genus that occurs in the Atlantic Rain Forest. The study tested wheather canals and/or cavities produce oilresin in the leaf, as reported to the stem, in order to propose alternatives to the use of the trunk of the tree as a source of secretion. Considering that the chemical nature of the secretion is already known to the stem, the ultrastructural study of canal/cavity in several stages of development aim at to associate subcellular components with substances produced and secreted. Data obtained can increase the knowledge on the production and secretion mechanisms of within epithelial cells of secretory canals and/or cavities. Materials include axillary buds containing leaf and stem primordial, besides mature middle leaflets and portions of stem in primary and secondary growth. They were collected from three individuals in the Botanic Garden of Rio de Janeiro and prepared to be employed in anatomy, histolocalization of oilresin, ultrastructure and clearing of whole leaves. Secretory cavities were observed in the leaf and the stem (primary and secondary growth), between the palisade and spongy mesophyll, petiole cortex, and shoot cortex and pith. Cavities originate from ground meristem cells by a periclinal division followed by two anticlinals; the lumen is formed by esquizogenous process. The content of the cavities of both the stem and leaf contains oil and resin, as shown in the literature for the genus. This suggests that the extraction of the oleoresin would be less harmful for the plant if extracted from the leaf. The presence of a biseriate epithelium in foliar and shoot cavities, as similarly found in C. langsdorffii, is a novelty for Leguminosae, and probably represents the replacement of epithelial cells that have secreted. In the beginning of substance production epithelial cells are polarized: nucleus near the inner periclinal wall and cytoplasm near the outer periclinal wall. The cytoplasm is rich in mitochondria, and smooth and rough endoplasmic reticulum associated to vesicles (leaf) or plastids (stem). There is a greater amount of smooth endoplasmic reticulum in cells of the leaf cavities and rough endoplasmic reticulum in cells of the stem cavities. Vesicles with different content (electron-dense and electron-opaque) are produced by the reticulum, transported through microfibrils of anticlinals and inner periclinal walls and released into the lumen. Production and secretion of metabolites are not synchronized in epithelial cells of the same cavity. It is suggested that the resin component is produced in the rough reticulum and plastids, and the oily component in the smooth reticulum. The comparison between C. langsdorffii and C. trapezifolia using characters with diagnostic value represents a pioneer result if considered the number of species and morpho-species of the genus. However, the inclusion of a greater number of species in studies of secretory structures of Copaifera would certainly help the complex infrageneric division of this group.
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Avaliação ultra-estrutural do efeito radioprotetor do selenito de sodio em glandulas submandibulares de ratosPontual, Maria Luiza dos Anjos 22 February 2005 (has links)
Orientador: Solange Maria de Almeida / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-04T04:01:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Pontual_MariaLuizadosAnjos_D.pdf: 19820473 bytes, checksum: dbd5a33178ca3a999b3af5968d746de7 (MD5)
Previous issue date: 2005 / Resumo: Avaliou-se o efeito radioprotetor do selenito de sódio nas células secretoras das glândulas submandibulares de ratos, por meio da análise ultraestrutural. Foram utilizados 57 ratos subdivididos em quatro grupos experimentais: controle, irradiado, selenito de sódio e selenito de sódio/irradiado. Os animais, pertencentes aos grupos irradiado e selenito de sódio/irradiado, foram submetidos a 15 Gy de radiação gama na região de cabeça e pescoço. Nos animais correspondentes aos grupos selenito de sódio e selenito de sódio/irradiado foi administrado 0,5 mg/kg de peso de selenito de sódio por via intraperitonial 24 horas antes da irradiação e nos grupos controle e irradiado, injetou-se solução salina. As glândulas submandibulares foram removidas após 4, 8, 12, 24, 48 e 72 horas da irradiação. Os resultados mostraram que a radiação causou danos, desde o primeiro tempo, nas células secretoras, sendo maior para as células serosas. Os danos intensificaram-se até o período de 12 horas, com início do processo de reparo no tempo de 24 horas, sem recuperação completa nos últimos tempos avaliados. O grupo selenito de sódio também apresentou alterações celulares nos tempos estudados, porém com menor dano em relação ao causado pela radiação. Foram observados vacuolização, lise de inclusões citoplasmáticas e
alterações nucleares. O grupo selenito de sódio/irradiado apresentou maior semelhança com o grupo controle que os outros grupos tratados durante todos os tempos estudados. Foi concluído que, apesar das alterações observadas no grupo selenito de sódio, o selenito de sódio possui ação radioprotetora nas células secretoras das glândulas submandibulares / Abstract: The radioprotective effect of sodium selenite in the secretory cells of submandibular glands of rats was assessed by ultrastructural analysis. A total of 57 rats were used, which were divided into four experimental groups: control, irradiated, sodium selenite and sodium selenite/irradiated. The animals belonging to the irradiated and sodium selenite /irradiated groups were submitted to 15 Gy of gamma radiation at the head and neck. The animals in the sodium selenite and sodium selenite/irradiated groups received intraperitoneal injections of sodium
selenite, 0.5mg/kg of body weight, at 24 hours before irradiation; the control and irradiated groups received injection of saline solution. The submandibular glands were removed at 4, 8, 12, 24, 48 and 72 hours after irradiation. The results demonstrated that the radiation induced damages to the secretory cells, especially the serous cells, since the first period. The damages were increased up to the 12- hour period, with onset of the repair process at 24 hours, without complete recovery at the last periods. The sodium selenite group also presented cellular alterations in the study periods, yet with less damage compared to that caused by radiation. There was vacuolization, lysis of cytoplasmic inclusions and nuclear alterations. The sodium selenite/irradiated group was more similar to the control group than the other groups treated at all study periods. It was concluded that, despite the alterations observed in the sodium selenite group, the sodium selenite
has a radioprotective action on the secretory cells of submandibular glands / Doutorado / Radiologia Odontologica / Doutor em Radiologia Odontológica
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