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Intimidade no relacionamento terapeuta-cliente: alcances e limitesCoppede, Angélica Silva Marden 14 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-14 / In the present research, we verified how eight behavior therapists with differing age,
experience and from different geographical regions deal with closeness and
intrusiveness by the client in their personal life. The occurrence of questions or
comments by the clients that make the therapist talk about particularities of his or her
life: The effects these have on the therapist and the therapist-client relationship, what
variables control the therapist s behavior of responding to these questions, or, summing
up: possibilities for coping and clinical intervention. The study uses a qualitative,
explanatory approach, using semi-structured interviews for data-collection. The
interviews were transcribed for analysis according to the Grounded Theory model, an
inductive strategy that consists in organizing, categorizing and interpreting data that
lead to the construction of a theory that explains the studied phenomenon. The results
indicate that therapists make intentional use of emerging clinical situations, like
questions by the therapist about his or her private life. The reaction of the therapist to
questions about his or her private life can, depending on the therapist, be converted in
interventions and make the relationship more intimate; and this may be directly linked
to the professional repertoire the therapist has in coherence with what is proposed by
treatment models like Functional Analytical Psychotherapy (FAP) and Therapy through
the Contingencies of Reinforcement (TCR). FAP facilitates the comprehension and
classifications of behaviors emitted by the client as clinically relevant behaviors and
promotes the acceptance by the therapist of the byproducts of the interaction, not
evaluating them as negative, but as opportunities in the session for the development of
the relationship. TCR prioritizes the consciousness both therapist and client have,
concerning the contingencies that are operating in the different contexts of the client s
life, and emphasizes the importance of the therapist to be able to describe the adopted
strategies. / Na literatura concernente ao relacionamento terapêutico há considerações importantes
sobre o papel central da intimidade, apesar de não serem investigados os determinantes
dos comportamentos íntimos dos terapeutas. Buscou-se investigar nessa pesquisa a
ocorrência, na sessão, de perguntas ou colocações dos clientes que levam o terapeuta a
falar de particularidades de sua vida, o efeito que elas têm sobre o terapeuta e a relação
terapêutica, o que controla o comportamento do terapeuta de responder a essas questões
(se é considerada a relevância clínica), possíveis reações (espontâneas ou planejadas)
que podem reforçar ou enfraquecer esses comportamentos, enfim, possibilidades de
manejo e atuação clínica diante do fenômeno intimidade. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa e de caráter exploratório cuja coleta de dados se deu através de entrevistas
semi-estruturadas, feitas com oito terapeutas comportamentais. Para efeito de análise, as
entrevistas foram gravadas e depois transcritas. Os dados foram analisados segundo os
princípios da Grounded Theory. Os resultados encontrados demonstraram que os
terapeutas comportamentais têm seus estilos próprios de prevenir, manejar e aproveitar
situações que envolvem intimidade no relacionamento com o cliente e, no geral, os
terapeutas que falam sobre aspectos da sua vida (emitem comportamentos íntimos) o
fazem com intenção terapêutica. Verificou-se que a intimidade pode tornar a relação
mais intensa, mas é a consciência do terapeuta das variáveis envolvidas no processo que
converte o que ocorre entre ele e o cliente numa intervenção. Observa-se coerência entre
o que é proposto pelos modelos de terapia apresentados - Psicoterapia Analítica
Funcional (FAP) e Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) - e o que os
terapeutas entrevistados na sua prática clínica fazem. Porém, não se pode negar a
influência direta de outras variáveis, como características pessoais do terapeuta. A
atuação do profissional está estreitamente ligada com seu estilo. Estes resultados
apontam para a importância de se analisar repertórios pessoais e profissionais do clínico
no estudo do relacionamento terapêutico.
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