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Análise dos padrões do ciclo vigília-sono de adolescentes trabalhadores e não trabalhadores, alunos de escola pública no município de São Paulo / Evaluation of sleep-wake cycles among high school evening students who work and don’t work from São Paulo, Brazil

Liliane Reis Teixeira 21 August 2002 (has links)
Com o início da puberdade ocorrem modificações nos componentes biológicos do ciclo vigília-sono. Estes estão associados a fatores sociais, como os horários escolares, lazer e trabalho e podem reduzir as horas disponíveis para o sono. Foi objetivo principal deste trabalho avaliar os padrões do ciclo vigília-sono de estudantes trabalhadores e não trabalhadores, alunos de escola pública do município de São Paulo. Vinte e sete adolescentes entre 14-18 anos de idade responderam ao questionário de caracterização das condições de vida, saúde e trabalho, e simultaneamente, utilizaram actígrafos; preencheram o protocolo diário de atividades e o diário de sono por 15 dias consecutivos. As variáveis analisadas durante a semana e nos fins-de-semana foram: horário de início e término do sono noturno, número e duração dos despertares noturnos, duração do sono noturno, latência subjetiva e eficiência do sono noturno, facilidade em adormecer à noite e despertar pela manhã, qualidade subjetiva do sono noturno, número de cochilos, horário de início e término do cochilo, duração do sono diurno e duração do sono diário. As variáveis foram testadas através da análise de variância (ANOVA) de 1 fator e teste t-Student para a comparação de 2 médias. Foram feitas múltiplas comparações utilizando a correção de Tukey-HSD. Os resultados significantes foram: efeito do trabalho nos fins-de-semana para o horário de dormir [F(1,23)=6,1; p=0,02] e durante a semana para o horário de acordar [F(1,23) = 17,3; p=0,00]. Para o grupo dos trabalhadores, o horário de acordar foi semelhante ao longo da semana e 1h21min mais tardio nos fins-de-semana [t=-3,27;p<0,01]. Na duração do sono verificamos efeito do trabalho durante a semana [F(1,23)=16,7; p=0,00], efeito do sexo [F(1,23)=10,8; p=0,00] e a interação entre o trabalho e sexo nos fins-de-semana [F(1,23)=4,8; p=0,04]. Os adolescentes trabalhadores possuem uma duração do sono noturno em média 1h30min a menos durante a semana quando comparado com o fim-de-semana [t=-4,04;p<0,01]. Para a duração do sono diurno verificamos a interação entre trabalho e sexo durante a semana [F(1,23)=5,6; p=0,03], e para a duração total de sono verificamos efeito do trabalho durante a semana [F(1,23)=14,3; p=0,00] e efeito do sexo nos fins-de-semana [F(1,23)=10,1; p=0,00]. Os adolescentes trabalhadores possuem uma duração total do sono em média 1h20min a menos durante a semana quando comparado com o fim-de-semana [t=-3,32;p<0,01]. Para as queixas relacionadas ao sono noturno encontramos efeito do trabalho para a “facilidade em despertar pela manh㔠[F(1,23)=6,5; p=0,02] e para a qualidade subjetiva do sono noturno durante a semana [F(1,23)=6,2; p=0,02]. Concluímos que o ciclo vigília-sono dos adolescentes trabalhadores é caracterizado por: acordar mais cedo e ter menor duração do sono noturno e do sono total durante a semana do que os não-trabalhadores. Nos fins-de-semana os trabalhadores dormem mais cedo, mas permanecem com uma duração de sono menor que os colegas não trabalhadores. Em relação ao sexo, verificou-se que os adolescentes do sexo masculino possuem uma menor duração de sono noturno e do sono total nos fins-de-semana. Os adolescentes do sexo feminino possuem uma maior duração do cochilo durante a semana. Os adolescentes trabalhadores relataram maior dificuldade para acordar e percebem seu sono como de pior qualidade durante a semana. O trabalho destes adolescentes tem repercussões negativas na duração e percepção da qualidade do sono, com possível privação crônica de sono. O efeito do trabalho afeta de forma significativa a qualidade de vida atual podendo limitar as perspectivas dos adolescentes quanto ao seu desenvolvimento intelectual, bem estar físico e mental. / Changes of the sleep-wake cycle are associated to several factors, such as, puberty, school hours, duration and type of activities during free time, working hours. The objective of this study was to evaluate patterns of sleep-wake cycles among high school students who work and don’t work. Twenty-seven high school students, ages 14-18 years old participated in the study. They were studying in a public school of São Paulo, Brazil. Their Monday-Friday study hours were 19:00 to 22:30h. They answered a comprehensive questionnaire about working and living conditions, and reported health symptoms and diseases. Also, activity- rest measurements were continuously recorded with Actigraph (Ambulatory Monitoring, USA). Activities and sleep dairies during 15 consecutive days were also reported. Main variables were tested using one factor ANOVA and t-Student tests were performed to compare sleep duration during Monday-Friday and weekends. It was used Tukey HSD test for multiple comparisons among the variables. Results of sleep showed working students went to sleep earlier during weekends [F(1,23)= 6.1; p= .02] and woke up earlier during working days than non-working students [F(1,23)=17,3; p= .00].The duration of night sleep is shorter among working students [F(1,23)= 16,7; p= .00], and males [F(1,23)=10,8; p= .00] than non-working students. The male working students showed a shorter nap duration during the working week [F(1,23)= 5,6; p= .03] compared to females and non-working students. Reported sleep complaints were “difficulties waking up in the morning” [F(1,23)= 6,2; p= .02]. Conclusions: work caused negative consequences to sleep among adolescents, with possible build up of a chronic sleep debt. This can affect the quality of life, and schooling development of working students.
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EFEITO DO TRABALHO NO DESEMPENHO DE ALUNOS NO ENADE / EFFECT OF THE WORK ON STUDENTS PERFORMANCE IN THE ENADE

Silva, Danilo Freitas da 19 August 2016 (has links)
Currently, there is an increase in the number of students entering in the higher education. Also there was an increase in the allocation of funds for student assistance and the number of scholarships in private universities. However, many students still need to work in higher education. There are factors which determine the student to combine work and study, such as socioeconomic status, financial independence and professional development. The job involvement may result reduced performance in studies. This can be gauged by the average disciplines or assessment tests such as ENEM and ENADE. This research aimed to verify the effect of the work on the performance of students in ENADE. For this, ENADE 2013 data were collected, applied to 196,855 students in 17 undergraduate courses. The dependent variable was the general average in the test. The independent variables were the work situation of the student, the administrative category of the institution and the undergraduate course. Were excluded some participants that presented problems in the tests, resulting in 155,599 students. It was found that the data did not have normal distribution, being submitted to the Kruskal-Wallis test and comparison of averages of Nemenyi, using the statistical software R. The results showed that the ENADE performance was highest for students who did not work, and did not differ between students working up to 20 hours or 20 hours. Considering only public institutions, students who did not work were obtained better averages in ENADE compared to working students. In private institutions, the ENADE performance was also higher for students who did not work, and did not differ between students working. In relation to the students performance for courses, there are significant differences between courses, except when comparing the students performance of Phonoaudiology with Agronomy, Animal Science with Dentistry, Animal Science with Medicine, Biomedicine with Medicine, Biomedicine with Physiotherapy, Biomedicine with Animal Science, Technology in Hospital Management with Social Service, Technology in Environmental Management with Social Service, Technology in Environmental Management with Technology in Hospital Management and Physical Education with Technology in Agribusiness. In the analysis of each course, only students of the Technology in Radiology did not showed significant differences in ENADE performance. In most courses (Veterinary Medicine, Agronomy, Dentistry, Medicine, Pharmacy, Nutrition, Biomedicine, Nursing, Physiotherapy, Social Service and Physical Education), predominated the highest performance of students who did not work. In other courses, the performance of students who did not work did not differ from the performance of students who worked up to 20 hours (Animal Science and Phonoaudiology), and who worked over 20 hours (Technology in Agribusiness and Technology in Environmental Management). In the course of Technology in Hospital Management, the ENADE performance was higher for students who worked more than 20 hours. In conclusion, the student's performance in ENADE is negatively affected by the work. In some situations, the fact of the student work does not interfere in the performance, but the causes must be studied. It is suggested greater attention to the students who will carry out the ENADE, particularly those that combine work and study. / Atualmente, há um aumento do número de estudantes ingressantes no ensino superior. Também ocorreu aumento na destinação de recursos para assistência estudantil e no número de bolsas de estudo em universidades privadas. Porém, muitos estudantes ainda precisam trabalhar durante o ensino superior. Existem fatores que condicionam o estudante a conciliar trabalho e estudo, como condição socioeconômica, independência financeira e desenvolvimento profissional. O envolvimento com o trabalho pode acarretar em menor desempenho nos estudos. Este pode ser aferido por meio de médias nas disciplinas ou em exames de avaliação, como o ENEM e o ENADE. Esta pesquisa buscou verificar o efeito do trabalho no desempenho de estudantes no ENADE. Para isso, foram obtidos dados do ENADE 2013, aplicado a 196.855 estudantes de 17 cursos superiores. A variável dependente utilizada foi a média geral na prova. As variáveis independentes consideradas foram a situação de trabalho do estudante, a categoria administrativa da instituição e o curso superior. Excluíram-se alguns participantes que apresentaram problemas nas provas, resultando em 155.599 estudantes. Constatou-se que os dados não possuíam distribuição normal, sendo submetidos ao teste de Kruskal-Wallis e comparação de médias de Nemenyi, com uso do software estatístico R. Os resultados demonstraram que o desempenho no ENADE foi maior para estudantes que não trabalhavam, e não diferiu entre estudantes que trabalhavam até 20 horas ou acima de 20 horas. Considerando apenas instituições públicas, os estudantes que não trabalhavam obtiveram melhores médias no ENADE quando comparados com estudantes que trabalhavam. Em instituições privadas, o desempenho no ENADE também foi maior para estudantes que não trabalhavam, e não diferiu entre estudantes que trabalhavam. Em relação ao desempenho dos estudantes por cursos, há diferenças significativas entre cursos, exceto quando comparados o desempenho dos estudantes de Fonoaudiologia com Agronomia, Zootecnia com Odontologia, Zootecnia com Medicina, Biomedicina com Medicina, Biomedicina com Fisioterapia, Biomedicina com Zootecnia, Tecnologia em Gestão Hospitalar com Serviço Social, Tecnologia em Gestão Ambiental com Serviço Social, Tecnologia em Gestão Ambiental com Tecnologia em Gestão Hospitalar e Educação Física com Tecnologia em Agronegócios. Na análise de cada curso, apenas estudantes de Tecnologia em Radiologia não apresentaram diferenças significativas no desempenho no ENADE. Na maioria dos cursos (Medicina Veterinária, Agronomia, Odontologia, Medicina, Farmácia, Nutrição, Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social e Educação Física), predominou o maior desempenho dos estudantes que não trabalhavam. Em outros cursos, o desempenho dos estudantes que não trabalhavam não diferiu do desempenho dos estudantes que trabalhavam até 20 horas (Zootecnia e Fonoaudiologia), e que trabalhavam acima de 20 horas (Tecnologia em Agronegócios e Tecnologia em Gestão Ambiental). No curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar, o desempenho no ENADE foi maior para estudantes que trabalhavam acima de 20 horas. Conclui-se que o desempenho do estudante no ENADE é afetado negativamente pelo trabalho. Em algumas situações, o fato do estudante trabalhar não interfere no desempenho, porém as causas devem ser estudadas. Sugere-se maior atenção aos estudantes que realizarão o ENADE, principalmente àqueles que conciliam trabalho e estudo.
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The Influence of Selected Non-Cognitive Factors in The Flourishing and Intention to Quit Studies of Working Students at A University in the Western Cape

Amadi, Winston Aligbaso January 2020 (has links)
Magister Commercii (Industrial Psychology) - MCom(IPS) / Working students encounter challenges and responsibilities at university and work. In attempting to study the books and chapters assigned, meet assignment deadlines, take part in extracurricular activities and function at work, working students may be overwhelmed sensing inadequate time to complete all their responsibilities. These may lead to certain negative outcomes for the working student, such as languishing, poor grades, taking longer than the expected time to complete studies or, in the worse scenario, quitting their studies. The primary aim of this study was to examine and understand the influence of non-cognitive factors (including PsyCap, time management, and grit) on flourishing and the working students’ intention to quit employing correlational and hierarchical regression analysis. The secondary objective was to make recommendations to universities and organisations on how to aid working students to develop or increase non-cognitive factors to ensure their flourishing and a reduced intention-to-quit studies. A non-probability sampling technique indicating, convenience sampling and purposive sampling were employed to recruit respondents. Respondents had to be working students (part-time students). The sample included 194 respondents (n = 194) from a university in the Western Cape. The survey instrument included a biographical questionnaire, the academic PsyCap questionnaire, mental health continuum - short form (MHC-SF) questionnaire, Grit-Perseverance of effort subscale, the time management short-range planning subscale, and a self-developed intention-to-quit questionnaire. Numerous studies confirmed the validity and reliability of these instruments. The relationship amongst the non-cognitive variables (PsyCap, grit and time management), flourishing and intention-to-quit studies were assessed through Pearson correlation and hierarchical regression analysis. The non-cognitive variables had a positive relationship with flourishing and a negative relationship with intention-to-quit studies. PsyCap was established to explain the largest proportion of the variance in flourishing and intention-to-quit studies. This is consistent with the findings of studies with similar variables. Recommendations were made for lecturers, counsellors, and university officials to collaborate to incorporate programmes that will aid in developing these non-cognitive variables into the university’s curriculum.

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