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Previous issue date: 2017-04-19 / This research analyzes the impacts caused by direct foreign investments (DFI) in the
(re)structuring and foreignization of the Brazilian sugarcane sector. Over the last years, Brazil
has been the target of an international capital offensive, associated with and articulated by
transnational companies, pension funds, bankers and landowners. With the global capitalist
crisis of 2008, large groups and corporations pushed through Brazilian land, bringing about a
(re)structuration of its sector by means of DFI. In face of this scenario, the aim of our research
is to understand the formation process of the modern sugarcane sector in the country. After
the globalization of capital and the deregulation of Brazilian economy, and, consequently, of
its sugarcane sector, DFI arrived through F&As processes – causing a spatial reorganization,
where mostly multinational companies are currently building networks, cooperation chains,
and forming alliances with national partners, therefore rescuing the liberal thought. Their goal
is to monopolize not only the market, but also production, in order to replace the levels of
expansion and capital accumulation, thus appropriating the income earned from the land. DFI
brought an impact in the relations of labor and production. Since the beginning of the 20th
century, no other sector went through such rapid transformation as the Brazilian sugarcane
sector, which raised the level of development in productive forces. Those transformations also
had an impact in relations of both labor and production, its characteristics being new ways of
expropriation, exploration and exclusion of worker(s). Such features are mostly noticed in
foreign economic groups – and the speed of how those transformations happen are also
noticed. In the current phase of development of the productive forces involving the Brazilian
sugarcane sector, we notice that by means of technological processes, the monopolist’s
economic groups are capable of making the fusion of the land and workforce exploration
possible – such as in the case of the Raízen Group. By using technology in a combination
between mechanics, electronics and information system, it has been possible to make the
above-mentioned fusion, standardizing the rate of exploration of the human workforce, even
though the factories that belong to the group are geographically spread one from the other.
Concerning concentration, centralization and foreignization, these occur in a more accelerated
way in the sugar trade because this product is a commodity. The process of centralization
happened through the creation of the so-called joint venture. In both trade and distribution of
ethanol, we notice a process of concentration and centralization, but with no prevalence of
foreign capital. We also observed that in the sugarcane’s milling, there is a presence of about
30% of foreign groups. Even though there is not enough data, one notices that with the arrival
of DFI, land ownership also underwent a process of foreignization. In face of all these
elements it is possible to assert that capitalism has come into a new imperialist era, based on
the globalization of the financial capital, the territorialization of monopolies, the
monopolization of territories and in the construction of alliances (agreements). / A presente pesquisa analisa os impactos provocados pelos investimentos externos diretos
(IEDs) na (re)estruturação e estrangeirização do setor sucroenergético brasileiro. O Brasil, nos
últimos anos, vem sendo alvo de uma ofensiva do capital internacional, associado às e
articulado pelas empresas transnacionais, fundos de pensões, banqueiros e latifundiários. Com
a crise do capitalismo mundial (2008), grandes grupos e corporações avançaram sobre o
campo brasileiro levando, através do investimento externo direto (IED) a (re)estruturação, do
setor. Diante de todo este cenário, o objetivo de nossa pesquisa foi compreender o processo de
formação do moderno setor sucroenergético no Brasil. Após o processo de mundialização do
capital e com a desregulamentação da economia brasileira e, consequentemente, do setor
sucroenergético no Brasil, os IEDs chegaram ao setor por meio dos processos de F&As, o que
provocou uma reorganização espacial, onde as empresas, especialmente as multinacionais,
estão formando redes, cadeias de cooperação e firmando alianças com parceiros nacionais e,
com isso, resgatando o pensamento liberal. O objetivo é monopolizar, tanto o mercado como a
produção para repor os níveis de expansão e acumulação do capital, apropriando-se da renda
da terra. Os IEDs provocaram impactos nas relações de produção e de trabalho. A partir do
começo do século XXI, nenhum outro setor passou por transformações tão rápidas como o
setor sucroenergético brasileiro, elevando assim, o desenvolvimento das forças produtivas.
Essas transformações nas forças produtivas provocaram mudanças nas relações de produção e
de trabalho tendo como característica novas formas de expropriação, de exploração e de
exclusão dos/as trabalhadores/as. Estas transformações ocorreram com a chegada dos IEDs
que formaram os grupos econômicos estrangeiros. São nos grupos econômicos estrangeiros
que estas mudanças vêm ocorrendo de forma mais rápida e é neles que se transformam,
também, de forma rápida, as relações de trabalho, de exploração, expropriação e exclusão.
Nessa fase atual de desenvolvimento das forças produtivas que envolve o setor
sucroenergético brasileiro vimos que, por meio do uso de processos tecnológicos, os grupos
econômicos monopolistas são capazes de fazer com que haja a fusão da exploração territorial
da força de trabalho, como é o caso do Grupo Raízen. Por meio do uso da tecnologia a partir
de uma combinação entre a mecânica, a eletrônica e sistema de informação é possível realizar
a fusão territorial e, com isso, padronizar a taxa de exploração da força de trabalho humana,
mesmo que geograficamente as usinas pertencentes ao grupo, estejam dispersas uma das
outras. No que diz respeito à concentração, centralização e estrangeirização, estas ocorreram
de forma mais acelerada na comercialização do açúcar devido a esta mercadoria ser uma
commodity. O processo de centralização se deu por meio da criação das chamadas joint
venture. Na comercialização e distribuição de etanol, observa-se um processo de concentração
e centralização, mas sem domínio do capital externo. Na moagem da cana-de-açúcar,
percebemos que a presença dos grupos estrangeiros é de cerca de 30%. Percebe-se, também
que, com a chegada dos IEDs houve, sim, a estrangeirização fundiária do setor, embora não se
possa precisar, devido à falta de dados. Diante de todos estes elementos, percebe-se que o
capitalismo chegou a uma nova fase de imperialismo, baseado na mundialização do capital e
financeira, na territorialização dos monopólios, na monopolização do território e na
construção de alianças (pactos).
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tede/7310 |
Date | 19 April 2017 |
Creators | Bunde, Altacir |
Contributors | Calaça, Manoel, Calaça, Manoel, Chaveiro, Eguimar Felício, Oliveira, Adriano Rodrigues de, Silva, Maria Aparecida de Moraes, Oliveira, Ariovaldo Umbelino de |
Publisher | Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA), UFG, Brasil, Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG |
Rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 7888271059505704147, 600, 600, 600, 4536785967207850203, -599424733620574926 |
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