[pt] Novos ambientes e novas ferramentas para a escrita,
particularmente em
sistemas computacionais de comunicação síncrona, como
chats, fazem surgir
novas formas de abreviação. Neste trabalho, procuramos
mostrar que, apesar de as
abreviaturas sempre terem sido utilizadas em manuscritos,
seja para poupar tempo
ou esforços, novas mídias trazem novas questões para o
fenômeno de abreviação
de palavras. O trabalho analisa dois tipos de dados: o
primeiro consiste de um
conjunto de textos reescritos por estudantes, para quem
foi entregue um texto
manuscrito, escrito originalmente com abreviações, que nós
apresentamos em sua
forma estendida. Os estudantes tinham a tarefa de
reescrever o texto, abreviando o
máximo de palavras possível. Eles foram divididos em dois
grupos: o primeiro
não tinha experiência em escrever na Internet e o segundo
era formado por
usuários freqüentes de chats, blogs e e-mails. Os
resultados mostraram que o
segundo grupo abreviava mais freqüentemente do que o
primeiro, e as formas que
eles utilizaram indicaram algumas pistas fonéticas e
visuais que podemos utilizar
para formular regras que possam decodificar essa nova
maneira de abreviar. O
segundo tipo de dados foi produzido de forma espontânea:
foram recolhidos
corpora na Internet, em um blog e um chat, a fim de
confirmar os dados
encontrados no primeiro corpus, em que a abreviação foi
induzida. A língua
estudada é o português do Brasil, e as regras, portanto,
se aplicam a essa língua,
mesmo que possamos prever que algumas delas podem ser
estendidas a outras
línguas, ao menos para as línguas ocidentais. Para colher
a opinião de
profissionais da educação sobre o netspeak, foi feito um
questionário sobre o
assunto. Através de suas respostas, discutimos como a
questão das abreviaturas
afeta o ensino e o aprendizado da linguagem escrita, que é
o nosso principal
interesse na pesquisa. / [en] New environments and new writing tools, in particular
computational
synchronic communication systems, like chats, elicit new
abbreviation forms. In
this dissertation we claim that, although abbreviations
are always been used when
manual task is tiring or when we write under time
pressure, new media brings new
issues to the phenomenon of words abbreviation. The paper
presents an
experiment with students for whom we gave a manuscript
text, originally written
with abbreviations, that we present in the plain form.
Students are asked to rewrite
the text, abbreviating it when they feel that it can be
done. They are divided in two
groups, one with no experience of writing at the Internet
and the other composed
of frequent users of chats, blogs and e-mail systems. The
results show that this
latter group abbreviates more frequently than the other
one, and that the forms
they use to abbreviate indicate some phonetically and
visually based clues which
can be used to formulate rules for decoding these new
kinds of abbreviations. We
also collect data from Internet corpora, specifically from
a blog and a chat site, in
order to confirm our results. The target language is the
Brazilian Portuguese, and
the rules are language oriented, although we are assuming
that these rules can be
adapted to at least occidental languages. Teachers are
interviewed about the so
called netspeak and they also filled a form where they
expressed their points of
view about this writing style. The analysis of their
answers indicates some
interesting discussions about the pedagogy of writing, our
main interest in this
research.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:9755 |
Date | 09 April 2007 |
Creators | TIAGO DA SILVA RIBEIRO |
Contributors | VIOLETA DE SAN TIAGO DANTAS BARBOSA QUENTAL |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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