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[en] NETSPEAK: ABBREVIATIONS AND OTHER STRATEGIES OF WRITING / [pt] INTERNETÊS: ABREVIATURAS E OUTRAS ESTRATÉGIAS DE ESCRITATIAGO DA SILVA RIBEIRO 09 April 2007 (has links)
[pt] Novos ambientes e novas ferramentas para a escrita,
particularmente em
sistemas computacionais de comunicação síncrona, como
chats, fazem surgir
novas formas de abreviação. Neste trabalho, procuramos
mostrar que, apesar de as
abreviaturas sempre terem sido utilizadas em manuscritos,
seja para poupar tempo
ou esforços, novas mídias trazem novas questões para o
fenômeno de abreviação
de palavras. O trabalho analisa dois tipos de dados: o
primeiro consiste de um
conjunto de textos reescritos por estudantes, para quem
foi entregue um texto
manuscrito, escrito originalmente com abreviações, que nós
apresentamos em sua
forma estendida. Os estudantes tinham a tarefa de
reescrever o texto, abreviando o
máximo de palavras possível. Eles foram divididos em dois
grupos: o primeiro
não tinha experiência em escrever na Internet e o segundo
era formado por
usuários freqüentes de chats, blogs e e-mails. Os
resultados mostraram que o
segundo grupo abreviava mais freqüentemente do que o
primeiro, e as formas que
eles utilizaram indicaram algumas pistas fonéticas e
visuais que podemos utilizar
para formular regras que possam decodificar essa nova
maneira de abreviar. O
segundo tipo de dados foi produzido de forma espontânea:
foram recolhidos
corpora na Internet, em um blog e um chat, a fim de
confirmar os dados
encontrados no primeiro corpus, em que a abreviação foi
induzida. A língua
estudada é o português do Brasil, e as regras, portanto,
se aplicam a essa língua,
mesmo que possamos prever que algumas delas podem ser
estendidas a outras
línguas, ao menos para as línguas ocidentais. Para colher
a opinião de
profissionais da educação sobre o netspeak, foi feito um
questionário sobre o
assunto. Através de suas respostas, discutimos como a
questão das abreviaturas
afeta o ensino e o aprendizado da linguagem escrita, que é
o nosso principal
interesse na pesquisa. / [en] New environments and new writing tools, in particular
computational
synchronic communication systems, like chats, elicit new
abbreviation forms. In
this dissertation we claim that, although abbreviations
are always been used when
manual task is tiring or when we write under time
pressure, new media brings new
issues to the phenomenon of words abbreviation. The paper
presents an
experiment with students for whom we gave a manuscript
text, originally written
with abbreviations, that we present in the plain form.
Students are asked to rewrite
the text, abbreviating it when they feel that it can be
done. They are divided in two
groups, one with no experience of writing at the Internet
and the other composed
of frequent users of chats, blogs and e-mail systems. The
results show that this
latter group abbreviates more frequently than the other
one, and that the forms
they use to abbreviate indicate some phonetically and
visually based clues which
can be used to formulate rules for decoding these new
kinds of abbreviations. We
also collect data from Internet corpora, specifically from
a blog and a chat site, in
order to confirm our results. The target language is the
Brazilian Portuguese, and
the rules are language oriented, although we are assuming
that these rules can be
adapted to at least occidental languages. Teachers are
interviewed about the so
called netspeak and they also filled a form where they
expressed their points of
view about this writing style. The analysis of their
answers indicates some
interesting discussions about the pedagogy of writing, our
main interest in this
research.
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[en] NETSPEAK: DESCRIPTION AND USES / [pt] O INTERNETÊS: DESCRIÇÃO E USOSTIAGO DA SILVA RIBEIRO 26 August 2011 (has links)
[pt] As relações interpessoais são hoje, mais do que nunca, virtuais. E-mails, chats,
listas de discussões, Twitter, entre outras ferramentas de comunicação estão em
expansão, seja em ambientes profissionais, seja na vida pessoal. Por conta da
chamada revolução virtual, muito se fala sobre a linguagem da Internet, porém
pouco se faz para descrevê-la e aproveitá-la como fonte de estudos sobre o
português atual. Acreditamos que o entendimento da estrutura do internetês seja
útil para diversas áreas de pesquisa, como a Linguística de Corpus. Partindo desse
pressuposto, esta tese procura descrever os processos de síntese do internetês, a
fim de comprovarmos que há regras na formação de abreviaturas e outras palavras
que são típicas dessa nova forma de expressão. Encontramos, por meio de uma
pesquisa quantitativa, padrões de formação do internetês, o que prova que essa
linguagem não se configura como um desvio anárquico da língua padrão. Esses
padrões refletem a fonética e a estrutura silábica do português de forma bastante
sistemática, demonstrando o conhecimento implícito dos falantes sobre a
gramática da língua e sua preocupação em seguir os princípios de
comunicabilidade. Encontramos também diferenças quantitativas e qualitativas no
uso da abreviação de acordo com o gênero textual em que aparecem. Acreditamos
que a maior compreensão sobre os processos do internetês seja importante para o
ensino da escrita formal e que sua descrição pode trazer respostas às críticas a essa
forma de se comunicar, que advêm tanto de professores quanto de alunos. Por
isso, na parte final deste trabalho, sugerimos tarefas que aproveitem a maior
atividade de leitura e escrita proporcionada pela grande expansão das
comunicações on-line, para alcançar níveis mais sofisticados de letramento. Mais
do que descrever as abreviaturas do internetês, sem propor como lidar com elas,
tentaremos trazer um novo olhar a estudiosos de diversas áreas que lidam com a
linguagem da Internet, a professores e alunos que têm uma visão equivocada sobre
essa linguagem. / [en] Interpersonal relationships are more than ever virtual. E-mails, chats,
discussion lists, Twitter, and other communication tools are expanding their use,
both in professional environments and in personal life. On account of the virtual
revolution, a lot has been said about the language of the Internet, but little effort
is made to describe and use it as a source of studies on the current Portuguese
language. We believe that the understanding of the structure of the netspeak is
useful for several research areas, such as the Corpus Linguistics. Based on this
assumption, this paper aims at describing the synthesis processes found on
Internet texts in order to prove that there are rules on the formation of
abbreviations and other words that are typical of this new form of expression. We
found, through quantitative research, patterns of the netspeak, which proves that
this language is not configured as an anarchic deviation of cultivated language.
These patterns reflect the phonetic and syllabic structure of the Portuguese
language rather systematically, showing the speakers implicit knowledge of the
grammar and its eagerness to follow the principles of communicability. We also
found qualitative and quantitative differences in the use of abbreviation according
to the textual gender in which they appear. We believe that the understanding of
the processes of the language used on the internet is important for the teaching of
writing as well as its formal description can provide answers to criticisms against
this form of communicating, which coming from both teachers and students. So,
at the end of this thesis, we suggest some tasks that make better use of the
increasing activity of reading and writing provided by the boom in online
communications, in order to achieve more sophisticated levels of literacy. Rather
than describing the abbreviations used on the Internet without suggesting how to
deal with them, we try to provide a new perspective to scholars from various
fields that deal with the Internet language, as well as to teachers and students who
have a wrong view about this language.
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