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Previous issue date: 2010-12-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The primary objective of this study is to define aggression and violence in human beings.
Studying aggression and violence philosophically demands a wide range of disciplines such
as biology, sociology, and neuroscience as concepts migrating from the biological to the
social aspect in order to achieve broad and deep knowledge of the theme. When relating to
aggression, we focus on a biological, corporal, genetic and neurobiological dimension; while
referring to violence, we address to an exclusively human dimension concerning the language,
culture, and society symbols. The study was based on the researcher´s career as a juvenile
psychiatrist and his everyday professional experiences with cases involving violence,
bullying, psychological and sexual harassment which have affected individuals at that age.
Philosophy and other sciences were taken as resources to help to get answers to the following
questions: are aggression and violence part of human nature or human condition, or are they
historical and social construction? Is there human nature biologically determined? Is it
product of human sociogenesis? This is a bibliographic research starting with thoughts of
philosophers such as Thomas Hobbes and Jean Jacques Rousseau to interact with biological
sciences and then return to the two classics of the political philosophy attempting a further
synthesis of the theme which incorporates the contributions of sciences. The study consisted
of a critical, analytical and systematic reading of biological sciences focusing on etiology,
genetics, and neuropsychiatry. The research aims to define and sort out concepts of violence
and aggression by counting on the contribution of social sciences as well as some currents of
psychoanalysis. It was guided by a mediation between two opposing trends: on the one hand,
tending to adopt both concepts; on the other hand, tending to neglect biological conditionings
and accept socialization as the only factor leading to violence. According to this perspective,
we migrate between philosophy and science with empirical views that highlight the
contribution of biology and neuropsychiatry to the study. The purpose of the study is to point
out ways and sort out concepts not very well defined in order to determine what is essentially
human in the scope of violence and aggression. The study is not expected to give determined
answers, but it is believed to have made the topic clear, supporting the thesis that violence is
part of human sociogenesis and that it is exclusive to human species and not entirely
determined by biological factors, being possibly controlled and administered by the society.
Aggression, in turn, is part of our biological inheritance, and its main function is the species
survival. Violence is a human product that comprises the society. It has positive aspects as it
limits and develops social cohesion; it has negative aspects as it causes human exploitation,
generates inequality, and leads to physical and psychological damages restricting freedom. As
human production, violence can be both the cause of social problems and their solution. / O estudo tem como objetivo definir agressividade e violência na espécie humana. Estudar a
agressividade e a violência do ponto de vista filosófico é uma tarefa que requer a colaboração
de várias disciplinas como a biologia, a sociologia e as neurociências, para alcançar a
abrangência e a profundidade que o tema merece, porque são conceitos que transitam do
biológico ao social. Ao falar de agressividade, entra-se numa dimensão biológica, corporal,
genética e neurobiológica enquanto que, ao falar de violência entra-se numa dimensão
exclusivamente humana, que remete à linguagem, à cultura e aos símbolos da sociedade. A
pesquisa foi motivada pelo fato do pesquisador ser psiquiatra da infância e adolescência e ter
vivido em seu cotidiano profissional situações de violência, bullying, abuso sexual e
psicológico que atingem esta faixa etária. Esta sua experiência o motivou para procurar na
filosofia e nas ciências a resposta a perguntas tais como: a agressividade e a violência fazem
parte da natureza ou da condição humana ou são uma construção histórica e social? Existe
uma natureza humana determinada biologicamente ou ela é produto da sociogênese
humana? Nesse contexto trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, que parte do
pensamento dos filósofos Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, para dialogar com as
ciências biológicas e posteriormente retornar aos dois clássicos da filosofia política e tentar
uma nova síntese sobre o assunto que incorpore as contribuições da ciência. O pesquisador
buscou fazer uma leitura crítica, analítica e sistemática das ciências biológicas, com relevo
para a etologia, a genética e a neuropsiquiatria. A pesquisa pretende definir e separar melhor
os conceitos de violência e agressividade, contando com a contribuição das ciências sociais e
de algumas correntes da psicanálise. A pesquisa se orientou por uma mediação entre duas
tendências opostas: de um lado a tendência à naturalização de ambos os conceitos; do outro,
uma negação dos condicionamentos biológicos e o reconhecimento da socialização como
único fator que acarreta a violência. Dentro desta perspectiva, não se deixa de transitar entre a
filosofia e a ciência, com momentos de empirismo que ressaltam a contribuição da biologia e
da neuropsiquiatria para o estudo. O objetivo é apontar caminhos e separar conceitos que não
estão bem definidos, pois, assim sendo, pode-se delimitar o que é propriamente humano
dentro da esfera da violência e da agressividade. Não pretende-se dar respostas definitivas,
porém, acredita-se que o estudo trouxe mais clareza ao tema em questão, ao defender a tese de
que a violência faz parte da sociogênese humana, sendo exclusiva de nossa espécie e não
sendo totalmente determinada por fatores biológicos, ela pode ser controlada, administrada,
pela sociedade. A agressividade faz parte de nossa herança biológica e tem como uma das
principais funções a sobrevivência das espécies. A violência é produto humano, instaurando a
sociedade. Tem seus aspectos positivos, quando coloca limites e faz funcionar a coesão
social; ou aspectos negativos, quando instaura a exploração do homem, gera desigualdades e
provoca danos físicos, psicológicos e de limitação de liberdade do outro. Como produção
humana, a violência pode ser causa de males sociais, assim como a solução para esses males.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/5691 |
Date | 06 December 2010 |
Creators | Almeida, Hermano José Falcone de |
Contributors | Tosi, Giuseppe |
Publisher | Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós Graduação em Filosofia, UFPB, BR, Filosofia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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