[pt] Os estados-limite têm feito parte da literatura
psicanalítica desde os
primórdios da psicanálise. A partir da última metade do
século passado,
entretanto, o interesse pelo assunto aumentou
consideravelmente e a produção de
artigos e matérias vem tomando um vulto cada vez maior. Não
obstante, a
polêmica em torno do tema parece também crescer na mesma
proporção. Este
trabalho apresenta um pequeno histórico do termo estados-
limite e algumas
controvérsias nos diferentes meios psicanalíticos,
principalmente no que diz
respeito às relações entre a clínica dos estados-limite e a
das personalidades
narcísicas. São tratadas também questões ligadas à
constituição da subjetividade e
à sua incidência na clínica dos estados-limite. Finalmente,
são revistas algumas
patologias limítrofes e alguns aspectos clínicos
importantes, como as implicações
transferenciais e contratransferenciais dos estados-limite.
A preferência pelo
termo estados-limite tem por objetivo ampliar o escopo que
outros termos, tais
como casos-limite, ou distúrbios limítrofes, possam
sugerir. Enquanto que
estes últimos possuem conotações marcantemente patológicas,
pertencendo,
portanto a uma clínica psicanalítica específica, o termo
estados-limite permite
também designar situações com características semelhantes,
porém episódicas e
suscetíveis de ocorrer em qualquer tipo de clínica
psicanalítica, inclusive a da
neurose. / [en] Borderline conditions have been part of psychoanalytical
literature since
the early stages of psychoanalysis. However, since the
second half of the last
century, interest in this subject has grown considerably
and there has been a
steady increase in the number of articles and essays
published. Nevertheless,
polemic around this theme seems also to grow in the same
proportion. This work
covers a brief history of the term borderline and some of
the controversies in the
different psychoanalytical environments, principally as to
the relationship
between the borderline treatment and that of narcissistic
personalities. Issues
regarding the constitution of subjectivity and its
incidence in the borderline
therapy are also dealt with. Finally, some forms of
borderline pathology and
important clinical aspects, such as transference and
counter transference
implications, are reviewed. The preference for the term
borderline conditions
aims to broaden the scope that other terms, such as
borderline cases or
borderline disturbances may suggest. While these latter
possess strong
pathological connotations, belonging, therefore, to a
specific psychoanalytical
treatment, the term borderline conditions allows for the
designation of situations
with similar characteristics, although episodic and liable
to occur in any type of
psychoanalytical treatment, including the neurotic.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:5133 |
Date | 02 July 2004 |
Contributors | OCTAVIO ALMEIDA DE SOUZA, OCTAVIO ALMEIDA DE SOUZA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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