This research aimed to uncover representations of masculinity and femininity of male and
female students secondary public school and how these representations are related to the
occurrence of a episodes of violence in everyday school life. There is also the intention of
researching representations of teachers, how they perceive themselves and their role in the
construction of gender identities of students. The interest in the subject arose from the
observation that, currently in Brazil, the picture of violence among young males has
significantly elevated numbers, a fact that demands a reflection on the links between the
values attributed to the hegemonic male and episodes of violence. In this way, the concept of
gender adopted to the social and relational construction of sexed bodies and therefore bodies
that are socially and historically dated, inscribed in a particular culture. Using social
representations theory proved to be useful to achieve the purpose, in that it investigates how
the reference systems used to classify individuals and groups are formed and function to
interpret events from everyday reality. The ethnographic case study favored the use of
qualitative and quantitative research techniques. The study subjects were 33 students, divided
between male and female students and 10 teachers, 04 coordinators and the director from a
public high school in the city of Aracaju-SE. As a source of information, we used documents
and statistics on violence, as well as bibliography relating to the phenomenon. Direct
observation as a research tool, was used to conducted in day and night shifts, in the
classroom, in the courtyard and at various moments in the school. Semi-structured interviews
were conducted with students and teachers, as a strategy to deepen knowledge about the
phenomenon of school violence, having gender as a category of analysis. The results report
that violences in school are tied to so-called traditional representations of masculinity, marked
by machismo, competition for positions of power and confirmation of masculine identities.
Moreover, the rise of violence among girls emerge significantly, as well as the expression of
symbolic violence and various prejudices, particularly against different identities distinct from
the heterosexual model. / Esta pesquisa objetivou desvendar as representações de masculinidades e feminilidades de
alunos/as do ensino médio da escola pública e o modo como tais representações relacionam-se
à ocorrência de episódios de violência no cotidiano escolar. A pretensão também se volta para
as representações de docentes, da forma como eles/as percebem o seu papel na construção das
identidades de gênero dos/as alunos/as. O interesse pelo objeto nasceu da constatação de que
o quadro da violência entre os jovens do sexo masculino, no Brasil, apresenta-se, na
atualidade, em números significativamente elevados fato este que dá ensejo a uma reflexão
acerca das articulações entre os valores hegemônicos atribuídos ao masculino, nos episódios
de violência. Desse modo, o conceito de gênero adotado remete à construção social e
relacional de corpos sexuados, portanto, datados social e historicamente, inscritos numa
determinada cultura. A utilização da teoria das representações sociais mostrou-se caminho
profícuo para atingir os propósitos, na medida em que investiga como se formam e como
funcionam os sistemas de referência utilizados para classificar pessoas e grupos, e para
interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana. O estudo de caso de cunho etnográfico
favoreceu o uso das técnicas qualitativas e quantitativas de pesquisa. Os sujeitos da pesquisa
foram 33 alunos/as e 10 docentes, 04 coordenadoras e a diretora de uma escola de ensino
médio da rede pública estadual na cidade de Aracaju-SE. Como fonte de dados, recorreu-se a
documentos e estatísticas sobre a violência, bem como à bibliografia pertinente relativa à
temática em tela. Como instrumento de pesquisa, foi usada a observação direta realizada nos
turnos diurno e noturno, em sala de aula, no pátio e nos diversos momentos da escola. As
entrevistas semiestruturadas foram realizadas com discentes e docentes, como estratégia capaz
de aprofundar o conhecimento sobre o fenômeno da violência na escola, tendo gênero como
categoria de análise. Os resultados informam que as violências na escola estão atreladas às
representações de masculinidades ditas tradicionais, marcadas pelo machismo, competição
por espaços de poder e confirmação das identidades masculinas. Por outro lado, a ascensão da
violência entre as meninas emerge significativamente, assim como a expressão da violência
simbólica e de preconceitos diversos, nomeadamente contra as identidades consideradas
diferentes do modelo heteronormativo.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/4865 |
Date | 06 March 2013 |
Creators | Couto, Maria Aparecida Souza |
Contributors | Cruz, Maria Helena Santana |
Publisher | Pós-Graduação em Educação |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Unknown |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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