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"...como se fosse máquina": contribuições sociológicas para uma leitura crítica do sentido da administração de pessoas. / "... as if it was machine": sociological contribution for a critical reading of the sense of Human Resources area.

A administração de pessoas pode ser compreendida como uma área do saber, interna às ciências humanas, onde teorias e técnicas são criadas, destruídas e recriadas tendo em vista a reprodução do capital. Com efeito, verifica-se nesta pesquisa que as práticas dos pesquisadores, dos profissionais de recursos humanos e dos agentes pertencentes às entidades e às diversas mídias representativas dessa área sintetizam as produções simbólicas estruturadas histórico-materialmente nesse campo. Nessa perspectiva, observam-se vicissitudes nas relações de trabalho desde o surgimento da Grande Indústria até hoje, havendo a necessidade, inicialmente, da legitimação intelectual do novo sistema de produção pelos autores clássicos das ciências sociais, para, em seguida, a técnica de administração de pessoas assumir a mediação entre o trabalhador e o trabalho executado, garantindo a produção e o retorno financeiro. Para tanto, diversas teorias são constantemente lançadas, bem como diferentes escolas são criadas, a partir de experimentos, exames e estudos das práticas laborais, a fim de que os agentes dominantes nesse campo social possam entender o comportamento humano no trabalho e nele interferir para um incremento da produtividade. Entendemos que tais pesquisas, baseadas na psicologia, na sociologia, na antropologia, na politicologia, entre outras, possuem raízes, não tão distantes de sua origem, fincadas num certo tipo de pensamento: o conservador. Assim, o presente estudo investiga criticamente o sentido construído no campo da administração de pessoas, tendo como foco as produções simbólicas e as ações dos administradores de pessoas, que, para ampliar o seu espaço de atuação, portanto, o seu poder, aproximam-se da linguagem do mercado ao mesmo tempo em que se distanciam das pessoas. Portanto, administrar ou gerenciar pessoas significa, pelas diversas análises ora realizadas, criar as condições simbólicas e objetivas para que os objetivos organizacionais sejam alcançados. Sentido esse possível pela autonomização da área em relação às teorias da administração, pela adoção da linguagem dos negócios, e menos das pessoas, pelo auxílio das mídias e associações e pelas constantes reestruturações administrativas, especificamente, as terceirizações. / The administration of people can be understood as an area of knowing, intern to sciences human beings, where theories and techniques are servants, destroyed and recreated in view of the reproduction of the capital. In fact, one can verify in this research that the practices of the researchers, professionals of human resources and pertaining agents to the entities and the diverse representative medias of this area synthesize the symbolic productions structuralized historic-materially in this field. In this perspective, vicissitudes in the work relations are observed since the sprouting of the Great Industry until today, having the necessity, initially, of the intellectual legitimating of the new system of production for the classic authors of social sciences, for, after that, the technique of administration of people to assume the mediation between the worker and the executed work, guaranteeing the production and the financial return. For in such a way, diverse theories constantly are launched, as well as different schools are servants, from experiments, examinations and practical studies of the labor ones, so that the dominant agents in this social field can understand the human behavior in the work and in it to interfere for an increment of the productivity. Thus, the present study critically investigates the meaning constructed in the field of the administration of people, having as focus the symbolic productions and the actions of the administrators of people, who, to extend its space of performance, therefore, its power, come close themselves to the language of the market at the same time they move way from people. Therefore, to manage or to manage people means, for the diverse carried through analyses however, to create the symbolic and objective conditions so that the organization objectives can be reached. This sense is possible due to the autonomization of the area in relation to the theories of the administration, for the adoption of the language of the businesses, and less of the people, for the aid of the medias and associations and for the constant administrative reorganizations, specifically, the outsourcing.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-28072006-205056
Date20 December 2004
CreatorsRodrigo Bombonati de Souza Moraes
ContributorsArnaldo Jose Franca Mazzei Nogueira, Ricardo Luiz Coltro Antunes, Gilberto de Andrade Martins
PublisherUniversidade de São Paulo, Administração, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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