[pt] Agostinho de Hipona em sua juventude investigou a aquisição de uma verdade dogmática. Durante o percurso tentou desvendar os segredos que envolvem o mundo, as fontes da sabedoria e as complexidades da natureza humana, especialmente, a parte que abrange a subjetividade. O pensamento agostiniano marca uma filosofia centralizada na racionalidade. A razão é uma força interior, o movimento oculto que o homem produz, capaz de discernir os conhecimentos apreendidos. Ao considerar a epistemologia, o bispo de Hipona enfatiza dois tipos de conhecimentos: os sensíveis e os inteligíveis. Os conhecimentos sensíveis são adquiridos pelos sentidos, através dos sentidos os homens comprovam a existência de um mundo tangível. O conhecimento inteligível, no que lhe concerne, é denominado verdade ou sabedoria. Esse conhecimento é compreendido como o conhecimento ontológico, é adquirido pela iluminação divina na intelectualidade. No entanto, para o homem alcançar esse saber é necessário a autoconscientização de si, fé e a elevação gradativa da alma em sete graus: animação, sensação, arte, virtude, tranquilidade, ingresso e sabedoria. As reflexões de Agostinho o levaram a acreditar que embora o ser racional seja de natureza temporal e contingente, recebe uma iluminação concedida pelo Mestre interior, um ser atemporal, o qual ensina os homens dispostos a aprender. No agostianismo, Deus é a única substância imutável, não é susceptível de acidentes, por isso, é a verdade. Como criador do homem, Deus inseriu na mente humana centelhas da mente divina, local em que ilumina com a luz inarrável, penetra e propaga o conhecimento indubitável através de um processo de interioridade. O filósofo identifica a verdade incorporada na
subjetividade dos homens. Em síntese, Agostinho caracteriza a sabedoria como operações intelectivas e espirituais, o maior grau do conhecimento. / [en] Augustine of Hippo in his youth investigated the acquisition of a dogmatic truth. Along the way, he tried to unravel the secrets that surround the world, the sources of wisdom and the complexities of human nature, especially the part that covers subjectivity. Augustinian thought marks a philosophy centered on rationality. The reason is an inner force, the hidden movement that man produces, capable of discerning the learned knowledge. When considering epistemology, the Bishop of Hippo emphasizes two types of knowledge: the sensitive and the intelligible. Sensitive knowledge is acquired by the senses, through the senses men prove the existence of a tangible world. Intelligible knowledge, as far as it is concerned, is called truth or wisdom. This knowledge is understood as ontological knowledge, it is acquired by divine enlightenment in intellectuality. However, for man to achieve this knowledge, self-awareness, faith and the gradual elevation of the soul in seven degrees are necessary: animation, sensation, art, virtue, tranquility, admission and wisdom. Augustine s reflections led him to believe that although the rational being is of a temporal and contingent nature, he receives an enlightenment granted by the inner Master, a timeless being, who teaches men willing to learn. In Augustinianism, God is the only immutable substance, it is not susceptible to accidents, so it is the truth. As the creator of man, God inserted in the human mind sparks of the divine mind, a place where he illuminates, with the unspeakable light, penetrates and propagates undoubted knowledge through a process of interiority. The philosopher identifies the truth embodied in the subjectivity of men. In short, Augustine characterizes wisdom as intellectual and spiritual operations, the highest degree of knowledge.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:51876 |
Date | 16 March 2021 |
Creators | TATIANA DE MELLO PEREIRA |
Contributors | DANILO MARCONDES DE SOUZA NETO, DANILO MARCONDES DE SOUZA NETO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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