[pt] Esta tese tem como objeto de estudo as múltiplas formas que o símbolo Dioniso assume ao longo do pensamento nietzschiano. Podemos dizer que Dioniso acompanha Nietzsche durante toda sua produção intelectual, prefigurando a imagem mais importante de sua obra, se relacionando direta ou indiretamente com todos os grandes temas de sua filosofia. No entanto, o significado de Dioniso não é o mesmo durante toda a filosofia nietzschiana; pelo contrário, sua significação sofre uma radical transformação. Primeiramente, Nietzsche encontra em Dioniso, e em seu oposto Apolo, a chave para compreender a visão de mundo dos gregos antigos, e com isso, o meio para decifrar a própria existência. Em seus primeiros escritos, que compreendem a fase conhecida como metafísica do artista, o dionisíaco é essencial para elaboração de uma teoria estética que reconhecia no elemento musical das tragédias gregas o momento de superioridade da cultura ocidental. Todavia, o filósofo rompe com seus próprios preceitos, suspende temporariamente as menções a Dioniso e inicia a elaboração de uma filosofia trágica, isto é, combatente a toda forma de negação da vida. O segundo Dioniso renasce na obra nietzschiana despido de qualquer roupagem metafísica; o dionisíaco passa a ser ligado à imanência, aos instintos e, fundamentalmente, à afirmação da existência e ao louvor do instante. Sabendo disso, nosso trabalho divide-se em quatro partes que, juntas, formam um todo, uma verdadeira tragédia nietzschiana: primeira parte, quem era o deus antigo Dioniso; segunda, quais são os desdobramentos filosóficos de O Nascimento da tragédia; terceira, o que vem à cena, enquanto Dioniso se cala; e por fim, quais as nuances do Dioniso renascido e qual sua importância, segundo Nietzsche, para a cultura e para a vida. / [en] The objective of this thesis is to study the forms that Dionysius assumes during Nietzsche s thoughts. He follows Nietzsche throughout his intellectual production, connecting directly or indirectly to all the major themes of his philosophy. However, the meaning of Dionysus is not the same throughout his work; on the contrary, its significance undergoes a radical transformation. First, Nietzsche finds in Dionysius a key to understand the old greeks world s view and deciphering one s own existence. In his early writings, which comprised a stage known as the artist s metaphysics, the Dionysian is essential to an aesthetic
theory that recognized in the musical element of greek tragedies, the high point of Western culture. However, the philosopher breaks with his own precepts, get distance from schopenhaurian pessimism and that of Wagnerian aesthetics. Suspends, temporarily, the mentions to the god and begins the elaboration of a tragic philosophy, that is, fighting all ways of denial of life. The second Dionysus is reborn in the Nietzschean work unclad of garb. He is now related to immanence, to instincts, to the affirmation of existence and to the praise of the instant. Considering that, this thesis is divided into four parts, together, forming a whole, a true Nietzschean tragoedia: first, who was the ancient god Dionysus; second, what are the philosophical unfoldings of The Birth of tragedy; third, what comes to the scene when Dionysus is silent; and, finally, what are the nuances of the reborn Dionysus and what is his importance, according to Nietzsche, for the culture and for life.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:36825 |
Date | 14 February 2019 |
Creators | MICAEL ROSA SILVA |
Contributors | PEDRO DUARTE DE ANDRADE, PEDRO DUARTE DE ANDRADE, PEDRO DUARTE DE ANDRADE |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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