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[pt] O SILÊNCIO DA MORTE NO CONTEXTO DE UTI / [en] THE SILENCE OF DEATH IN THE CONTEXT OF ICU

[pt] Na atualidade, prevalece uma cultura pautada no ideal de consumo e bem-estar, onde o reconhecimento social está associado à ideia de sucesso e felicidade. Portanto, não convém ao sujeito falar sobre o seu sofrimento. Logo, se a morte gera sofrimento, ela deve ser silenciada. Tal olhar sobre a morte é atestado por Ariès (2003), que diz que na sociedade contemporânea falar sobre a morte é um tabu. O interdito da morte ingressou no processo de ensino-aprendizagem dos profissionais de saúde, sobretudo dos médicos. Esta interdição faz parte do processo civilizador moderno e está atrelada às conquistas do iluminismo científico, que criou socialmente a solidão dos moribundos e enlutados. Houve um enfraquecimento dos rituais públicos em torno da morte e, consequentemente, um fortalecimento da medicalização pela ciência. A morte passou a ser medicalizada, por meio de tecnologias, assim como o luto. Contudo, não há como negar a tristeza gerada pela morte de um familiar. Freud (1996j/1917) entoa a relevância do exame de realidade e o fator tempo. O autor aponta que é justamente entrando em contado com os sentimentos que envolvem a perda de um ente querido que se possibilita a elaboração do luto. Diante disso, o presente trabalho tem o objetivo de problematizar como a morte e o luto são retratados nos dias atuais e nas instituições hospitalares e seu impacto sobre as pessoas que vivenciam uma experiência de perda de um ente querido. A pesquisa consiste em um estudo teórico sobre o tema, pautado na bibliografia disponível sobre o assunto, tendo como eixo teórico principal a teoria psicanalítica. / [en] Today, a culture based on the ideal of consumption and well-being prevails, where social recognition is associated with the idea of success and happiness. Therefore, it is not convenient for the subject to talk about his suffering. If death generates suffering, it must be silenced. This look at death is attested by Ariès (2003), who says that in contemporary society talk about death is a taboo. The ban on death enters the teaching-learning process of health professionals, especially doctors. This interdiction is part of the modern civilizing process and linked to the achievements of scientific enlightenment that socially created the loneliness of the dying and mourning. There was a weakening of public rituals around death and, consequently, a strengthening of medicalization by science. Death became medical, through technologies, as well as the self. However, there is no denying a sadness generated by the death of a family member. Freud (1996j/1917) refers to the examination of reality and the time factor. The author points out that it is only entering the content with the feelings that involve the loss of a loved one that allows the elaboration of grief. Given this, the present work aims to problematize how death and grief are portrayed today and in hospital institutions and their impact on people who have an experience of losing a loved one . The research consists of a theoretical study on the subject, based on the available bibliography on the subject, with psychoanalytic theory as its main theoretical axis.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:50849
Date15 December 2020
CreatorsPRISCILA CRISTINA GOMES D SILVEIRA
ContributorsMARIA ISABEL DE ANDRADE FORTES, MARIA ISABEL DE ANDRADE FORTES
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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