[pt] Homem para os outros: a mística trinitária de Pedro Arrupe e seu impacto na renovação eclesial dos séculos XX e XXI propõe a ressignificação da mística para os dias de hoje a partir da sua vida e missão. Este jesuíta, assim como outros místicos contemporâneos – Simone Weil, Etty Hillesum, Thomas Merton e
Christian de Chergé – deixaram sua marca no século passado e são ainda hoje testemunho real da possibilidade de instalação do Reino de Deus na história. Todos esses místicos contemporâneos e também outros, alimentados por uma profunda experiência do inefável, foram fonte de luz e esperança para o mundo, mesmo em condições extremas de sofrimento. Pedro Arrupe viveu em um momento
conturbado na história, atravessado pelas duas Grandes Guerras e pela Guerra Fria. Em sua época, também a Igreja enfrentava tempos de tensão interna tentando se adequar às mudanças de aggiornamento propostas pelo Concílio Vaticano II. Como Superior Geral da Companhia de Jesus, alimentado por uma mística particular e profunda, entendeu como sua a tarefa de colaborar com a proposta conciliar de abertura ao mundo. Sua vida foi um exemplo de doação aos outros e, entre as frentes de luta que assumiu, estão o compromisso da fé com a justiça e o diálogo com a cultura e as demais religiões, com atenção especial à questão dos refugiados e migrantes. Arrupe é considerado por muitos um profeta, além de seu tempo, e como tal foi incompreendido. As sementes que plantou, no entanto, frutificaram e encontraram solo fértil em muitos que conviveram ou foram mobilizados por ele.
Um exemplo, é o próprio papa Francisco, também jesuíta e formado na mesma espiritualidade, que a partir da mesma base bíblica tenta hoje implementar pautas que foram caras a seu antigo superior. / [en] A Man for Others: Pedro Arrupe s trinitarian mystic and its impact on the
twentieth and twenty-first century ecclesial renewal proposes the resignification of
mystic for today s world based on his life and mission. The Jesuit priest Arrupe, as
many other contemporary mystics, such as Simone Weil, Etty Hillusum, Thomas
Merton and Christian de Chergé – left their mark on the last century and, even
today, bear real witness to the possibilities of the establishment of God’s Reign in
history. Those contemporary mystics, among others, fed by a deep experience of
the ineffable, were sources of light and hope for the world, even in conditions of
extreme suffering. Pedro Arrupe lived through a troubled moment in history,
marked by World War I and World War II and by the Cold War. During his
lifetime, even the Church faced periods of internal tension trying to adapt itself to
the aggiornamento changes brought about by the Second Vatican Council. While
serving as the Superior General of the Society of Jesus, supported by his own deep
and private mystic, he took upon himself the task to collaborate with the Second
Vatican Council proposal to open the Church to the world. His life was an example
of commitment to working for those in need, and, among many of the battle fronts
he had to face, we can mention the promotion of faith with justice and the dialog
with other cultures and religions, with special emphasis on the plight of refugees
and migrants. Arrupe is considered by many as a prophet ahead of his time, and,
as such, often misunderstood. However, the seeds he planted did bear fruit and
found fertile soil in many people that knew him and those who were touched by
him. Pope Francis is a good example. He is also a Jesuit who shares the same
spirituality, and tries to implement, based on the same Biblical basis, the guidelines that were dear to his former Superior General.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:60897 |
Date | 21 October 2022 |
Creators | MARIA DE LOURDES DA FONSECA FREIRE NORBERTO |
Contributors | MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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