Return to search

[en] TRAGIC POETICS: RUPTURE ON THE HARMONIC AGON OF THE COSMOS OR THE TIME OUT OF JOINT / [pt] POÉTICA TRÁGICA: RUPTURA NO AGON HARMÔNICO DO COSMOS OU O TEMPO FORA DO EIXO

[pt] A presente tese de doutorado tem como tema a tragédia grega da
antiguidade clássica, pensada em seu contraste com a tragédia do Renascimento
ou primórdios da era moderna. Focado nas obras Édipo Rei, de Sófocles, e
Hamlet, Príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare, este estudo pretende
tratá-las, respectivamente, no contexto histórico e filosófico em que emergem: a
tragédia antiga, nos tempos pré-socráticos, marcados pela consolidação do
processo democrático da polis grega e a tragédia moderna, em tempos de ascensão
da revolução científica e ruptura com a cosmologia aristotélico-ptolomaica
tradicional, por meio do pensamento de Giordano Bruno, Copérnico e Galileu,
dentre outros, e também pela retomada, por Montaigne, da antiga tradição cética,
pela afirmação da autonomia da consciência, bem como pela irrupção da
subjetividade; traços característicos da entrada do mundo na era moderna, e que
marcam as principais linhas diferenciais entre ambas as formas da tragédia. Em
sua estreita relação com a noção grega de cosmos, a poética trágica desponta
como a afirmação de que a tragédia ocorre justamente quando algo nessa ordem
se rompe. A tragédia poderia ser pensada, portanto, na medida em que se conserva
a arcaica imagem do mundo assentado sobre um eixo, como uma poética da
desarticulação da ordem do mundo ou a poética do cosmos fora do eixo. / [en] The present thesis has as its subject the ancient Attic Greek tragedy,
contrasted with the tragedy of Renaissance and early modern age. Focused on
Sophocles’ King Oedipus and William Shakespeare’s Hamlet, Prince of Denmark,
this study intends to treat them, respectively, in the historical and philosophical
context they emerge: the ancient tragedy, in presocratic times, marked by the
consolidation of the democratic process of the greek polis, the modern tragedy, in
the rise of the scientific revolution and the rupture in the traditional aristotelianptolemaic
cosmology, by the thought of Giordano Bruno, Copernicus and Galileo,
among others, but also by Montaigne’s recover of the ancient skeptical tradition,
the statement of the autonomy of individual conscience, as well as the irruption of
the subjectivity, all of them, fundamental traces of the beginning of modernity
and the principal dividing lines between ancient and modern forms of tragedy. In
its very close relation with the original presocratic notion of cosmos, tragic poetics
dawns as a statement that tragedy occurs precisely when something fundamental
to this order is ruptured. Tragedy could be thought, therefore, keeping before us
the archaic image of the universe turning upon an axis, as a poetics of the
disarticulation of the world order or the poetics of the cosmos out of joint.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:21104
Date04 February 2013
CreatorsCRISTINA MARIA FLORES RIBAS
ContributorsMAURA IGLESIAS
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

Page generated in 0.0021 seconds