Return to search

[fr] L INVENTION DE LA TOLÉRANCE: POLITIQUE ET GUERRES DE RELIGION EN FRANCE AU XVI SIÈCLE / [pt] A INVENÇÃO DA TOLERÂNCIA: POLÍTICA E GUERRAS DE RELIGIÃO NA FRANÇA DO SÉCULO XVI

[pt] As Guerras de religião francesas foram o resultado da experiência da Reforma protestante, mas os seus próprios resultados significaram implicações para as relações entre o Estado e a Igreja que foram além das questões de dogma e corrupção clerical que deram início ao movimento . O aprofundamento dos conflitos entre católicos e protestantes na França - dos quais derivou um estado de guerra civil mais complexo do que a mera oposição entre catolicismo e protestantismo - propiciou a formação de vários partidos no reino. Um desses partidos,chamado na época de partido dos politiques, distingui-se dos demais grupos por considerar a situação francesa a partir de uma perspectiva pragmática e algo secularizado. Os politiques argumentaram, por meio da publicação de tratados e panfletos, que a melhor forma de pôr fim ás guerras civis, e remediar o caos provocado por elas, era regulamentar a coexistência de católicos e protestantes, estabelecendo uma distinção entre a autoridade do Estado e a autoridade da Igreja, e dando ao Estado a primazia sobre a Igreja quanto à lei para governo dos homens. Esta proposta é a da tolerância civil, conceito que, na França da segunda metade do século XVI, significava a aceitação provisória da qualidade religiosa como forma de solucionar a guerra, atribuindo a um concílio - ou à Providência divina - a tarefa futura de restabelecer a unidade católica, em um momento em que o reino e o bem comum - cuja defesa e manutenção eram função do Estado - não estariam ameaçados. A instituição da tolerância como instrumento político, as razões por que e a forma como ela foi bem sucedida são as questões a que esta tese procura responder. / [fr] Les guerres de religions en France ont été le résultat de l expérience de la Reforme Protestante, mais elles ont donné lieu à des consequences, concernant le rapport entre l État et l Église, qui ont dépassé les questions de dogme et de corruption cléricale qui ont déclanché ce mouvement. L ampleur des conflits entre catholiques et protestants en France - dont s est produit un état de guerre civile plus complexe que la suele opposition entre catholicisme et protestantisme - a engendré l organisation de plusieurs partis dans le royaume. Un de ces partis, nommé à l époque parti des politiques, s est distigué des autres groupes car el considérait la situation française selon une perspective pragmatique et sécularisée. Les Politiques ont avancé, parla voie des traités et des pamphlets publiés par eux, que le meilleur moyen de mettre fin aux guerres civiles, et remédier au chaos qu elles entraînaient, serait par le règlement de la coexistence de catholiques et protestants, en établissant par lá une différenciation entre l autorité de l État et celle de l Église et en donnant à l État la prééminence sur l Église quant à la loi pour le gouvernement des hommes. Ce propos est celui de la tolérance civile, concept qui, dans la France de la seconde moitié du XVI siècle, impliquait l acceptation provisoire de la dualité religieuse comme moyen de donner une solution à la guerre, en attribuanr à un concile - ou à la divine Providence - la charge future de rétablir l unité catholique, au moment où le royaume et le bien comum - dont la défense et le maintien étaient la fonction de l État - ne seraient pas menacés. L établissement de la tolérance en tant que cet instrument politique, les raisons pour lesquelles et la façon pa laquelle elle a réussi les questions auxquelles cette thèse veut répondre.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:25765
Date15 February 2016
CreatorsCATARINA COSTA D AMARAL
ContributorsMARCELO GANTUS JASMIN
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageFrench
TypeTEXTO

Page generated in 0.0034 seconds