Made available in DSpace on 2016-06-02T20:39:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2427.pdf: 2351911 bytes, checksum: d217c4957cb52efba6bc1d7353c50495 (MD5)
Previous issue date: 2009-03-03 / Universidade Federal de Minas Gerais / A formação do Estado Nacional Brasileiro, assim como outras sociedades que passaram pela experiência da colonização, foi fundamentalmente marcada por um processo de racialização, que resultou em desigualdades estruturais que refletem profundas disparidades socioeconômicas entre a população branca e negra do país. O equacionamento destas desigualdades pauta a agenda nacional há mais de uma década, entretanto a definição de qual perspectiva teórico-política deve conduzir as propostas e práticas que promovam as soluções almejadas, parece estar longe de um consenso nacional. O embate configura-se a partir de duas perspectivas distintas. De um lado estão aqueles que compreendem tais desigualdades e mazelas sociais por uma perspectiva predominantemente econômica, desconsiderando total ou parcialmente as intersecções entre o ser pobre e o ser negro. O prognóstico político decorrente desta concepção baseia-se em políticas de cunho universalista, que quando muito consideram apenas um recorte de pobreza para políticas mais específicas. Do outro lado encontram-se aqueles que entendem tais desigualdades como resultado de um processo de racialização que configurou e consolidou socialmente uma parcela da população como outra (ou não-branca) e a alocou em uma posição social de desprestígio, a qual suspendeu a sua humanidade, racionalidade, estética e
subjetividade em descrédito. As propostas políticas decorrentes desta perspectiva compreendem a raça como uma categoria de inteligibilidade deste processo, portanto, é
considerada essencial para o combate das desigualdades materiais e simbólicas oriundas dele. Este dissenso teórico-político foi evidentemente acentuado com as atuais propostas e execuções de ações afirmativas com crivo racial, apresentadas como uma alternativa possível para sanar as desigualdades aqui vigentes. Este acirramento não se deve apenas pelo caráter particularista da ação afirmativa, mas, sobretudo, pelo uso do critério racial em suas formulações.
Esta pesquisa, portanto, analisou sociologicamente, por meio de um esforço teórico e da análise de enquadramento, como a mídia impressa veiculou o atual debate sobre as relações raciais brasileiras, impulsionado pela ação afirmativa com critério racial. Tendo em vista, que consideramos a mídia como importante âncora social dentro da problemática,
buscamos entender e caracterizar quais são as leituras do que é o Brasil vigentes nos instrumentos de análise (revistas e jornais), e, conseqüentemente, perceber quais são os seus
prognósticos para as desigualdades estruturais da nação.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/6705 |
Date | 03 March 2009 |
Creators | Moya, Thais Santos |
Contributors | Silvério, Valter Roberto |
Publisher | Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Sociologia, UFSCar, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0027 seconds