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Detecção precoce de perda auditiva em trabalhadores expostos a agrotóxicos com uso de audiometria de altas frequências / Early detection of hearing loss in workers exposed to pesticides using high frequency audiometry

INTRODUCTION: Health impacts caused by the use of pesticides are large. Studies have demonstrated the effect of pesticides associated with other harmful agents, however, if assumes that, in isolation, the pesticides can also be harmful to hearing. As the high-frequency Audiometry (AAF) is a procedure used in the clinical diagnosis of hearing loss caused by chemical agents, was studied the possibility of the contribution of this resource in the detection of hearing loss caused by pesticides. OBJECTIVE: Evaluate hearing health of rural workers with and without exposure to pesticides. MATERIAL AND METHODS: Cross-sectional study that has met the criteria of research ethics, and had no conflict of interest, was held in 87 workers, aged 18 to 59 years, with formal, informal working and/or on family farming. Were evaluated 87 workers not exposed to pesticides (Group 1) and 49 that had exposure to these products (Group 2), whose have done anamnesis, ear canal inspection, distortion product otoacoustic emissions (DPOAE), pure tone audiometry at 0.5K, 1K, 2K, 3K, 4K, 6K and 8KHz, being normal, high frequency audiometry at 9K, 10K, 11,2K, 12,5K, 14K, 16K, 18K and 20KHz. RESULTS: The workers were distributed in 41% of the males and 59% female; 54% worked in agriculture (p < 0.0001), the mixture of pesticides was reported by 77% of the examined, the glyphosate based product was the most used (73%) and 24% did not know inform the name of the pesticide used, the use of personal protective equipment has not been identified, the average age of onset was 11 years (SD = 3.89), the glyphosate-based product was the most used (73%) and 24% did not know inform the name of the pesticide used. The use of personal protective equipment has not been identified, the average age of onset was 11 years (SD = 3.89) and 23% of the subjects (p = 0.013) reported dizziness before, during or after the application of pesticides. Workers exposed to pesticides (G2) showed higher averages in the AAF thresholds than those who were not exposed (G1) with significance between 9,000 and 20,000 Hz in both ears (p < 0.0001), regardless of the age group. The results of DPOAE and other symptoms were not significant. CONCLUSION: Workers exposed to pesticides showed worse results in the AAF, when compared with those without exposure. The AAF can be considered a sensitive instrument to detect auditory changes in workers exposed to pesticides. / INTRODUÇÃO: Os impactos à saúde ocasionados pelo uso de agrotóxicos são amplos. Estudos tem demonstrado o efeito dos agrotóxicos associados a outros agentes otoagressores, entretanto, se pressupõe que, isoladamente, os agrotóxicos também podem ser prejudiciais à audição. Como a Audiometria de Altas frequências (AAF) é um procedimento utilizado no diagnóstico clínico da perda auditiva ocasionada por agentes químicos, se estuda a possibilidade da contribuição deste recurso na detecção das perdas auditivas ocasionadas por agrotóxicos. OBJETIVO: avaliar a saúde auditiva dos trabalhadores rurais com e sem exposição a agrotóxicos. MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal que atendeu os critérios de ética em pesquisa, e, não apresentou conflito de interesses. Foi realizado em 87 trabalhadores rurais, na faixa etária de 18 a 59 anos, com vínculo de trabalho formal, informal e/ou que atuavam na agricultura familiar. Foram avaliados 38 sujeitos não expostos a agrotóxicos (G1) e 49 com exposição a estes produtos (G2), que realizaram anamnese, meatoscopia, emissões otoacústicas evocadas por produto de distorção (EOAPD), audiometria tonal liminar nas frequências convencionais de 500 a 8.000 Hz, e, em se apresentando normal, foi realizada a AAF em 9.000, 10.000, 11.200, 12.500, 14.000, 16.000, 18.000 e 20.000 Hz. RESULTADOS: A amostra foi distribuída em 41% trabalhadores do sexo masculino e 59% do sexo feminino; 54% atuavam na agricultura familiar (p<0,0001), a mistura de agrotóxicos foi relatada por 77% dos examinados, o produto à base de glifosato foi o mais utilizado (73%) e 24% não souberam informar o nome do agrotóxico utilizado. O uso de Equipamento de Proteção Individual não foi identificado, a média de idade de início de trabalho foi 11 anos (DP=3,89) e 23% dos sujeitos (p=0,013) relataram tonturas antes, durante ou após a aplicação de agrotóxicos. Os trabalhadores expostos a agrotóxicos (G2) apresentaram maiores médias em limiares da AAF que aqueles que não foram expostos (G1), com significância entre 9.000 e 20.000 Hz em ambas as orelhas (p<0,0001), independente da faixa etária. Os resultados das EOAPD e demais sintomas não foram significativos. CONCLUSÃO: Os trabalhadores expostos a agrotóxicos apresentaram piores resultados na AAF, quando comparados com aqueles sem exposição. A AAF pode ser considerada um instrumento sensível para detectar alterações auditivas em trabalhadores expostos a agrotóxicos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:123456789/3647
Date23 February 2017
CreatorsSena, Tereza Raquel Ribeiro de
ContributorsAntoniolli, Ângelo Roberto
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFS, Brasil, Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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