As quedas atualmente constituem um importante problema de saúde pública, por gerar intercorrências á saúde do indivíduo e até levar a internações hospitalares e ao óbito. Quedas apresentam fatores causadores múltiplos, incluindo elementos ambientais extrínsecos e fatores intrínsecos como aspectos fisiológicos, musculoesqueléticos e psicossociais. O estudo sobre quedas tem privilegiado os idosos e pessoas portadoras de dor musculoesquelética, sendo que muitos idosos também têm queixa de dor. A fibromialgia é uma síndrome dolorosa de etiopatogenia desconhecida que acomete preferencialmente mulheres, sendo caracterizada por dores musculoesqueléticas difusas, locais dolorosos específicos à palpação associados freqüentemente a distúrbio do sono, fadiga, cefaléia crônica e distúrbios psíquicos, como depressão. Assim sendo as pessoas portadoras dessa síndrome apresentam fatores intrínsecos (dor, depressão, fadiga) que podem estar associados às quedas e o objetivo desse estudo foi verificar o risco de quedas nesta população sua relação com intensidade da dor, flexibilidade e qualidade de vida. Participaram do estudo 48 mulheres entre 40-59 anos, sendo 22 com fibromialgia (GF) encaminhadas do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas e 26 assintomáticas que constituíram o grupo controle (GC). Para avaliar o equilíbrio foi utilizada a Berg Balance Scale (escala Berg), Activities-specific Balance Confidence scale (escala ABC) e teste de tempo de reação. A avaliação da flexibilidade foi utilizando o teste de 3o dedo ao solo. Para caracterizar os sujeitos fibromiálgicos foram realizados: Questionário do Impacto da Fibromialgia (QIF) e Escala Visual Analógica (EVA). Para a análise dos dados foi utilizada Análise Descritiva e Análise Inferencial (teste t student, teste de Mann-Whitney U e correlação simples e de Spearman com nível de significância a = 0,05). Os resultados dos testes de equilíbrio (escala Berg e ABC) mostraram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A média de dor no GF foi 5,4cm(2,6) e o grupo controle não apresentava dor no dia da avaliação. Houve correlação negativa entre dor e escala de Berg e ABC e não houve correlação entre dor, flexibilidade e qualidade de vida. Correlação entre as escalas: Berg X ABC nos grupos só foi observada no GF. Concluímos que mulheres com fibromialgia apresentam alteração do equilíbrio e que isto pode estar correlacionado com a dor que essas mulheres apresentam constantemente. E o desempenho nos testes está correlacionado, ou seja, quanto mais confiança o indivíduo expressava mais alto foi seu escore na escala de Berg (sem risco de queda). / Abstract: Background Fibromyalgia is a rheumatic syndrome with unknown etiopathogeneis more prevalent in woman. This disorder is characterized by chronic widespread pain, painful tender points that frequently associated to fatigue, sleep problems, chronic headache and physic disturbs, such as depression and anxious. Some of these symptoms, such as depression, pain and fatigue, recognized, as intrinsic factors can be associated to fall experimented by the person. So studies about falls are focusing on elderly people and people with muscle pain. The objective of this study is doing the assessment of the balance in person with fibromyalgia and its relationship with the intensity of the pain, flexibility and life quality. The study interviewed 48 women, from 40th to 59th years old, which 22 women have fibromyalgia (GF) and 26 women asymptomatic that represent the control group (GC). To evaluate the balance, the flexibility and fibromyalgia subjects, the tools used were, respectively: the Berg scale, Activities-specific Balance Confidence scale (scale ABC); Analogical Visual Scale; and The Fibromyalgia Impact Survey (QIF). The data were analysed using Descriptive and Inferential Analysis (Student t test, Mann-Whitney U and Spearman correlation simple, with significance level a = 0.05). Results: balance test and fear of fall are shown significant difference between the groups (p<0,05). The intensity pain average in the GF group was 5,4 (2,6) and zero in the GC group; and the flexibility decreased in the GF group (p=0,01). There was a negative correlation between pain and Berg scale (rs = -0,48 e p=0,02) and ABC scale (rs = -0,56 and p=0,006) and there was no correlation between pain, flexibility and quality of life. The correlation between the scales: Berg X ABC in both groups was only observed in the GF (rs= 0,55 e p=0,007). This study showed that women with fibromyalgia have pain intensively, higher risk of falls, lower confidence for doing daily activities, lower quality of life and less flexibility.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-27082009-155257 |
Date | 28 April 2009 |
Creators | Santo, Adriana de Sousa do Espirito |
Contributors | Marques, Amelia Pasqual |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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