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Proteína C reativa (PCR) em crianças com infecção pelo HIV na ausência de quadro infeccioso concomitante e na vigência de pneumonia aguda / C-Reactive protein in HIV-infected children in the absence of concomitant infection and during acute pneumonia

Por serem as manifestações pulmonares de etiologia infecciosas muito freqüentes e potencialmente graves nas crianças com aids, o diagnóstico deve ser precoce para uma rápida e efetiva intervenção terapêutica. A proteína C reativa (PCR), um dos marcadores das provas de fase aguda, tem sido usada na prática clínica como um recurso diagnóstico na diferenciação entre patologias sistêmicas de etiologia viral e bacteriana, bem como na monitorização da eficácia da terapêutica antimicrobiana frente a uma infecção. Apesar da proteína C reativa ser um exame inespecífico e poder estar aumentada em diferentes situações clínicas (infecções sistêmicas, doenças inflamatórias e neoplásicas, isquemias, queimaduras), a infecção bacteriana é a causa mais freqüente para o seu aumento. A PCR eleva-se rapidamente após a injúria tecidual, atingindo valores 10 a 1000 vezes superiores a seu nível basal: em virtude de sua curta meia vida, retorna em pouco tempo aos valores prévios após o fim da agressão. Com o objetivo de encontrar um método laboratorial auxiliar para as infecções pulmonares nas crianças com infecção pelo HIV foi estudada a proteína C reativa, pela técnica de nefelometria, em dois momentos distintos: na ausência de quadro infeccioso concomitante (grupo 1) e na vigência de pneumonia aguda (grupo 2). O grupo 1 envolveu o estudo de 66 crianças com infecção pelo HIV, resultando em 84 amostras de PCR coletadas na ausência de quadro infeccioso concomitante.No grupo 2 foram analisadas 6 crianças com infecção pelo HIV com 9 episódios de pneumonia aguda. As crianças com infecção pelo HIV foram classificadas de acordo com as categorias clínicas e imunológicas da classificação do CDC para infecção pelo HIV em crianças. Dentre as 66 crianças incluídas no grupo 1, 6 pertenciam à categoria N, 11 à categoria A, 27 à categoria B e 22 à categoria C. Das 84 amostras de PCR coletadas no grupo 1, 76 (90,48%) encontravam-se abaixo de 5 mg/l, 7 amostras entre 5 a 20 mg /l e, apenas 1 amostra entre 20 a 40 mg/l (1,15%). No grupo 2, todas as crianças eram pertencentes às categorias B3 (1/6) ou C3 (5/6), refletindo um estágio mais avançado da doença. Das 9 amostras de PCR, 6 apresentavam valores maiores que 40 mg/l, 1 entre 20 e 40 mg/l e as 2 amostras restantes, entre 5 e 20 mg/l. Os dados sugerem portanto que a infecção pelo HIV por si só não é acompanhada de aumento da PCR, bem como não existe relação com a classificação imunológica em que o paciente se encontre. Pacientes com infecção pelo HIV na vigência de pneumonia aguda apresentam níveis aumentados de PCR. Neste estudo, o ponto de corte que diferenciou os grupos 1 e 2 foi PCR = 28,9 mg/l com sensibilidade de 77,8% e especificidade de 100% (IC 95%) / As pulmonary infection is a common and potentially serious condition in HIV-infected children, effectiveness of treatment of this kind of affection depends to a large extent on the promptness of accurate diagnosis. The C-Reactive Protein (CRP), a reasonably well-established acute phase marker, has long been used to differentiate bacterial from viral infections. Despite its lack of specifity, that is, the fact that other conditions like inflammatory diseases, neoplasms, ischemia and burns may also increase CRP levels, Bacterial infections are the most frequent cause of increased CRP found in daily clinical practice. Shortly after any tissular injury, CRP increases considerably, reaching up to 10-1000 times its previous levels. Due to its short half-life, its decrease after the end of the affection is quick as well. This study aimed at evaluating the CRP (assessed by nephelometry) as an auxiliary tool to diagnose pulmonary infection in HIV-infected children. Two groups of patients were considered in this study: group 1 was constituted by 66 HIV-infected children with no clinical signs of concomitant infection (amounting to 84 CRP samples) and group 2 was constituted by 6 HIV-infected children with pneumonia (amounting to 9 CRP samples). All the subjects were assigned to categories according to the pediatric HIV classification system (CDC, 1994). Among the 66 children from group 1, 6 were assigned to categories N, 11 to A, 27 to B and 22 to C. Regarding the levels of CRP in group 1 it was found: 76 samples (90.48%) < 5 mg/l, 7 (8.33%) in the range between 5 and 20 mg/l and 1 sample between 20 and 40 mg/l. In the group 2, all the children were assigned either to category B3 (1/6) or C3 (5/6) and the CRP level distribution was the following: 6 (6/9) > 40 mg/l, 1 (1/6) between 20 and 40 mg/l and 2 (2/6) between 5 and 20 mg/l. These results suggest that 1.HIV infection by itself does not increase the levels of CRP, regardless the immunologic classification of the patient; 2.HIV-infected children with pneumonia present increased levels of CRP 3.In this study, the cut-off point to differentiate groups 1 and 2 was 28,9 mg/l, with sensitivity of 77,8% and specificity of 100% (p < 0.05)

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-23092014-115736
Date04 September 2003
CreatorsRenata Muller Banzato Pinto de Lemos
ContributorsEvandro Roberto Baldacci, Thelma Suely Okay, José Dirceu Ribeiro
PublisherUniversidade de São Paulo, Medicina (Pediatria), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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