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O Potencial da educação em saúde na alta hospitalar para a autonomia em cuidados paliativos

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T21:31:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
277240.pdf: 3451737 bytes, checksum: 779a052add166e47749b807938ee014a (MD5) / O presente estudo foi desenvolvido no sul do Brasil em uma instituição de referência para o tratamento do câncer e teve por objetivo compreender como ocorre o processo educativo para alta hospitalar na visão dos profissionais que desenvolvem o cuidado junto aos sujeitos portadores de câncer avançado. O referencial que sustentou teoricamente o estudo está em consonância com a educação como prática da liberdade entendendo que a autonomia permeia todo processo de ensino e aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com nove sujeitos participantes, dentre eles, enfermeiro, médico, nutricionista, assistente social e farmacêutico. A entrevista aberta, a observação participante e a reunião de grupo foram estratégias utilizadas para a coleta de dados, que foi realizada no período de julho de 2007 a dezembro de 2008. A análise foi concomitante as idas ao campo e foi utilizado no processo, o método de comparação constante. A resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde norteou os aspectos éticos da pesquisa, sendo que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa pelo parecer número 025/2007 e registro CEP 014/2007. O processo de análise deu origem à categoria central denominada de "O potencial da educação em saúde na alta hospitalar para a autonomia do sujeito portador de câncer e três categorias, a saber: 1ª categoria: O que diz a equipe de saúde sobre a alta hospitalar, com as seguintes sub-categorias a) a alta hospitalar é um ato administrativo e prerrogativa médica; b) o modo de fazer da Enfermagem é diferenciado; c) a educação é inerente ao processo de alta; d) o processo de alta representa múltiplas oportunidades de ouvir/orientar; e) a educação para a alta é compromisso do enfermeiro e da equipe de saúde; 2ª categoria alta hospitalar: o que faz a equipe de saúde, com as seguintes sub-categorias: a) o enfermeiro coordena a unidade de internação e o trabalho da equipe de saúde; b) os familiares e os profissionais são envolvidos no processo de alta hospitalar; c) a equipe de saúde avalia o processo de alta; d) a equipe de saúde promove a articulação do serviço hospitalar com a Unidade Básica de Saúde; e) as orientações para alta estão centradas na terapia medicamentosa; e 3ª categoria Empoderamento, autonomia e poder em cuidados paliativos - a autonomia do outro não é a minha autonomia, com as seguintes sub-categorias: a) autonomia e livre arbítrio em cuidados paliativos; e b) autonomia e poder na/da prática profissional. Os resultados demonstraram que os profissionais da equipe de saúde no ambiente hospitalar percebem que o enfermeiro é quem está mais próximo dos sujeitos hospitalizados, sendo o profissional que deve deflagrar o processo de orientação para a alta hospitalar; que o enfermeiro coordena a unidade de internação e a equipe de saúde, e que no processo de alta existe um esforço para que os familiares e todos os profissionais participem. Além disso, denotaram a preocupação por parte dos profissionais com a avaliação do processo de alta hospitalar, embora ainda não se registrem grandes avanços. A articulação hospital/unidade básica de saúde também aparece como uma atividade realizada no processo de alta. Por fim, os profissionais reconhecem o potencial da educação em saúde na alta hospitalar para a autonomia do sujeito portador de câncer avançado. / The present study was developed in Southern Brazil in hospital of national reference for cancer treatment. It aimed at better understand how the educational process for hospital discharge occurs in the caregiver professionals view, related to subjects with advanced cancer. The theoretical framework that supported the study is in accordance with education as a liberating practice, understanding that autonomy permeates all the teaching/learning process. This qualitative, descriptive study involved the participation of eleven subjects, using Strauss and Corbin#s Grounded Theory (2008), in order to collect and analyze the data. Eleven professionals participated in the study, nine of which were hospital employees. Their occupations were nurse, physician, dietician, social worker, pharmacist, and two subjects who were not officially part of the institution. The semi-structured interview, participating observation, documental analysis, and group meeting were the strategies used for data collection between September of 2007 and December of 2008. The analysis took place concomitant with field visits, using regular comparison, as stated by the Grounded Theory in the method process. The resolution 196/96 of the Brazilian National Health Council (Conselho Nacional de Saúde) guided the ethical aspects of this study, and the project was approved by the Ethics in Research Committee under the statement 025/2007 and register CEP 014/2007. The analysis process originated the central category, named #Hospital Discharge as a Privileged Opportunity for Health Care Education#, and three other categories, namely: 1st category: #What the Health Team Says about Hospital Discharge#, with the following subcategories: a) The Hospital Discharge is an Administrative Action and it is a Medical Prerogative; b) The Making of Nursing is Differentiated; c) Education is Inherent to the Discharge Process; d) Discharge Process Represents Multiple Opportunities for Listening/Instructing; e) Education in Discharge is a Nursing and Health Team Commitment; The 2nd category is: Hospital Discharge: What the Health Care Team Does, having the following subcategories: a) The Nurse Coordinates the Hospitalization Unit and the Health Care Team; b) Family Members and Professionals are Involved in the Hospital Discharge Process; c) The Health Care Team Evaluates the Discharge Process; d) Hospital Services Promote Articulation with the Brazilian Public Health Care Clinic; e) Instructions for Hospital Discharge are Medication-Therapy centered. The 3rd category is #Empowerment, Autonomy and Power in Palliative Care # the Other#s Autonomy is Not Mine Own Autonomy#, having as subcategories: a) Autonomy and Free Will in Palliative Care; and b) Autonomy and Power in/of Professional Practice. The results demonstrated that: health care team professionals in the hospital environment perceive that the nurse is the closest person to the hospitalized subjects; this professional must initiate the orientation process for hospital discharge; the nurse coordinates the hospitalization unit and the health care team; all the professionals are involved in the discharge process, as well as the family members. Besides, a concern with regular evaluation of the discharge process is noticed by the professionals, even though a noticeable advance is not perceived. The Brazilian hospital/ public health care clinic articulation also appears as an activity which is carried out during the discharge process.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93400
Date24 October 2012
CreatorsMarcelino, Silvana Romagna
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Prado, Marta Lenise do
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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