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Vozes femininas: negociando sentidos sobre o feminino em contexto de conversa terapÃutica / Feminine voices: trading senses of the female in the context of therapeutic conversation

nÃo hà / A proposta dessa pesquisa foi procurar compreender como os discursos sobre o feminino sÃo construÃdos e negociados em um grupo psicoterÃpico no contexto de um serviÃo de saÃde mental. Como tambÃm conhecer que discursos sÃo produzidos pelas mulheres nas trocas conversacionais no grupo, como o grupo confere sentido ao feminino, Ãs relaÃÃes de gÃnero e ao lugar da mulher na famÃlia, na sociedade e no contexto do grupo e no ambiente do CAPS. Procuramos compreender de que forma as mulheres descrevem, avaliam e legitimam o mundo feminino e que termos utilizam para afirmar ou recusar tal mundo e em que circunstÃncias. TambÃm procuramos identificar que aÃÃes estÃo sendo produzidas a partir desse conversar terapÃutico e como as prÃticas do feminino no grupo estÃo atravessadas por relaÃÃes de poder. Para essa pesquisa, lanÃamos mÃo principalmente de uma psicologia social discursivamente orientada, alinhada à epistemologia construcionista social, focalizando o modo como as mulheres participantes do nosso estudo dÃo sentido ao ser mulher. Neste enquadre epistemolÃgico compreende-se o mundo social como uma construÃÃo coletiva e privilegiam-se as diferentes formas de interaÃÃo e linguagem que histÃrica e culturalmente constroem o conhecimento do mundo. Os principais autores utilizados nesta pesquisa foram: Margaret Wetherell, Jonathan Potter, Benedito Medrado, Nigel Edley, Kenneth Gergen, Emerson Rasera, Carla Guanaes. Esta pesquisa analisou quatro sessÃes de terapia de grupo que aconteceram no contexto de um CAPS geral do tipo III, com a participaÃÃo de 07 pacientes do sexo feminino. As sessÃes foram transcritas e submetidas a uma anÃlise do discurso. Observou-se a forma como essas mulheres se posicionam diante de diferentes temas que surgem no grupo, a forma como lidam e resolvem dilemas ideolÃgicos e tambÃm identificamos os repertÃrios interpretativos utilizados por elas ao falar do feminino. Nas trocas dialÃgicas percebemos um movimento constante ora de adesÃo, ora de afastamento de versÃes convencionais do que à ser mulher, de agir de modo feminino, contribuindo em alguns momentos para a manutenÃÃo do estado de assimetria de gÃnero, mas em outros, abrindo espaÃo para novas construÃÃes e versÃes mais igualitÃrias de gÃnero.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:9938
Date21 August 2015
CreatorsRachel Montenegro Matos Albuquerque
ContributorsIdilva Maria Pires Germano, AluÃsio Ferreira de Lima, Emerson Fernando Rasera
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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