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Capacidade antioxidante total da dieta e sua relação com indicadores antropométricos e marcadores metabólicos e do estresse oxidativo em indivíduos em hemodiálise / Total antioxidant capacity of the diet and its relationship with anthropometric indicators and metabolic markers and oxidative stress in hemodialysis subjects

Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2019-03-01T14:42:06Z
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Previous issue date: 2016-07-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Grande parte dos pacientes com doença renal crônica (DRC), em hemodiálise (HD), ingere nutrientes em quantidades abaixo das recomendações ao longo do tratamento. Estudos clínicos têm demonstrado associações entre a ingestão de nutrientes antioxidantes e menor formação de radicais livres, bem como os aspectos relacionados à patogênese da doença, mostrando que os antioxidantes apresentam efeito protetor sobre o desenvolvimento de doenças inflamatórias. O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade antioxidante total da dieta e sua relação com indicadores antropométricos e marcadores metabólicos e do estresse oxidativo em indivíduos em hemodiálise. Tratou-se de um estudo transversal, de caráter descritivo e analítico, do qual participaram 85 indivíduos (56 homens e 29 mulheres, com média de 62,05+ 13,71 anos) com DRC em HD atendidos em um centro de Nefrologia da Zona da Mata de Minas Gerais. Os dados sócio demográficos (idade, sexo, escolaridade, atividade física, tabagismo, etilismo e adesão à dieta); antropométricos (peso, estatura, índice de massa corporal (IMC), perímetros da cintura (PC) e do quadril (PQ), RCQ, RCE, gordura corporal e visceral e massa muscular); metabólicos (glicose, triglicérides, albumina, ferritina, ureia pré e pós diálise, ferro, creatinina, Kt/V, saturação de transferrina e hemoglobina) foram coletados mediante prontuário. O consumo alimentar foi avaliado por meio do questionário de frequência alimentar, referente ao último ano, a partir do qual foram estimadas as calorias e nutrientes com ênfase naqueles com capacidade antioxidante, bem como foi calculada a capacidade antioxidante total da dieta (CATd) em mmol/g pelo ensaio teórico de FRAP dos alimentos, a partir de bases de dados previamente publicadas. Os nutrientes e compostos com propriedade antioxidantes avaliados foram: ácidos graxos: linoleico e α- linolênico; vitaminas A, C, D e E; minerais selênio, cobre, manganês e zinco, e compostos bioativos: Carotenoides: α-caroteno, β-caroteno, β-criptoxantina, luteína + zeaxantina, licopeno e carotenoides totais; flavonóis: quercitina e quempferol; flavanona hesperedina e antocianidinas: definidina e cianidina). O ajuste energético do consumo de tais nutrientes foi feito pelo método residual. A CATd foi fornecida pelo cálculo do FRAP dos alimentos, enquanto a do soro (CATs) e a enzima superóxido dismutase (SOD) foram avaliadas como biomarcadores séricos de estresse oxidativo por meio de protocolos específicos. Resultados: Foram 85 indivíduos com mediana de idade de 61, variando de 20 a 86 anos, sendo 56 (65,9%) do sexo masculino dos quais 41,2% eram idosos. 65,9% tinham ensino fundamental, 48,2% estavam em tratamento entre 3 e 48 meses e 72,9% seguiam a dieta prescrita pelo serviço, 84,7% dos participantes não fumavam e 88,2% não bebiam. Dos marcadores bioquímicos viu-se que a creatinina e o ferro estavam abaixo dos valores de adequação em todos e a ferritina estava adequada em 78,8%. A glicemia estava em níveis elevados em 66,7% dos participantes e os níveis de triglicérides estavam aceitáveis em 63,5% deles. As concentrações de ureia pré-diálise estavam elevadas em 80% dos participantes e a ureia pós diálise abaixo das recomendações em todos eles. Observou-se 87,1% (n=74) de anêmicos segundo a hemoglobina; e 54,7% estavam com o Kt/V. O grupo de cereais e tubérculos foi o que mais contribuiu para o consumo energético, seguido das bebidas não alcoólicas e frutas. A mediana do consumo energético foi de 46,49 Kcal/kg estando acima da adequação preconizada. Quanto ao estado nutricional, as médias de consumo foram diferentes apenas entre vitamina D, ômega 3, definidina e cianidina. O consumo de vitamina C foi excessivo para todos os participantes e a E foi abaixo assim como dos minerais. Houve associações entre o consumo de vitaminas e indicadores antropométrico de adiposidade central. A CATd não se associou com nenhum dos biomarcadores de estresse oxidativo, porém apresentou correlação positiva com o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6 e vitamina E. Não houve correlação entre a CATs e a CATd, mas ambas se correlacionaram positivamente com o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6. Conclusão: De modo geral, a maioria dos pacientes apresentava-se em bom estado nutricional de acordo com índice de massa corporal, destacando-se um número maior de mulheres com sobrepeso quando comparadas com os homens. Os marcadores bioquímicos não se relacionaram de forma expressiva com as demais variáveis, o consumo de antioxidantes estava baixo, sobretudo, o de carotenoides e fenólicos. Dos biomarcadores de estresse oxidativo, destacou- se relação entre o MDA e a SOD, o percentual de gordura corporal que era maior entre os pacientes com menor MDA e o consumo dos ácidos graxos ter sido positivamente correlacionado à CATd e CATs. Sendo estes últimos, os resultados que exigem maiores esclarecimentos frente às vias metabólicas ainda desconhecidas, já que uma limitação de nosso estudo é seu desenho transversal, que não nos permite tirar conclusões em termos de causalidade. / Most patients with chronic kidney disease (CKD) on hemodialysis (HD), ingests nutrients in amounts below the recommended throughout the treatment. Clinical studies have demonstrated associations between the intake of nutrients and antioxidants decreased formation of free radicals, as well as aspects related to the pathogenesis of the disease, showing that antioxidants have a protective effect on the development of inflammatory diseases. The aim of this study was to evaluate the total antioxidant capacity of the diet and its relationship with anthropometric indicators and metabolic markers and oxidative stress in hemodialysis subjects. This was a cross-sectional, descriptive and analytical character, which was attended by 85 individuals (56 men and 29 women, mean 62,05+ 13.71 years) with CKD on HD treated in a center zone of Nephrology da Mata of Minas Gerais. Demographic partner data (age, gender, education, physical activity, smoking, alcohol consumption and adherence to diet); anthropometric (weight, height, body mass index (BMI), waist perimeters (PC) and hip (PQ), WHR, RCE, body and visceral fat and muscle mass); metabolic (glucose, triglyceride, albumin, ferritin, pre and post dialysis urea, iron, creatinine, Kt/V, transferrin saturation and hemoglobin) were collected through medical records. Dietary intake was assessed by food frequency questionnaire, for the last year, from which were estimated calories and nutrients with emphasis on those with antioxidant capacity, and was calculated to total dietary antioxidant capacity (CATd) in mmol / g the theoretical FRAP test food from previously published databases. The nutrients and compounds with antioxidant property evaluated were: fatty acid: linoleic and α-linolenic acid; vitamins A, C, D and E; minerals selenium, copper, manganese and zinc, and bioactive compounds: Carotenoids: α-carotene, β-carotene, β-cryptoxanthin, lutein + zeaxanthin, lycopene, and carotenoids; flavonols: quercetin and kaempferol; flavanone hesperedina and anthocyanidins: definidina and cyanidin). The energy adjustment of consumption of these nutrients was done by the residual method. The CATd was provided by calculating the FRAP food, while serum (CAT) and superoxide dismutase (SOD) were evaluated as serum biomarkers of oxidative stress through specific protocols. Results: There were 85 patients with a median age of 61, ranging from 20 to 86 years, 56 (65.9%) males of which 41.2% were elderly. 65.9% had primary education, 48.2% were treated between 3 and 48 months, and 72.9% followed the prescribed diet for the service, 84.7% of participants did not smoke and 88.2% did not drink. Of biochemical markers was seen that creatinine and iron were below the suitability values in all and ferritin was adequate in 78.8%. Blood glucose was elevated in 66.7% of participants and triglyceride levels were acceptable in 63.5% of them. Pre dialysis urea concentrations were elevated in 80% of participants and the post dialysis urea below the recommendations in all. 87.1% was observed (n = 74) according to anemic hemoglobin; and 54.7% were with Kt/V. The group of cereals and tubers was the largest contributor to energy consumption, followed by soft drinks and fruit. The median energy consumption was 46.49 Kcal / kg which is above the recommended adjustment. Regarding nutritional status, average consumption showed significant differences between vitamin D, omega 3, definidina and cyanidin. The intake of vitamin C was excessive for all participants and E was below as well as minerals. There were associations between vitamin intake and anthropometric indicators of central adiposity. The CATd not associated with any of the biomarkers of oxidative stress, but was positively correlated with the consumption of omega 3 fatty acids and 6 and vitamin E. There was no correlation between the CATs and CATd, but both were positively correlated with the consumption of omega 3 and 6. Conclusion: in general, most of the patients were in good nutritional status according to body mass index, highlighting a greater number of overweight women compared with men. Biochemical markers were not related in a significant way with the other variables, consumption of antioxidants was low, particularly the carotenoids and phenolics. Of oxidative stress biomarkers, stood out relationship between MDA and SOD, the percentage of body fat was higher among patients with lower MDA and consumption of fatty acids have been positively correlated with CATd and CATs. The latter being the results that require further clarification front of the metabolic pathways are still unknown, as a limitation of our study is its cross-sectional design, which does not allow us to draw conclusions in terms of causality.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/23786
Date15 July 2016
CreatorsJorge, Mônica de Paula
ContributorsHermsdorff, Helen Hermana Miranda, Ribeiro, Sônia Machado Rocha, Moreira, Ana Vládia Bandeira
PublisherUniversidade Federal de Viçosa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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