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Paolo Mantegazza (1831-1910) e a escrita scientífica do amor

Este trabalho constitui uma análise histórico-antropológica de duas obras do médico, fisiólogo e antropólogo italiano Paolo Mantegazza (1831-1910). Trata-se, principalmente, de abordar o seu trabalho de escrita sobre o Amor. Pretende-se descrever como o autor, sobretudo em seu trabalho antropológico, introduz elementos à pesquisa do campo da sexualidade que não estavam na pauta de discussão de antropólogos que trabalhavam a partir do evolucionismo cultural; bem como as maneiras como Mantegazza apresenta certos problemas que serão longamente trabalhados por sexólogos e outros cientistas no decorrer dos séculos XX e XXI. Para isso, busca-se refletir em que medida seus argumentos estavam inseridos em um campo de conhecimento dividido entre as determinações da “natureza” e aquelas da “cultura” na classificação da vida social e que elementos de diferentes “ciências” o autor mobilizou para a formulação desses argumentos. A partir dessa discussão, intenciona-se problematizar uma forma específica do fazer antropológico no século XIX e a constituição da noção de evolucionismo tanto como um conceito fronteira quanto como uma ampla teoria que, junto ao Amor, tornaram possível dissertar sobre o sexo. / This work is a historical-anthropological analysis of two books of the Italian physician, physiologist and anthropologist Paolo Mantegazza (1831-1910). It is intended to describe how the author, especially in his anthropological work, introduces elements of research in the field of sexuality that were not in the agenda of anthropologists who worked from the cultural evolution; well as the ways Mantegazza presents certain problems that are extensively worked by sexologists and other scientists over the XX and XXI centuries. For this, we seek to reflect the extent to which his arguments were entered in a field of knowledge shared between the determinations of "nature" and those of "culture" in the classification of social life and how elements of different "sciences" was mobilized for the author to the formulation of these arguments. From this discussion, it intends problematize a specific way of doing anthropology in the nineteenth century and the establishment of the notion of evolution both as a concept and as a wide border theory, next to Love, made possible speak about sex.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/149547
Date January 2016
CreatorsGuerra, Sara Caumo
ContributorsLeal, Ondina Maria Fachel
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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