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Previous issue date: 2016-08-23 / A tese em apreço apresenta estudo sobre as formas de cooperação vivenciadas por
assentados em dois assentamentos rurais do litoral norte do estado de Alagoas.
Busca-se problematizar a temática cooperação em relação com o capital social,
procurando-se entender em que medida a formação dos assentamentos rurais de
reforma agrária, fortalece a cooperação e consequentemente o capital social entre os
agricultores familiares assentados. As orientações metodológicas contemplaram
técnicas e instrumentos qualitativos fazendo-se uso de pesquisa documental,
pesquisa bibliográfica, observações de campo, com registros em caderno de campo
e entrevistas semiestruturadas, realizadas junto a assentados, a técnicos e gestores
de organizações envolvidas com o processo de reforma agrária. A partir dos
resultados se infere que a formação dos assentamentos rurais estudados, dadas as
condições como o processo tem fluído, não tem contribuído para o fortalecimento da
cooperação, tampouco, para aumentar o capital social disponível entre os atores
sociais que vivenciam relações sociais, econômicas e culturais dinâmicas. As
experiências e vivências nos acampamentos, marcadas por atividades de
cooperação, não foram suficientes para transportá-las para os assentamentos. A
assunção da cooperação no acampamento representava a possibilidade de
sobrevivência, dadas as privações passadas durante o processo de luta para acesso
ao lote, já nos assentamentos os assentados assumem a condição de proprietários
rurais, de agricultores familiares, a posse da terra representa a possibilidade de viver
com autonomia, de ter liberdade para poder decidir sobre o seu futuro. A decisão de
cooperar vincula-se a circunstâncias de vida dos assentados, ligadas, via de regra, ao
envolvimento em grupos e redes sociais em que sobressai o exercício de
solidariedade, bem como o de reciprocidade, principalmente entre componentes de
uma família do tipo extensa, que inclui, além dos componentes do núcleo familiar, os
agregados e protegidos. Em que pese as orientações de mediadores (técnicos
governamentais, lideranças dos movimentos sociais e assessores técnicos), ao longo
do tempo, na direção da assunção de práticas de cooperação agrícola nos
assentamentos rurais, observa-se uma resistência motivada por experiências
negativas realizadas no passado em que normas e regras (re)construídas entre eles
não foram observadas, geraram conflitos e tensões, reduzindo a confiança,
comprometendo as redes sociais, não possibilitando o aumento de capital social nos
assentamentos. Os exercícios de cooperação agrícola observados nos dois
assentamentos se caracterizam como experiências de cooperação empresarial
mercantil. A formação dos dois assentamentos não contribuiu para fortalecer a
cooperação nem para ampliar o capital social entre assentados. / This thesis presents a study of the forms of cooperation experienced by settlers in two
rural settlements in the northern coast of the state of Alagoas. The work aimed to
discuss the thematic cooperation in relation to the social capital, seeking to understand
how the formation of rural settlements of land reform strengthen cooperation and
consequently the capital among family farmers settled. Methodological guidelines
contemplated qualitative techniques and instruments, making use of documentary
research, bibliographic research, field observations with records in diary and semistructured interviews conducted with settlers, technicians and managers of
organizations involved in the process of land reform. The results indicates that the
formation of rural settlements, given the conditions and the process is fluid, has not
contributed to the strengthening of cooperation, neither to increase the capital available
among the social actors who experience social, economic and dynamic cultural. The
experiences in the camps, marked by cooperation activities, were not enough to carry
them to the settlements. The assumption of cooperation in the camp represented the
chance of survival, given the past privations during the struggle for access to the lot,
otherwise, since the settlers assume the condition of farmers, family farmers, land
ownership is the possibility of live independently, free to decide their own future. The
decision to cooperate is related to the life circumstances of the settlers, linked, as a
rule, to the involvement in groups and social networks which stands the exercise of
solidarity, as well as reciprocity, especially among components of extensive familys
which includes, in addition to the components of the nuclear family, households and
protected. Despite the guidelines of mediators (government experts, leaders of social
movements and technical advisors), over time, towards the assumption of agricultural
cooperation practices in rural settlements, there is a resistance motivated by negative
experiences in the past, when rules and regulations (re) built between them weren’t
observed, fact that generated conflicts and tensions, reducing confidence,
compromising social networks, not allowing the social capital increase in the
settlements. The agricultural cooperation exercises observed in both settlements are
characterized as commercial business cooperation experiences. The formation of the
two settlements did not contribute to strengthen cooperation or to increase the capital
of settlers.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpel.edu.br:prefix/3045 |
Date | 23 August 2016 |
Creators | Costa, Jakes Halan de Queiroz |
Contributors | 42978360097, http://lattes.cnpq.br/7107393939694701, Anjos, Flavio Sacco dos |
Publisher | Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar, UFPel, Brasil, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPEL, instname:Universidade Federal de Pelotas, instacron:UFPEL |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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