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Previous issue date: 2013-03-15 / Nenhuma / O Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF) nasceu da política linguística do governo brasileiro estendido aos países vizinhos como forma de consolidar a integração do MERCOSUL, prevendo as zonas de fronteira como espaço de uma cultura passível de intercâmbio, cooperação e integração constantes, estreitando, dessa maneira, os laços com os países vizinhos. Essa ideia chegou às escolas e às salas de aula dos anos iniciais do Chuí/Chuy, em 2009, pelo trabalho de intercâmbio docente, por meio do qual se pretende propiciar aos alunos o aprendizado das línguas de contato desse contexto geográfico, e da cultura do outro, dentro de uma proposta de referência linguística docente - um professor uruguaio e um professor brasileiro para cada turma envolvida no PEIF. O intercâmbio docente, entretanto, passa por dificuldades de implantação, as quais se evidenciam na mudança da gestão do programa e nas representações dos participantes. Para captar essas questões importantes relativas à implementação de uma política in vitro, este trabalho tem como objetivo geral discutir as representações de professores, gestores, pais e alunos sobre a aplicação do Programa Escolas Interculturais de Fronteira e se elas podem interferir na implementação do Programa. Para tanto, esta pesquisa tem como referencial teórico as representações sociais (MOSCOVICI, 1978), as representações e a ação da linguagem (BRONCKART, 1999, 2006), questões de política linguística (CALVET, 2007) e identidades culturais (HALL, 2005). A pesquisa é de natureza qualitativa e de cunho etnográfico, tendo como instrumentos de coleta de dados a entrevista semiestruturada, o diário de campo e o levantamento documental que regulamenta o PEIF. A metodologia dessa pesquisa baseou-se na interpretação do agir (BULEA, 2010), e a análise dos dados nos Segmentos de Tratamento Temático evidenciados nas falas relevantes das entrevistas semiestruturadas a docentes, gestores, pais e alunos das escolas envolvidas nessa pesquisa. Os Segmentos de Tratamento Temático foram detectados e agrupados por conteúdos temáticos (BRONCKART, 2006; BULEA, 2010). Além das falas, a pesquisa buscou a triangulação de dados com o Marco Referencial del Desarrollo Curricular (MERCOSUR, [2010?]), a Portaria nº 798 (BRASIL, 2012), que tratam do Programa citado e com o diário de campo da pesquisadora. Os resultados mostram que muitas das expectativas da comunidade escolar não condizem com as reais intenções do PEIF enquanto política linguística in vitro. Em especial, as representações dos pais colidem com as do texto do Marco Referencial del Desarrollo Curricular (MERCOSUR, [2010?]). Além disso, boa parte das representações dos participantes, em especial dos docentes e gestores, são decorrentes do desconhecimento prévio da cultura escolar do país vizinho, e, após vivenciar o PEIF, tais representações se apresentam sobre a resistência da aceitação das diferentes formas de trabalho no fazer pedagógico. Também se destacam as dúvidas quanto à proposta de trabalho do PEIF, em especial quanto aos projetos de aprendizagem e sobre o que deve ser ensinado no cruze. Essas incertezas resultam na descrença do sucesso na implementação do Programa. / El Programa Escuelas Interculturales de Frontera (PEIF) ha nacido de la política lingüística del gobierno brasileño extendido a los países vecinos como forma de consolidar la integración del MERCOSUR, previendo las zonas de frontera como espacio de una cultura pasible de intercambio, cooperación e integración constantes, estrechando, de esa manera, los lazos con los países vecinos. Esa idea ha llegado a las escuelas y a los salones de clase de los primeros años de Primaria del Chuí/Chuy, en 2009, por el trabajo de intercambio docente, por el cual se pretende propiciar a los alumnos el aprendizaje de las lenguas de contacto de ese contexto geográfico, y de la cultura del otro, dentro de una propuesta de referencia lingüística docente - un maestro uruguayo y un maestro brasileño para cada clase involucrada en el PEIF. El intercambio docente, sin embargo, pasa por dificultades de implantación, las cuales se evidencian en el cambio de gestión del programa y en las representaciones de los participantes. Para captar esas cuestiones importantes relativas a la implementación de una política in vitro, este trabajo tiene como objetivo general discutir las representaciones de maestros, directores, padres y alumnos sobre la aplicación del Programa Escuelas Interculturales de Frontera y si ellas pueden interferir en la implementación del Programa. Para tanto, esta investigación tiene como referencial teórico las representaciones sociales (MOSCOVICI, 1978; 2003), las representaciones y la acción del lenguaje (BRONCKART, 1999, 2006), política lingüística (CALVET, 2007) e identidades culturales (HALL, 2005). La investigación es de naturaleza cualitativa y de carácter etnográfico, teniendo como instrumentos de recolección de datos la entrevista semiestructurada, el diario de notas y el análisis documental de los documentos oficiales que reglan el PEIF. La metodología de esta investigación se basa en la interpretación del accionar comunicacional (BULEA, 2010), y el análisis de los datos en Segmentos de Tratamiento Temático evidenciados en declaraciones relevantes de las entrevistas semiestruturadas a docentes, gestores, padres y alumnos de las escuelas involucradas en esta investigación. Los Segmentos de Tratamiento Temático fueron detectados y agrupados por contenidos temáticos (BRONCKART, 2006; BULEA, 2010). Además de las entrevistas, la investigación ha buscado la triangulación de datos con el Marco Referencial del Desarrollo Curricular (MERCOSUR, [2010?]), el Decreto n. º 798 (BRASIL, 2012), que tratan del Programa citado y con el diario de notas de la investigadora. Los resultados muestran que muchas de las expectativas de la comunidad escolar no condicen con las reales intenciones del PEIF como política lingüística in vitro. En especial, las representaciones de los padres coliden con las del texto del Marco Referencial del Desarrollo Curricular (MERCOSUR, [2010?]). Además, buena parte de las representaciones de los participantes, en especial de los docentes y gestores, son decurrentes del desconocimiento previo de la cultura escolar del país vecino, y tras la vivencia con el PEIF, tales representaciones se presentan sobre la resistencia con la aceptación de las diferentes formas de trabajo en el labor pedagógico. También se destacan las dudas cuanto a la propuesta de trabajo con el PEIF, en especial cuanto a los proyectos de aprendizaje incluso sobre lo que se debe enseñar en el cruce. Esa incertidumbre resulta en la falta de creencia del éxito en la implementación del Programa.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/4655 |
Date | 15 March 2013 |
Creators | Cañete, Greici Lenir Reginatto |
Contributors | http://lattes.cnpq.br/4951080302973564, Kersch, Dorotea Frank |
Publisher | Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, Unisinos, Brasil, Escola da Indústria Criativa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNISINOS, instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos, instacron:UNISINOS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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