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Causalidade e inferência em David Hume e Charles Sanders Peirce

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Previous issue date: 2015-03-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This paper aims to achieve a study of the conceptions of causality in David Hume, a Scottish empiricist philosopher of the 18th century and in Charles Sanders Peirce, an American pragmatist philosopher of the 19th century. In order to discuss these conceptions, a historical-critical approach was chosen. We believe this approach should enable the reader a clearer perception of what is at stake, namely, the passage of a deterministic vision for an indeterministic worldview. Hence we will take a route we intend to present the modern scientific thinking from its genesis to mid 20th century. As Michel Paty tells us in his article entitled The genesis of physical causality2, (published in the journal Studia Scientiae): the notions or categories of causality and determinism have accompanied the formation of modern sciences, foremost, the Physical Science one . At the time of Galileo, Descartes and Newton, physics was called Natural Philosophy and comprised a search laws of Nature expressed through regularities and causal relations. Although the notion or idea of causality were always present in Western Thought since Greek times it could be mainly found merged with metaphysical conceptions. Aristotle, for example, in his work entitled Metaphysics, lists four causes, namely, material cause, formal cause, efficient cause and final or teleological cause. According to Paty, it was due to d Alembert s Traité de dynamique more than Newton s Principia the idea of a physical causality subsumed to a mathematical functional relation (differential temporal causality), in the sense of efficient cause, that took shape. It was this conception, excluding other causes, says Paty, that prevailed in Modern Science, from the 18th century, Hume s time. The success achieved by Newtonian synthesis, expressed in its analytical form by d Alembert, led to the belief in determinism, expressed in Laplace s saying. With the advent of the theory of evolution by natural selection in the biological sciences of the 19th century, many thinkers considered that living being built up as something irreducible, which could not be explained solely in terms of efficient cause, therefore it would be necessary to resort to some kind of life force or vital breath inflated by an intelligent intention and only by him. Hence the need to resort to the final or teleological causes. Peirce was one of these thinkers, as we will have the opportunity to see along the exposition of his philosophy. We take as theoretical basis of our research the following works:
2 PATY, Michel. The genesis of physical causality . In Scientiae Studia, São Paulo, vol. 2, n. 1, 2004, p. 9. Available in www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662004000100002&script.
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A Treatise of Human Nature, Enquiries Concerning Human Understanding and the Principles of Moral and An Abstract of a Treatise of Human Nature by David Hume, besides the works of two commentators, namely, The Hume s Skepticism by Plínio Junqueira Smith and Hume and the Epistemology by João Paulo Monteiro. In the same way, Regarding Peirce s works, we have taken the following works: The Essential Peirce, vol. 1; The Essential Peirce, vol. 2; Illustrations of the Logic of Science; Semiotics; Semiotics and Philosophy and the works by three commentators, namely, Kósmos Noetós by Ivo Assad Ibri; The Induction from Aristotle to Peirce, by Maria de Lourdes Bacha; Charles S. Peirce s Evolutionary Philosophy by Carl Hausman / O presente trabalho tem por objetivo realizar um estudo das concepções de causalidade em David Hume, filósofo empirista escocês do século XVIII, e em Charles Sanders Peirce, filósofo pragmatista americano do século XIX. Abordaremos estas concepções através de um enfoque de caráter histórico-crítico. Acreditamos que esta abordagem deva possibilitar ao leitor uma percepção mais clara do que está em jogo, a saber, a passagem de uma visão determinista para uma visão indeterminista do mundo. Para tanto, faremos um percurso no qual pretendemos apresentar o pensamento científico moderno, desde sua gênese até meados do século vinte. Como nos diz Michel Paty em um artigo publicado na Revista Scientiae Studia intitulado A gênese da causalidade física1, as noções ou categorias de causalidade e determinismo acompanharam a formação das ciências modernas e, em primeiro lugar, da física . Na época de Galileu, Descartes e Newton a física era denominada filosofia natural e compreendia uma busca de leis da Natureza expressa através de regularidades e relações causais. Embora a concepção ou ideia de causalidade sempre estivesse presente no pensamento ocidental desde a Antiguidade grega, ela encontrava-se mesclada com concepções metafísicas. Aristóteles, por exemplo, em sua Metafísica, relaciona quatro causas, a saber, causa material, causa formal, causa eficiente e causa final ou teleológica. Segundo Paty, foi com d Alembert, no seu Traité de dynamique, mais do que com os Principia de Newton, que a ideia de uma causalidade física subsumida a uma relação matemática funcional (causalidade temporal diferencial), no sentido de causa eficiente, ganhou forma. Foi esta concepção, excluindo outras causas, diz-nos Paty, que prevaleceu na Ciência Moderna, a partir do século XVIII, época de Hume. O sucesso alcançado pela síntese newtoniana, expressa em sua forma analítica por d Alembert, levou à crença no determinismo expresso no célebre dito de Laplace. Com o advento da teoria da evolução por seleção natural, nas ciências biológicas do século XIX, muitos pensadores consideraram que o ser vivo constituía-se como algo irredutível, que não poderia ser explicado somente em termos de causas eficientes e, portanto, seria necessário recorrer-se a uma espécie de força vital ou sopro vital insuflado por um propósito inteligente, e apenas por ele. Donde a necessidade de recorrer-se à causa final ou teleológica. Peirce foi um desses pensadores, como teremos a oportunidade de ver na
1 PATY, Michel. A gênese da causalidade física . In Scientiae Studia, São Paulo, vol. 2, n. 1, 2004, pp. 9-32, p. 9. Disponível em www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662004000100002&script.
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exposição de sua filosofia. Tomamos como fontes básicas de nossa pesquisa as obras: Tratado da Natureza Humana, Investigações sobre o entendimento humano e os princípios da moral e Sumário do Tratado da Natureza Humana de David Hume, além das obras de dois comentadores de Hume, a saber, O ceticismo de Hume, de Plínio Junqueira Smith e Hume e a Epistemologia de João Paulo Monteiro. Com relação a Peirce tomamos as seguintes obras: The Essential Peirce, vol. 1; The Essential Peirce, vol. 2; Ilustrações da Lógica da Ciência; Semiótica; Semiótica e Filosofia e as obras de três comentadores, a saber, Kósmos Noetós de Ivo Assad Ibri, A Indução de Aristóteles a Peirce de Maria de Lourdes Bacha e Charles S. Peirce s Evolutionary Philosophy de Carl Hausman

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/11680
Date30 March 2015
CreatorsMontenegro, Christian Emmanuel de Menezes
ContributorsIbri, Ivo Assad
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia, PUC-SP, BR, Filosofia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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