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Construindo a vida adulta

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-26T07:31:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
301787.pdf: 1879487 bytes, checksum: 8a628ce9eb2c27511112156b5a3aa45c (MD5) / Esta pesquisa delimitou-se à temática da vida adulta e à produção de sentidos a esse respeito por parte de sujeitos graduados. Pautada teoricamente na concepção sócio-histórica de sujeito, teve como objetivo principal compreender quais os sentidos atribuídos à vida adulta por pessoas com formação universitária. Como objetivos específicos, buscou identificar entre os sujeitos as concepções de vida adulta, suas trajetórias de vida e as práticas cotidianas consideradas próprias da vida adulta. Utilizando-se de uma abordagem qualitativa, foram entrevistados 6 sujeitos adultos, todos com formação universitária e idade entre 26 e 41 anos. Realizaram-se duas entrevistas com cada um deles, e entre a primeira e a segunda foi solicitado que produzissem imagens fotográficas sobre a temática da vida adulta, as quais foram interpretadas pelos próprios sujeitos por ocasião da segunda entrevista. A análise dos dados deu-se a partir dos núcleos de significação, propostos por Aguiar e Ozella (2006) e definidos com base nos objetivos da pesquisa e nas temáticas emergentes nos discursos dos sujeitos. Foram identificados três núcleos de significação: (a) os sujeitos da pesquisa: a trajetória de vida em ciclos e momentos marcantes do reconhecimento da vida adulta; (b) sentidos de vida adulta: independência, responsabilidades e trabalho e (c) sentidos de vida adulta: autonomia emocional, família e a ética do cuidado. Os resultados apontaram para a noção de ciclos de vida, onde os sujeitos seguem uma trajetória singular e não linear em direção à vida adulta, porém com momentos marcantes que se repetem nas várias histórias - como a formatura, o primeiro emprego, o casamento - e que pontuam um maior reconhecimento de si mesmo como adultos. Da mesma forma, algumas práticas se mostraram relacionadas à vida adulta, como responsabilizar-se por tarefas cotidianas e buscar o auto-sustento através do trabalho. Este último surge como tema central na vida adulta e imprescindível à independência financeira, sendo retratado por todos os sujeitos como um dos sentidos a ela atribuídos. Quanto à autonomia em relação à família de origem, sair da casa dos pais é expresso como um objetivo, porém não uma condição para a adultez. A família também se expressa como um dos sentidos de vida adulta, bem como o casamento e os filhos - porém aparentemente estes dois aspectos não chegam a ser considerados pré-requisitos para a condição de adulto. Por fim, a ética do cuidado revela-se como mais um sentido atribuído à adultez, traduzindo-se pela preocupação com os mais velhos e os mais novos, em especial os filhos bem como os pais na velhice. / This research focused on the issue of adult life and the production of meanings about this subject by graduates. Based on socio-historical theory, aimed to understand the meanings attributed to adult life by university undergraduates. The principal aims were to identify among the participants, the conceptions of adulthood, their life trajectories and everyday practices considered typical of adulthood. Using qualitative method, six adult participants were interviewed, all university undergraduates and aged between 26 and 41 years. There were two interviews with each participant, and between the first and the second they were asked to produce images about adult life. The participants interpreted the images at the second interview. Data analysis was performed using the core meaning method proposed by Aguiar and Ozella (2006). Therefore the interview was categorized based on the research aims and the content present in the discourse of the subjects. Three clusters of meaning were identified: (a) participants: life journey in cycles and the moments of recognition of adult life, (b) adult life purposes: independence, responsibilities, work and (c) adult life purposes: emotional autonomy, family and the ethics of care. Research results suggests that the life cycles notion, where subjects follow a non-linear trajectory toward adulthood, with important moments that are repeated in several stories - such as graduation, first job, marriage - and who highly categorized themselves as adults. Likewise, some attitudes have proven to be related to adult life, like financial independence and be responsible for everyday hassles. As for autonomy from family, leaving the parental home is expressed as a goal, but not a condition to adulthood. Work, on the other hand, emerges as a central issue in adult life and essential to financial independence, being portrayed by all subjects as one of the meanings assigned to it. Family is also one of the meanings of adulthood, as well as marriage and children - but apparently, these two aspects do not come to be considered prerequisites for adulthood. Finally, the ethic of care reveals itself as one more meaning attributed to adulthood, leading to concern for the older and younger, especially the children, and elderly parents.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/95960
Date January 2011
CreatorsBoeing, Luciana Guimarães
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Soares, Dulce Helena Penna
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format167 p.| il., quadros
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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