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Quando três tempos se encontram: sentidos e ressignificações de jovens vivendo com HIV/Aids

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Previous issue date: 2012-09-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The last Epidemiological Reports of AIDS, published by the Ministry of Health, revealed
that, there is an increasing trend of this disease among youths. Correspondingly, studies
indicate the existence of a social syndrome, or social epidemic, carried by prejudice and
discrimination surrounding the disease. This fact generates negative psycho-emotional
effects on people living who have been living with HIV/AIDS, especially the youths. Thus,
this study is justified by the need of listening to the voice of the young people who have
been living with HIV/AIDS, discussing the meanings related to the experiences with
HIV/AIDS and associated issues, such as vulnerabilities, fears, managing and future
perspective. The theoretical and methodological approach are guided by the Social
Constructionism, which aims at comprehending the actions, social practices and systems of
meanings in which people make sense of the world. This study objectified to investigate the
meanings produced by young people who have been living with HIV/AIDS, on the
experiences with HIV/AIDS, vulnerability to HIV/AIDS in youths, prejudice with people
living with HIV/AIDS and the impact of positive diagnosis in their perspective the future. It
was used a non-probability sampling, in which was selected a group of ten young
participants who have been living with HIV/AIDS. The research was carried out through
semi structured interviews consisting of four components: data identification,
contextualization of way of living, issues related to vulnerability to HIV/AIDS and
prejudice felt and issues related to living, interact with others and perspective of the future.
The analysis occurred in three distinct stages: 1. Initial reading of transcripts, 2. Mapping
the contents of the interviews and 3. Analysis of meanings revealed on the maps, starting
three times: long, lived and short. As a result, it was observed 1- in a long time, emerged
meanings related to the idea that there are still groups at risk, that HIV/AIDS was forgotten
after the initial decreased of mortality and the fact of obtaining the positive diagnosis of
HIV/AIDS is painful for remembering the deaths associated to AIDS in the past 2 in a
lived time emerged meanings related to the realization that the programmatic and social
vulnerabilities influenced in the individual vulnerability, due to the lack of empowerment
on young people, the feminization HIV/AIDS is a consequence of the meanings associated
to romantic love and gender inequality in the marital relationship and that socially
constructed prejudice in the early years of the epidemic still materialize in the form of
discrimination and stigmatization, and 3 in a short time the meanings associated to the
perception that the fear of prejudice impacts on the everyday actions of young people, that
it is necessary to structure managing strategies, often through the omission of diagnosis and
even living with HIV/AIDS the participants comprehend the future as a construction
process in which it is possible to have hope. In this context, it is concluded that strategies to
limit the impact of the epidemic should have, at the same time, social and structural actions,
which will depend on the actions of governments, organized social movements of Health
and Human Rights, in addition to the development of the prevention programs, providing
effective actions to combat socially constructed prejudices about the theme HIV / AIDS. / Os resultados dos últimos Boletins Epidemiológicos da Aids, divulgados pelo Ministério da
Saúde, mostram que há tendência de crescimento de casos da doença entre os jovens. De
igual modo, estudos apontam a existência de uma síndrome social, ou epidemia social,
carregada de preconceito e discriminação que cerca a doença e que gera efeitos
psicoemocionais negativos nas pessoas que vivem com HIV/Aids, em especial nos jovens.
Sendo assim, o estudo se justifica pela necessidade de, a partir da voz de jovens vivendo
com HIV/Aids, discutir sentidos relacionados às vivências com HIV/Aids e temáticas
correlacionadas, como vulnerabilidades, medos, enfrentamentos e perspectivas de futuro. O
embasamento teórico metodológico se dá sob a perspectiva do Construcionismo Social, que
busca compreender as ações, as práticas sociais e os sistemas de significações pelos quais
as pessoas dão sentido ao mundo. O objetivo deste estudo foi investigar sentidos
produzidos por jovens vivendo com HIV/Aids acerca das vivências com HIV/Aids, da
vulnerabilidade ao HIV/Aids em jovens, do preconceito às pessoas que vivem com
HIV/Aids e do impacto das vivências com HIV/Aids nas perspectivas de futuro. Utilizou-se
de amostragem não probabilística, em que foi selecionado um grupo de 10 participantes
jovens vivendo com HIV/Aids. A investigação ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas
constituídas de quatro eixos: dados de identificação, contextualização do modo
de vida, questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV/Aids e ao preconceito sentido e
questões relativas ao viver, interagir-se com outros e perspectiva de futuro. A análise
ocorreu em três etapas distintas: 1. Leitura flutuante das transcrições; 2. Elaboração de
mapas com o conteúdo integral das entrevistas e; 3. Análise dos sentidos visualizados nos
mapas a partir de três tempos: longo, vivido e curto. Como resultados, observou-se 1 que
no tempo longo surgem sentidos relacionados à ideia de que ainda existem grupos de risco,
de que o HIV/Aids foi esquecido após a diminuição da mortalidade inicial e que obter o
diagnóstico de positividade ao HIV/Aids é angustiante por lembrar as mortes ocorridas em
decorrência da Aids no passado; 2 que no tempo vivido surgem sentidos relacionados à
percepção de que as vulnerabilidades programática e social influenciaram na
vulnerabilidade individual, dada a ausência de empoderamento por parte dos jovens, que a
feminização do HIV/Aids é decorrente dos sentidos atrelados ao amor romântico e à
desigualdade de gênero na relação marital e que o preconceito construído socialmente nos
anos iniciais da epidemia ainda hoje se materializam em forma de discriminação e
estigmatização e; 3 que no tempo curto surgem sentidos relacionados à percepção de que
o medo ao preconceito impacta nas ações cotidianas dos jovens, que é preciso estruturar
estratégias de enfrentamento, muitas vezes por meio da omissão do diagnóstico e que
mesmo vivendo com HIV/Aids os participantes compreendem o futuro como um processo
em construção, sendo possível ter esperanças. Nesse contexto, conclui-se que as estratégias
para limitar o impacto da epidemia deverão ter, ao mesmo tempo, alcance social e
estrutural, dependerão da ação de governos, movimentos sociais organizados e de
organismos de Direitos Humanos e de Saúde e que deverão, além de desenvolver
programas de prevenção, apresentar ações eficazes no combate ao preconceito construído
socialmente ao redor do tema HIV/Aids.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6897
Date14 September 2012
CreatorsAnjos, Degmar Francisco dos
ContributorsSaldanha, Ana Alayde Werba
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UFPB, BR, Psicologia Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7304211197885395406, 600, 600, 600, 600, -4612537233970255485, 3411867255817377423, 3590462550136975366

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