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Respostas fisiológicas e eletrencefalográficas ao exercício físico agudo e máximo em indivíduos com epilepsia / Physiological and electroencefalography responses in acute and maximal exercise of subjects with epilepsy

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Previous issue date: 2010-04-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Introdução: A epilepsia é o distúrbio neurológico crônico mais comum no mundo. Além do tratamento medicamentoso e cirúrgico, tratamentos complementares têm sido estudados, como a prática regular de exercício físico. Apesar de importantes avanços no entendimento dos efeitos do exercício físico em modelos experimentais de epilepsia, pouco ainda se sabe sobre as respostas fisiológicas ao exercício em humanos, provavelmente pelas limitações práticas encontradas na realização de pesquisas em pessoas com epilepsia. Considerando que pessoas com epilepsia, na sua grande maioria, são sedentárias, o condicionamento cardiorrespiratório dessas pessoas pode estar prejudicado quando comparado com pares saudáveis, da mesma idade, sexo e status de treinamento. Adicionalmente, a avaliação das respostas eletrencefalográficas durante o esforço físico intenso em pessoas com epilepsia tem sido pouco explorada. A análise do comportamento das variáveis fisiológicas e eletrencefalográficas em repouso, durante a realização do teste de exercício cardiorrespiratório (TECR) e na recuperação após o teste pode revelar particularidades nestas pessoas, como já ocorreu em outros distúrbios, e tal constatação pode ser de grande utilidade para processos terapêuticos que utilizem o exercício físico. Objetivo: Avaliar as respostas fisiológicas e eletrencefalográficas, no estado de repouso, durante a realização do TECR e na recuperação após o TECR de pessoas com epilepsia, comparando-as com as de pessoas saudáveis. Casuística e Métodos: Foram avaliadas 40 pessoas de ambos os sexos pareadas pelo gênero, massa corporal, idade e status de treinamento, das quais 20 pertenceram ao grupo epilepsia (GE) e 20 ao grupo controle (GC). As seguintes avaliações e medidas foram conduzidas: nível de atividade física habitual, qualidade de vida, TECR, eletroencefalograma (EEG) e variabilidade da frequência cardíaca. Resultados: O nível de atividade física habitual realizada no lazer foi 14,4% maior no GC quando comparado ao GE. Na avaliação da qualidade de vida, foram encontrados valores significativamentes menores no GE no bem estar emocional (18%), na função cognitiva (31,5%) e no estado global de saúde (27%) quando comparado ao GC. Com respeito às respostas fisiológicas obtidas a partir do TECR apenas os valores de V . O2pico (16,2%), V . O2 do limiar anaeróbio (18,5%) e V . O2 do ponto de compensação respiratória (16%), foram significativamente inferiores no GE em comparação ao GC. Estes achados podem estar relacionados com o menor nível de atividade física realizada no lazer pelo GE. Embora a diferença não tenha sido estatisticamente significante, a análise do EEG mostrou que o número de descargas epileptiformes do GE diminuiu do estado repouso para o esforço físico (82%) e do repouso para a recuperação (74%). Além do mais, após a interrupção do TECR o número de descargas epileptiformes voltou a aumentar em aproximadamente 30%. Os índices que avaliam a variabilidade da frequência cardíaca, tanto no domínio do tempo quanto no da frequência, não se mostraram alterados entre os grupos no estado de repouso, na realização do TECR e recuperação após o teste. Conclusões: Pessoas com epilepsia apresentam menor aptidão aeróbia com relação à população geral. Tal fato parece estar associado com hábitos sedentários. Por outro lado, a prática de exercícios intensos parece ter um efeito benéfico para pessoas com epilepsia, caracterizado por uma redução das descargas epileptiformes nas fases de exercício e de recuperação, comparado com a condição de repouso. Concluindo, nossos achados demonstram que não há peculiaridades nas respostas fisiológicas durante o exercício incremental que requeiram um diferencial de cuidados na avaliação da aptidão física aeróbia destas pessoas. / Introduction: Epilepsy is the most common chronic neurological disorder in the world. In addition to drug treatment and surgery, complementary treatments have been studied, such as physical exercise. Despite important advances in understanding the effects of an exercise program in experimental models of epilepsy, little is known about these effects in humans, probably by the practical limitations encountered in conducting research in people with epilepsy. Whereas people with epilepsy are mostly sedentary, cardiorespiratory fitness of these people may be impaired when compared to healthy pairs of the same age, gender and status of training. Additionally, the evaluation of electroencephalographic responses by electroencephalogram (EEG) during intense physical effort in persons with epilepsy has been little explored. The analysis of behavior of physiological variables and EEG at rest, during cardiopulmonary exercise test (CPET) and in the recovery period may reveal peculiarities in people with epilepsy that may be useful in therapeutic procedures. Objetives: To evaluate the physiological responses and EEG in the resting state, during the CPET and in the recovery after CPET of people with epilepsy, comparing them with those of healthy people. Casuistic e Methods: We evaluated 40 persons of both sexes matched by gender, body mass, age and status of training, of which 20 composed the epilepsy group (EG) and 20 the control group (CG). The following assessments and measurements were conducted: level of habitual physical activity, quality of life, CPET, EEG and heart rate variability. Results: The level of physical activity performed during leisure time was 14.4% higher in CG compared to EG. In the evaluation of quality of life, were found values significantly lowers in the EG for the emotional well-being (18%), cognitive function (31.5%) and global health status (27%) compared to CG. With respect to physiological responses obtained from CPET only the values of V . O2peak (16.2%), V . O2 anaerobic threshold (18.5%) and V . O2 from the point of respiratory compensation (16%) were significantly lowers in EG compared to the CG. These findings may be related to lower levels of physical activity performed during leisure time at the EG. Although the EEG findings were not statistically significant, it was observed a reduced number of epileptiform discharges in the EG from resting state to physical effort (82%) and from resting state to the recovery period (74%). Moreover, after discontinuation of CPET the number of epileptiform discharges increased again by approximately 30%. The indexes which measure the heart rate variability, in the time and frequency domains, were not different between the groups in the resting state, during CPET and recovery after the test. Conclusions: People with epilepsy present lower aerobic fitness than the general population. This fact seems to be associated with sedentary habits. Moreover, the practice of vigorous exercise seems to have a beneficial effect for people with epilepsy, characterized by a reduction in epileptiform discharges in the phases of exercise and recovery compared with the resting condition. It seems that there are no peculiarities in the physiological responses during incremental exercise that required a differential care in assessing the aerobic fitness of these people. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/10056
Date28 April 2010
CreatorsVancini, Rodrigo Luiz [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Silva, Antonio Carlos da [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format131 p.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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