[pt] Este trabalho procura refletir sobre o crescimento e a consolidação do
grafite no Rio de Janeiro. Uma das expressões da cultura hip-hop, o grafite surgiu
nos Estados Unidos, na década de 1970. No início eram apenas assinaturas, que
depois evoluíram para desenhos elaborados. São Paulo foi a primeira cidade
brasileira onde este tipo de escrita urbana se desenvolveu nos anos 1980 e 1990.
Mas no Rio, a atividade de pintar muros chegou mais tarde e somente se firmou
nos anos 2000. O grafite começou a ser feito por grupos da Zona Norte, do
subúrbio e do município de São Gonçalo. Porém, quando jovens da Zona Sul –
alguns estudantes de design – levaram o grafite para os muros da área nobre da
cidade houve uma mudança de conceito: o que era considerado marginal passou a
ser visto como uma arte urbana legítima e moderna. O Rio repetiu um pouco a
experiência ocorrida em Nova York, nos anos 1970, quando jovens artistas do
circuito underground passaram a pintar prédios do SoHo e paredes do metrô. Com
isso, o grafite adquiriu status e chegou às galerias de arte. Hoje, este tipo de
intervenção urbana não só é aceita pela população carioca que antes a rejeitava
como foi totalmente incorporada pelo mercado. Alguns discursos sobre a cultura
que tomou conta das ruas do Rio – como os da imprensa, da publicidade e de
grafiteiros – foram a base para a análise e reflexão deste trabalho. / [en] This work is a reflection on the rise and consolidation of graffiti in Rio de
Janeiro. One of the expressions of hip hop culture, graffiti was born in the United
States in the 1970s. At first, it comprised only signatures, which later evolved into
elaborate drawings. São Paulo was the first Brazilian town to see the development
of this sort of urban writing, around the 1980s and 1990s. The activity of painting
walls came later to Rio and only became established in the 2000s. Graffiti in Rio
began at the hands of groups from the North Zone, the suburbs and the town of
São Gonçalo. Then, however, groups from the South Zone youth – some of them
design students – took graffiti to the walls of the city’s noble areas, allowing a
conceptual change: what was first considered unlawful became legitimate modern
urban art. In truth, Rio was witness to a replication of the 1970s New York
experience, when underground young artists such as Keith Haring and Jean-
Michel Basquiat started painting Soho buildings and subway walls. Thus graffiti
gained status and moved into art galleries. Nowadays, this kind of urban
intervention has been accepted by the population of Rio, who used to reject it in
the past. Not only that, it has also been completely incorporated by the market.
Some of the discourses about this culture that has taken over the streets of Rio –
such as from the press, advertising and graffiti artists themselves – have been the
base for the reflection and analysis presented in this work.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:21038 |
Date | 24 January 2013 |
Creators | ADRIANA MEDEIROS FERREIRA DA SILVA |
Contributors | MIGUEL SERPA PEREIRA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.002 seconds