Orientador: Pedro Paulo de Abreu Funari / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-17T13:18:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Desde a Renascença Inglesa no séc. XVI, a história da Bretanha Romana (ou Britânia) e as imagens de alguns de seus mais proeminentes protagonistas, tais como a rainha Boudica ou o príncipe Carataco, servem como fontes recorrentes e fluídas para a construção de identidades nacionais britânicas. Estes líderes romano-bretões, de acordo com o clima político-social no qual suas imagens ressurgem, podem ser considerados tanto como selvagens empedernidos que recusaram os modos civilizados quanto como heróis e heroínas da resistência contra o invasor romano. Do séc. XVI até meados do séc. XX, discursos de respeitabilidade, estabilidade e de tradições herdadas foram geralmente criados para ajudar a transpor os desafios e a ansiedade trazidos pelo fluxo e refluxo do que seria conhecido como, primeiro, o Império Inglês e, mais tarde, Britânico. No início da Idade Moderna, antiquários, cartógrafos, dramaturgos, pintores, e, depois, acadêmicos vitorianos e eduardianos reconstruíram de forma continuada as imagens dos bretões e de suas figuras icônicas ao reinterpretarem a cultura material existente e os textos clássicos relacionados com a Bretanha Romana. Neste processo, interpretações acríticas das relações de gênero e dos protocolos sexuais do passado foram misturadas às ideologias do masculino e do feminino do presente por artistas, acadêmicos e políticos, mutatis mutandis. Os discursos resultantes foram muitas vezes usados para fazer comparações entre o Império Romano e o Britânico - quase sempre ressaltando suas benesses - e para inventar definições normativas para os papeis de gênero e para as sexualidades humanas do presente. Historiadores e arqueólogos que estudam a Bretanha Romana têm contribuído ora para insinuar um imperialismo positivo e paralelismos entre o passado e o presente, ora para desconstruir tais discursos, sendo os últimos da geração pós-colonialista, grosso modo. Ao fazer uso da historiografia, literatura, das artes visuais e análises da cultura material, almejo pesquisar a dinâmica que existe entre as aspirações imperial-nacionalistas discursivas e as construções das ideologias do masculino e do feminino - identidades sexuais e de gênero inclusas - no contexto dos estudos sobre a Bretanha Romana, desde o séc. XVI / Abstract: Since the English Renaissance in the sixteenth-century, the history of Roman Britain and the images of some of its most prominent protagonists, such as queen Boudica and prince Caratacus, have served as recurrent and ever-changing sources for the construction of British national identities. These Romano-British tribal leaders have been considered either as savages who refused civilized manners or as heroes of the resistance against the Roman invader, depending on the vagaries of the socio-political context in which their images re-emerge. From the sixteenth to the middle of the twentieth-century, discourses of respectability, stability and of inherited traditions were often created to help to overcome the challenges and the anxiety brought about by the ebbs and flows of what was to be known, first, as the English, and later, as the British Empire. Early Modern antiquarians, cartographers, playwrights, painters, and, also, Victorian and Edwardian academicians, continuously reconstructed the images of the Britons and their iconic figures by reinterpreting the classical texts and the extant material culture related to Roman Britain. In this process, uncritical interpretations of gender relations and sexual protocols of the past got mixed with modern ideologies of the masculine and the feminine by artists, intellectuals and politicians alike. The resultant discourses were frequently used to make comparisons between the Roman Empire and the British - often as not highlighting their benefits - and to invent normative definitions for the gender roles and human sexualities of the present. Roman Britain historians and archaeologists have contributed both to insinuate positive imperialism and parallels between the past and the present as well as to deconstruct such discourses, the latter being done mostly by the post-colonial generation. Using historiography, literature, artistic visual manifestations and the analysis of material culture as documents, I aim to research the dynamics that exist between imperial-nationalistic discoursive aspirations and the constructions of masculine and feminine ideologies - gender and sexual identities included - in the context of the studies about Roman Britain, from the sixteenth-century until today / Doutorado / Historia Cultural / Doutor em História
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/280841 |
Date | 17 August 2018 |
Creators | Pinto, Renato |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Funari, Pedro Paulo Abreu, 1959-, Funari, Pedro Paulo de Abreu, Cavicchioli, Marina Regis, Funari, Raquel dos Santos, Garraffoni, Renata Senna, Soares, Carmen Lúcia |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 259 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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