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A interação fictiva e a dêixis: a emergência da fictividade em sala de aula

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Previous issue date: 2018-06-08 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem o objetivo de analisar e discutir a emergência da
fictividade em suas diversas facetas, e a sua relevância para o contexto da sala
de aula. Como quadro teórico, adotamos as premissas da Linguística Cognitiva
(TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997;
FAUCONNIER; TURNER, 2002), e mais especificamente, a proposta de
Pascual (2002, 2014, 2016) sobre a Interação Fictiva em suas diversas formas.
Adotamos também como parte do aporte teórico as investigações sobre
Intersubjetividade (TRAUGOT & DASHER, 2005) e Subjetividade (TRAUGOT &
DASHER, 2005, LANGACKER, 1990) aliados à análise das Dêixis genéricas
(MARMARIDOU,2000). Acerca da abordagem metodológica, analisamos um
corpus oral transcrito de uma aula de atendimento de um curso de Medicina, e
optamos pela mescla dos paradigmas corpus-based e corpus-driven, ou seja,
partimos de algumas hipóteses iniciais, porém permitimos que as ocorrências
do corpus ditassem os questionamentos do trabalho. Dessa maneira, nos foi
possível explorar ao máximo as mais distintas instâncias do fenômeno
presentes no corpus que, por sua vez, se tornou o protagonista deste trabalho.
A análise subsequente de caráter qualitativo revelou a presença de quatro
padrões fictivos principais: o discurso direto fictivo, a pergunta fictiva, o padrão
pergunta-resposta e a dêixis fictiva(ou genérica). Cada um desses padrões era
constante em eventos de cunho explanativo, visto que toda vez que a docente
se propunha a explicar algo mais detalhadamente ela utilizava um tipo de
expressão fictiva, revelando assim, que o fenômeno teria um papel importante
na construção do discurso pedagógico. Dentre os achados mais emblemáticos
estão as dêixis fictivas/genéricas que se revelaram abundantes no contexto
analisado. Percebemos que a utilização destas exprimiam a intersubjetividade
vigente na fala da professsora que, lançava mão do recurso com o intuito de
chamar a atenção dos alunos para o que iria ser dito. As principais dêixis
fictivas foram os pronomes pessoais “eu”, “nós” e a locução pronominal “ a
gente”. Cada uma delas era empregada com o intuito de provocar o
engajamento dos alunos. Por exemplo, notamos que o pronome pessoal “eu”,
que era menos inclusivo, parecia ser mais intersubjetivo e estava mais
presente nas explicações do que a locução pronominal “ a gente”, que aparecia
principalmente diante das retomadas feitas pela professora. Percebemos
também que esses fenômenos fictivos eram instrumentos relevantes para o
desenvolvimento da aula, tendo em vista que as expressões fictivas eram
introduzidas durante as explicações sobre o atendimento, e também pela
atitude responsiva de alguns alunos. / The present study aims to analyze and discuss the emergence of fictivity in its
various facets, and its relevance to the context of the classroom. As a
theoretical framework, we adopted the premises of Cognitive Linguistics
(TALMY, 2000, LANGACKER, 1987, 1999, 2008, FAUCONNIER, 1997;
FAUCONNIER, TURNER, 2002), and more specifically Pascual's (2002, 2014,
2016) the Fictive Interaction in its various forms. We also used as part of the
theoretical contribution the investigations on Intersubjectivity (TRAUGOT &
DASHER, 2005) and Subjectivity (TRAUGOT & DASHER, 2005, LANGACKER,
1990) together with the analysis of generic Deixis (MARMARIDOU, 2000). On
the methodological approach, we analyzed a transcribed oral corpus from a
medical care class, and chose the merge of the corpus-based and corpusdriven
paradigms, that is, we start from some initial hypotheses, but we allow
the occurrences of the corpus dictated the questions of the work. In this way,
we were able to explore as much as possible the most distinct instances of the
phenomenon present in the corpus that, in turn, became the protagonist of this
work. The subsequent qualitative analysis revealed the presence of four main
fictional patterns: direct fictive speech, the fictive question, the question-answer
pattern, and the fictive (or generic) deixis. Each of these patterns was constant
in explanatory events, since whenever the teacher proposed to explain
something more in detail, she used a kind of fictive expression, thus revealing
that the phenomenon would play an important role in the construction of the
pedagogical discourse. Among the most emblematic findings are the fictive /
generic deixis that proved to be abundant in the analyzed context. We noticed
that the use of these expressed the intersubjectivity in the speech of the
teacher, who used the resource in order to draw the students' attention to what
was going to be said. The main fictive deitics were the personal pronouns "I",
"we" and the pronominal phrase "we". Each of them was used with the intention
of provoking student‟s engagement, but with different degrees of
intersubjectivity. For example, we noticed that the personal pronoun "I", that
was less inclusive, it was the most intersubjective and more present in the
explanations than the pronominal phrase "we", which appeared mainly in the
face of the retakes made by the teacher. We also noticed that these fictive
phenomena were relevant instruments for the development of the class, given
that the fictive expressions were introduced during the explanations about the
attendance, and also by the responsive attitude of some students.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/7116
Date08 June 2018
CreatorsMagalhães, Leila Cruz
ContributorsRocha, Luiz Fernando Matos, Ferrari, Lilian Vieira, Jacome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística, UFJF, Brasil, Faculdade de Letras
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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