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Previous issue date: 2017-01-10 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Utopia and dystopia go hand in hand, composing an interdisciplinary theoretical and artistic horizon that shares, first of all, the act of projecting a society, drawing it through imagination and fiction. Utopianism - from Plato, through Arcadia, to paradises on Earth and Cockaigne - creates positive images of tomorrow or idealizes a better place. The word utopia, associated with this positive projection (which uncovers human yearnings), was formalized by Thomas More in 1516 with the publication of the work Utopia. Since then, with the influence of Renaissance thought, utopia has come to mean "another idyllic place" (an island) and to represent a literary genre (or subgenre). In this way, a utopian tradition was formalized and we associated it with both artistic works and social projects and ways of thinking. Dystopia resignifies utopia by complementing it; The denial of the place (the "u" of utopia) becomes a negative description (the "dys" of dystopia), that is, the representation of a defective place, an environment of distortions. While utopianism and utopia come from a long tradition, dystopia is formalized only in the twentieth century (a historical moment marked by wars and social failures) and only in the literary sphere. Classical dystopias, created in the early decades of the twentieth century - with authors such as Zamyatin, Huxley, and Orwell - were responsible for stabilizing a negative imaginary through fiction. In view of this complex tradition, this thesis aims to study the specificities of dystopia as a genre (understood here as an artistic romanesque work that appropriates the imagery of nightmare), in view of its relations with the utopian tradition. Through an analytical perspective, anchored in a comparative perspective (thus always thinking about intertextual mechanisms), I propose a study of the contemporary Portuguese Novel - works published in the twenty-first century - whose plots, to some extent (and with different intensities), recover and reinterpret what we know as dystopias. To that end, ten works were selected ? Um homem: Klaus Klump (2003) and A m?quina de Joseph Walser (2004), by Gon?alo M. Tavares; O Dom (2007), by Jorge Reis-S?; Di?logos Para o Fim do Mundo (2010), by Joana B?rtholo; Por Este Mundo Acima (2011), by Patricia Reis; O Destino Tur?stico (2008) and A Instala??o do Medo (2012) by Rui Zink; Um Piano Para Cavalos Altos (2012), by Sandro William Junqueira; O ?ltimo Europeu - 2284 (2015), by Miguel Real; Os n?meros que Venceram os Nomes (2015), by Samuel Pimenta. As we shall see, fears (the key word for dystopias) incited by oppressive and totalitarian governments and the imminence (or presence) of apocalypses are the most expressive dystopian categories in the portuguese novel under study, to which other images relate, thus, a poetics of dystopia. / Utopia e distopia andam lado a lado, compondo um horizonte te?rico e art?stico interdisciplinar que compartilha, em primeiro lugar, o ato de projetar uma sociedade, desenhando-a por meio da imagina??o e da fic??o. O utopismo ? desde Plat?o, passando pela Arc?dia, pelos para?sos terrestres e pela Cocanha ? cria imagens positivas do amanh? ou idealiza um outro lugar melhor. A palavra utopia, associando-se a esse projetar positivo (o qual desvenda os anseios humanos), foi formalizada por Thomas More, em 1516, com a publica??o da obra Utopia. Desde ent?o, com a influ?ncia do pensamento renascentista, utopia passou a significar ?outro lugar id?lico? (uma ilha) e a representar um g?nero liter?rio (ou subg?nero). Dessa forma, uma tradi??o ut?pica formalizou-se e a ela associamos tanto obras art?sticas quanto projetos sociais e modos de pensar. A distopia ressignifica a utopia, complementando-a; a nega??o do lugar (o ?u? de utopia) transforma-se em descri??o negativa (o ?dis? de distopia), ou seja, a representa??o de um lugar defeituoso, um ambiente de distor??es. Enquanto utopismo e utopia v?m de uma longa tradi??o, a distopia formaliza-se apenas no s?culo XX (momento hist?rico marcado por guerras e fracassos sociais) e apenas em ?mbito liter?rio. As distopias cl?ssicas, criadas nas primeiras d?cadas do s?culo XX ? com autores como Zamyatin, Huxley e Orwell ?, foram respons?veis por estabilizar um imagin?rio negativo por meio da fic??o. Diante dessa complexa tradi??o, esta tese objetiva estudar as especificidades do g?nero distopia (compreendido, aqui, como um fazer art?stico romanesco que se apropria do imagin?rio do pesadelo), tendo em vista suas rela??es com a tradi??o ut?pica. Por meio de um olhar anal?tico, ancorado em uma perspectiva comparatista (portanto, sempre pensando os mecanismos intertextuais), proponho um estudo do romance portugu?s contempor?neo ? obras publicadas no s?culo XXI ? cujos enredos, em alguma medida (e com diferentes intensidades), dialogam, recuperam e reinterpretam o que conhecemos como distopias. Para tanto, dez obras foram selecionadas ? Um homem: Klaus Klump (2003) e A M?quina de Joseph Walser (2004), de Gon?alo M. Tavares; O Dom (2007), de Jorge Reis-S?; Di?logos Para o Fim do Mundo (2010), de Joana B?rtholo; Por Este Mundo Acima (2011), de Patr?cia Reis; O Destino Tur?stico (2008) e A Instala??o de Medo (2012) de Rui Zink; Um Piano Para Cavalos Altos (2012), de Sandro William Junqueira; O ?ltimo Europeu ? 2284 (2015), de Miguel Real; Os n?meros que Venceram os Nomes (2015), de Samuel Pimenta. Como veremos, os medos (palavra-chave para as distopias) incitados por governos opressores e totalit?rios e pela imin?ncia (ou presen?a) de apocalipses s?o as categoriais dist?picas mais expressivas no romance portugu?s em estudo, ?s quais outras imagens relacionam-se, definindo, assim, uma po?tica da distopia.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/7358 |
Date | 10 January 2017 |
Creators | Becker, Caroline Valada |
Contributors | Angelini, Paulo Ricardo Kralik |
Publisher | Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Letras, PUCRS, Brasil, Escola de Humanidades |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 8447345070736321569, 600, 600, 600, 600, 600, -6557531471218110192, -5409419262886498088, 2075167498588264571, -2555911436985713659 |
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