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A saúde bucal de privados de liberdade em penitenciárias do Estado da Paraíba

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Previous issue date: 2013-05-13 / The oral health of individuals deprived of liberty has been proven to be unsatisfactory due
to the negligence prior to prison, as well as to the limited dental care provided in the prison
environment. OBJECTIVE: To assess the oral health statuses of individuals deprived of
liberty in prisons in the state of Paraíba by analyzing dental caries experience, tooth loss,
use and need for prosthetic rehabilitation as well as use of dental services. METHODS:
This was a cross sectional study carried out in two prisons of the state of Paraíba in the
period between June and August 2012. The sample, selected for convenience, consisted of
192 subjects, being 127 males (66,5%). The data collection instrument was prepared as an
adaptation for the population under study of the form used in the 2010 Oral Health
National Survey (SB Brazil). Data were statistically analyzed by means of the Pearson’s
chi-square test, Fisher’s exact test, and Kruskal-Wallis test with comparisons. In order to
evaluate the association between categorical variables, a 5% significance level (p <0.05)
and 95% CI were adopted. RESULTS: In the female population analyzed, the mean tooth
loss was found to be 11 (36 teeth), which was the DMFT component showing the highest
mean. Significant association was verified tooth loss with satisfaction with oral health
(p=0,049), self-perception of needing use dental prosthesis (p=0,001), the hassle of
brushing teeth (p=0,005), difficulty speaking (p=0,002) and difficulty in performing dayto-day
activities
(p=0,025).
Regarding
the
use
and
need
for
prosthesis,
it
was
observed
that

29.2%

of prisoners wore any type of prosthesis, all considered unsuitable for use, and
78.5% of them were in need of prosthetic rehabilitation. As to the use of dental services,
only one of the prisoners said that had never visited a dentist in her lifetime. Of those who
underwent consultation, 71.9% had had the last dental appointment less than a year, being
half of the consultations held in prison, and dental extraction was the reason for the last
visit in 40.6% of the cases. With regard to the male population the value of DMFT was
19.72. About to its components, it was observed that the decay component had the highest
mean (11.06 ± 5.37), followed by the missing (7.20 ± 7.23) and filled (1.45 ± 2.45)
components respectively. Significant association verified between DMFT with value 22-32
and the oral health variables (p=0,002), difficulty speaking (p=0,024), ashamed to speak
(p=0,004) and smile (p=0,001). Only two prisoners affirmed that had never visited a
dentist in their lifetimes. Of those who underwent dental consultation, 80% had had their
last appointment less than a year, being the majority of visits held in prison (80%), and
restorative treatment (32%), followed by odontogenic pain (26.4%) and extraction (17.6%)
were the major reasons for such appointments. CONCLUSION: The oral health status of
the population studied was found to be precarious, with high number of missing teeth and
untreated caries, although most of these individuals had used dental services. The results
allowed concluding that dental care for this population was insufficient, thus requiring
attention focused on health promotion and problem-solving, in order to improve these
individuals’ oral health and consequently quality of life and health. / A saúde bucal de indivíduos em privação de liberdade tem se apresentado de forma
precária, como resultado da negligência com a saúde bucal, anteriormente a prisão, bem
como pelos escassos serviços odontológicos prestados, quando no ambiente prisional.
OBJETIVO: Avaliar a condição bucal de privados de liberdade, em penitenciárias do
Estado da Paraíba, analisando a experiência de cárie dentária, perda dentária, o uso e a
necessidade de reabilitação protética, bem como a utilização de serviços odontológicos.
MÉTODO: Tratou-se de um estudo transversal, realizado em duas penitenciárias do
Estado da Paraíba, no período de junho a agosto de 2012. A amostra, selecionada por
conveniência, foi composta por 192 indivíduos, sendo 127 do sexo masculino (66,1%). O
instrumento de coleta de dados foi elaborado a partir de uma adaptação, para a população
em estudo, do formulário utilizado na Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) de
2010. Foram utilizados os testes estatísticos Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher, e o
Kruskal-Wallis. Para avaliar a associação entre as variáveis categóricas adotou-se o nível
de significância de 5% (p<0,05) e IC95%. RESULTADOS: Na população feminina, a
média geral da perda dentária foi de 11, 36 dentes, representando o componente do índice
CPOD com a média mais elevada. Foi verificada associação significativa da perda dentária
com a satisfação com a saúde bucal (p= 0,049), autopercepção da necessidade de uso de
prótese (p

< 0,001), incômodo ao escovar os dentes (p

= 0,005), dificuldades em falar (p
=
0,002) e dificuldades em realizar tarefas rotineiras (p

= 0,025).Com relação ao uso e
necessidade de prótese, verificou-se que 29,2% das presidiárias utilizavam algum tipo de
prótese, todas consideradas inadequadas para uso, e que 78,5% das reclusas necessitavam
de reabilitação protética. Quanto à utilização de serviços odontológicos, apenas uma das
presidiárias afirmou nunca haver consultado um dentista durante toda a vida. Das que se
consultaram, 71,9% realizou a última consulta odontológica há menos de um ano, com
metade destas realizadas no presídio, e a extração dentária sendo o motivo da última
consulta para 40,6% das consultadas. Na população masculina, o valor médio do índice
CPOD foi de 19,72. Com relação aos seus componentes, observa-se que o componente
cariado apresentou a maior média (11,06 ± 5,37), seguido dos componentes perdido (7,20
± 7,23) e obturado (1,46 ± 2,45), respectivamente. Foi verificada associação
estatisticamente significativa entre CPOD com o valor entre 22 a 32, e as variáveis
satisfação com saúde bucal (p =0,002), dificuldade para falar (p=0,024), vergonha ao falar
(p=0,004) e sorrir (p<0,001). Quanto a utilização de serviços odontológico, apenas dois
presidiários afirmaram nunca haver consultado um dentista durante toda a vida. Dos que se
consultaram, 80% realizou a última consulta odontológica há menos de um ano, com a
maioria dos atendimentos ocorrendo no presídio (80%), sendo o tratamento restaurador
(32%), seguido da dor odontogênica (26,4%) e exodontia (17,6%), os principais motivos
destes atendimentos CONCLUSÃO: A condição bucal da população estudada revelou-se
precária, com elevado número de dentes perdidos e com cárie não tratada, muito embora
grande parte destes indivíduos tenha utilizado serviços odontológicos no último ano.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2366
Date13 May 2013
CreatorsRodrigues, Iris Sant' Anna Araújo
ContributorsCavalcanti, Alessandro Leite, Castro, Ricardo Dias de, Lucas, Rilva Suely de Castro Cardoso
PublisherUniversidade Estadual da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP, UEPB, Brasil, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB, instname:Universidade Estadual da Paraíba, instacron:UEPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-497912137279637573, 600, 600, 600, 524871450381110278, -6173167103754495199

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