Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:25:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
319044.pdf: 1473086 bytes, checksum: 8f37126b335d853e6b2fe17d517f609c (MD5) / A resposta de estresse tem valor adaptativo na sobrevivência das espécies, porém quando há uma falha na regulação destas respostas ou uma incapacidade do organismo em se adaptar, as respostas fisiológicas se tornam exacerbadas e causam prejuízos ao organismo, assim como ocorre quando há persistência do estressor por um período prolongado. Essa falha na regulação da resposta de estresse pode se manifestar sistemicamente (úlceras gástricas, supressão imunológica, etc) ou no âmbito comportamental, onde pode causar ou desencadear transtornos ansiosos, depressivos e de dependência. Fatores individuais também influenciam a resposta ao estressor, entre eles a idade, o sexo e fatores genéticos, sendo que mulheres são mais propensas a desenvolver transtornos relacionados ao estresse. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as influências genéticas e da persistência de um estressor sobre as respostas comportamentais de camundongos. Fêmeas de três meses de idade das linhagens heterogênica Swiss e isogênica C57BL/6J (B6) foram submetidas a seis protocolos de estresse por contenção no frio, sendo três agudos (30 min, uma, seis ou 24h antes do teste comportamental) e três repetidos (3, 10 e 21 dias). Após o período indicado no estresse agudo os animais foram avaliados no teste de sobressalto acústico. Após os protocolos de estresse repetido os animais foram avaliados nos seguintes testes: sobressalto acústico, labirinto em cruz elevado (LCE), e consumo de sacarose. O comportamento dos animais não estressados (naïve) diferiu entre as linhagens em todos os testes, conforme o esperado, indicando a influência de fatores genéticos nos comportamentos observados. Também observamos a influência de fatores genéticos nos animais submetidos ao estresse, sendo que a linhagem B6 apresentou alterações comportamentais em todos os testes realizados, mas somente no protocolo de 21 dias. Já a linhagem Swiss apresentou uma redução na resposta de sobressalto acústico após o protocolo de estresse agudo 1h antes do teste. Esses resultados indicam a importância de fatores genéticos nos comportamentos relacionados à ansiedade e à depressão na presença ou ausência de um estressor. Sugerimos ainda que a comparação entre dados presentes na literatura deve sempre observar a linhagem utilizada, assim como a determinação da linhagem a ser utilizada deve levar em consideração o objetivo do estudo em questão <br> / Abstract: The stress response has an adaptative value on thespecies survival. However, when there is a failure onthe regulation of these responses or an impairedcoping, the physiological responses becomeoverstated and cause damage to the body, as well aswhen there is a persistence of the stressor. This failureon the regulation of stress response can result insystemic injuries (peptic ulcers, immunologicalsuppression, for example) or behavioral impairments,leading to anxiety, mood disorders and drug addiction.Individual features such as age, sex and geneticbackground can bias the stress response, beingwomen more likely to develop stress-related diseases.Therefore, the aim of this study was to evaluate theinfluence of genetic background and stressorendurance on mice behavior. To reach this aim 3monthsold outbred Swiss and inbred C57BL/6J femalemice underwent 6 cold restraint stress protocols,being 3 acute (1, 6 and 24h prior the test) and 3repeated (3, 10 and 21 days). Afterwards, the animalswere exposed to the acoustic startle response,elevated plus maze and sucrose consumption tests.The behavior of naive animals differed in all testsindicating a genetic background control of thesebehaviors. When animals were exposed to the 21 daysrepeated protocol, C57BL/6J mice displayed behavioralterations in all of the tests whereas Swiss miceshowed a reduction of the startle response after the1h acute stress protocol. These results indicate thegenetic background importance on anxiety anddepression-related response, in the presence orabsence of a stressor. It also suggests that a specialattention must be given to the strain used when comparing results presented in literature and the
choice of which strain use in a future work should take in account its goal.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106813 |
Date | 05 December 2013 |
Creators | Marchette, Renata Cristina Nunes |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Lima, Thereza Christina Monteiro de |
Publisher | [S. l.] |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 1 v.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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