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Representações sociais e adesão ao tratamento do diabetes mellitus tipo 2

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-26T12:08:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
304094.pdf: 1247042 bytes, checksum: 56ac1d08f21507ded42c251cda2158ea (MD5) / O presente estudo de caráter descritivo, exploratório e comparativo, teve como objetivo avaliar a influência das representações sociais e da intenção comportamental para adesão ao tratamento das pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM 2). A Teoria das Representações Sociais de Moscovici, e a Teoria do Comportamento Planejado de Azjen, foram utilizadas como base para descrever e explicar as medidas preditoras da intenção comportamental para adesão ao tratamento do diabetes (atitude, normas subjetivas e percepção de controle comportamental) e as representações sociais do diabetes e tratamento. Foram utilizados como instrumentos: entrevista semi estruturada, aplicada em 40 pessoas com DM 2; e questionário abrangendo dados demográficos, sócio econômicos e clínicos dos grupos aderente e não aderente à medicação, e uma escala para medir intenção comportamental para o tratamento, aplicados em 167 pessoas com DM 2. Todos os participantes são usuários dos serviços de saúde de um município do litoral catarinense. Os dados textuais foram submetidos a uma análise lexical com auxílio do software ALCESTE - Analyse Lexicale par Contexte d'un Ensemble de Segments de Texte, e também a uma análise temática categorial. A análise dos dados quantitativos envolveu estatística descritiva pela distribuição de freqüência, e estatística relacional para a comparação entre duas variáveis, e modelos de regressão linear simples e múltipla. Para tais procedimentos foi utilizado o software estatístico aplicado às Ciências Sociais (SPSS - Statistic Package of Social Science, versão 17.0). Os participantes apresentaram homogeneidade nos resultados referentes às características sócio demográficas, econômicas e clínicas. A média de idade foi de 62 anos, a escolaridade baixa (até oito anos de estudo), a média do tempo de tratamento do diabetes foi de dez anos. Confirmou-se a predominância do tratamento medicamentoso para essa amostra e tanto a alimentação saudável, quanto a prática de exercícios físicos, é adotada parcialmente pelos participantes. O diabetes é visto como uma doença que exige cuidados, mas também como doença que proíbe a ingestão de alimentos que fizeram parte da dieta alimentar de toda uma vida. Para os participantes, tratar o diabetes traz vantagens, porém, consideram a medicação como a principal medida para o controle. O diabetes é uma doença que passa a ser conhecida somente quando ocorre o agravamento dos sintomas ou surgem complicações. As pessoas que aderem à medicação apresentaram maior intenção comportamental para aderir ao tratamento, porém, a percepção de controle comportamental e as crenças comportamentais foram as medidas que obtiveram resultados mais significativos. Os resultados da pesquisa permitem afirmar que os profissionais de saúde precisam reconhecer a influência do contexto de sociabilidade das pessoas que vivem com DM2, no sentido de evitarem uma postura que vise somente à submissão aos preceitos biomédicos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/96444
Date January 2012
CreatorsStuhler, Giovana Delvan
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Camargo, Brigido Vizeu
PublisherFlorianópolis
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format189 p.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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