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Erva-matte (Ilex paraguariensis, St.Hil.) em cápsulas

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:45:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Infusões de erva-mate (Ilex paraguariensis, St. Hil., Aquifoleacea) possuem propriedades hipocolesterolêmica e antioxidante, dentre outras. No entanto, muitas pessoas não mantém o hábito de ingerir chás, particularmente aqueles de sabor amargo como a erva-mate, e deixam de se beneficiar dessas propriedades. Assim, idealizamos a produção de cápsulas de erva-mate e o objetivo deste estudo foi verificar a eventual toxicidade clínica da ingestão de cápsulas contendo extrato seco de erva-mate verde por indivíduos saudáveis, e avaliar o potencial hipocolesterolêmico e antioxidante das cápsulas de erva-mate verde (EMV) e tostada (EMT), em indivíduos dislipidêmicos (DLP), e em indivíduos com hipercolesterolemia sob tratamento com estatinas (HCE). Participaram deste estudo 77 indivíduos (n = 48/29, m/h), com idade média de 45,2 1,4 anos. Inicialmente, foi realizado o estudo toxicológico agudo (sete dias) e crônico (60 dias) com indivíduos normolipidêmicos (NLP; n = 14) que ingeriram EMV. No estudo hipocolesterolêmico e antioxidante, os indivíduos DLP foram distribuídos em três grupos: i) DLP-EMV, n = 16; ii) DLP-EMT, n = 16 e; iii) placebo (DLP-PL), n = 16. Os indivíduos HCE foram distribuídos em dois grupos: i) HCE-EMV, n = 8; e ii) HCE-PL, n = 7. Todos os indivíduos ingeriram três cápsulas com extrato seco de erva-mate verde, tostada ou placebo, 3 vezes/dia, durante 60 dias. Amostras de sangue foram coletadas, após jejum de 12-14 h antes e após 7, 30 e 60 dias da ingestão das cápsulas, para as avaliações toxicológicas e determinações do perfil lipídico e marcadores do estresse oxidativo. As diferenças foram avaliadas pela análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey, teste t pareado de Student, ANOVA para medidas repetidas e teste complementar de Tukey ou teste de Friedman, considerando P < 0,05 como signficativo. Com base nos resultados das análises bioquímicas, hematológicas e do eletrocardiograma, não houve alterações toxicológicas agudas ou crônicas referentes à ingestão das cápsulas de EMV por indivíduos saudáveis. Nos indivíduos NLP, houve aumento médio de 10,4 mg/dL (20,5%) no HDL-C e diminuição de 13,5 e 17,5% nas relações CT/HDL-C e LDL-C/HDL-C, respectivamente, após 60 dias (P < 0,05). Nos indivíduos do grupo DLP, a ingestão de cápsulas de EMV durante 60 dias provocou aumento no HDL-C de 5,6 mg/dL (10,7%; P < 0,001) após 60 dias e o consumo de cápsulas de EMT provocou diminuição de TG de 30,1 e 45,7 mg/dL (-13,6 e -20,7%, respectivamente; P < 0,05), após 30 e 60 dias, respectivamente. Não houve variação expressiva no grupo PL. O consumo de cápsulas de EMV pelos indivíduos HCE promoveu diminuição média de 18,8 mg/dL de LDL-C (-12,7%) após 60 dias, porém sem diferença estatística. Após 30 e 60 dias, houve redução não significativa de TG de 42,2 mg/dL (-12,0%) e 20,2 mg/dL (-7,3%), respectivamente, e sd-LDL-C de 10,0 e 9,9 mg/dL respectivamente, enquanto que as variações no grupo PL foram inexpressivas. Também houve melhora nos marcadores do estresse oxidativo, especialmente nos indivíduos que consumiram as cápsulas de EMV. Nos indivíduos NLP e DLP, foi observado aumento significativo na capacidade antioxidante sérica de 16 e 17,5%, em média, respectivamente (P < 0,001); diminuição na concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) de 42 e 52%, respectivamente (P < 0,001); diminuição na concentração de hidroperóxidos lipídios (LOOH) de 35 e 47,5%, respectivamente (P < 0,05). Os indivíduos NLP apresentaram elevação de glutationa reduzida após 7 e 60 dias, respectivamente, do consumo de cápsulas de EMV. Houve aumento de 50%, em média, na atividade da superóxido dismutase (SOD) nos indivíduos NLP e de 42% nos indivíduos DLP após 60 dias (P < 0,05). A atividade da catalase aumentou 82 e 27,5%, após sete e 30 dias, respectivamente, nos indivíduos NLP e 14,7% nos indivíduos DLP após 30 dias de consumo de EMV. No entanto, não houve alteração significativa na atividade da glutationa peroxidase (GPx). A atividade da enzima paroxonase aumentou 28,7 e 17,4% nos indivíduos NLP e DLP, respectivamente, após sete dias de consumo de EMV. Nos indivíduos do grupo HCE-EMV, houve aumento de 18%, em média, na capacidade antioxidante e diminuição de 43%, em média, na concentração de LOOH e de 60% de TBARS após sete dias (P < 0,05). Após 30 dias, houve aumento de 26% na atividade da SOD (P < 0,05). Porém, não houve variação significativa para GSH, GPx e catalase. Com base nestes resultados, evidencia-se que as cápsulas de erva-mate não apresentaram toxicidade clínica e podem ser uma alternativa para o consumo de infusões. Além disso, o consumo das cápsulas de erva-mate auxiliou na melhora do perfil lipídico e antioxidante, que pode contribuir para a diminuição do risco de doença arterial coronariana <br>

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106929
Date January 2013
CreatorsBecker, Aline Minuzzi
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Edson Luiz da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format218 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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