Dissertação (mestrado) - Universidade Fedeal de Santa Catarina, Centro de filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia / Made available in DSpace on 2012-10-21T13:54:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O presente estudo investigou a comunicação entre familiares e crianças/adolescentes doentes crônicos sobre a doença e a hospitalização. Participaram da pesquisa 20 familiares de crianças e adolescentes portadores de doenças orgânicas crônicas diversas: câncer, Doença de Wilson, Dermatomiosite, Diabetes Mellitus Tipo 1, Cirrose e Púrpura Trombocitopênica Idiopática, entrevistados em 3 diferentes períodos desde a comunicação diagnóstica: recente, intermediário e prolongado. Todos os familiares eram acompanhantes das crianças e adolescentes durante a internação no Hospital Infantil Joana de Gusmão. A coleta de dados foi realizada através de entrevista individual semi-estruturada e a análise dos dados foi embasada na técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados configuram três grupos temáticos: Informações - Sentimentos e Palavras, Comunicação Familiar, Comunicação Familiares-Criança. As informações recebidas pelos familiares contemplaram o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico, suas fontes foram os médicos, seguidos por demais profissionais da equipe e familiares de outras crianças com a mesma doença. Livros e internet foram buscados pelos participantes com mais anos de escolarização. A comunicação com a criança se configurou pela atenção dos familiares as suas reações não-verbais e verbais. As informações compartilhadas com a criança estiveram centralizadas no aspecto do tratamento relativo aos cuidados necessários: restrições comportamentais, sociais e alimentares. A criança geralmente foi comunicada sobre o diagnóstico pelos pais, informal e gradualmente. Os casos de câncer foram diferenciados das demais patologias, nas quais todas as crianças sabiam seu diagnóstico. A idade da criança foi um dos critérios decisivos, sendo que para as crianças menores de quatro anos outros termos foram utilizados para nomear a doença. O outro critério foi o período recente à comunicação do diagnóstico para os familiares, pois apenas os adolescentes souberam o nome da doença em tal período. As informações sobre o risco de seqüelas e a morte, não foram comunicadas abertamente e constituíram segredos entre familiares e crianças. As informações não compartilhadas foram por eles consideradas potencialmente prejudiciais para a criança. A morte foi o principal tabu na comunicação familiares-criança. A função atribuída ao não compartilhar tais informações foi protegê-la do sofrimento. Foi possível constatar que os familiares enfrentam maiores dificuldades para comunicar-se com as crianças sobre a doença - diagnóstico, funcionamento corporal e causas - e o prognóstico do que sobre o tratamento.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/87050 |
Date | January 2004 |
Creators | Rabuske, Michelli Moroni |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Crepaldi, Maria Aparecida |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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