Return to search

Entre Bergson e Espinosa: eternidade ou duração? / Between Bergson and Espinosa: eternity or duration?

Ao afirmar que a sua filosofia vê na duração o próprio tecido de que a realidade é feita, no último capítulo de A evolução criadora, Bergson explicita o seu projeto de construção de uma nova metafísica. Sabemos que a originalidade de sua empreitada está fundamentalmente nessa exigência da apreensão do tempo, sua transitoriedade e fluidez, como aquilo de que a realidade é feita. Trata-se de declarar a realidade temporal como definição da própria existência do mundo e da experiência humana sem a duração, não se pode falar em causalidade efetiva ou livre escolha. Sendo assim, a exigência de uma metafísica da duração se colocaria de imediato em contraposição não a uma filosofia somente, mas à história da filosófica como um todo, cuja crítica é essencial para a construção e consolidação do pensamento bergsoniano. Contudo, pensamos que, na tradição filosófica, destaca-se um autor com quem Bergson dialogou intensamente, declaradamente ou não, e que pouco esteve presente nos trabalhos dos estudiosos do seu pensamento: Espinosa. Pretendemos reconstituir esse diálogo a partir de um campo de comunicação que possibilite revelar seus pontos de entrecruzamento, confrontação e encontro. Talvez assim, o desencontro maior - entre uma filosofia da duração e, outra, da eternidade- mostre-se, ao fim e ao cabo, apenas aparente. / By stating that his philosophy \"sees in duration the own tissue that reality is made\" in the last chapter of Creative Evolution, Bergson explains his project to build a new metaphysics. We know that the originality of his work is based in this exigency of the sense time, its transience and fluidity, as that from which reality is made. It is time to declare the temporal reality as definition of the own existence of the world and human experience without the duration one can not speak in effective causality or free choice. Thus, the requirement of a metaphysics of duration is put immediately in opposition not only to one philosophy, but the history of philosophy as a whole, whose criticism is essential to building and consolidating of the Bergson\'s thought. However, we believe that, in the philosophical tradition, there is an author with whom Bergson spoke intensely, openly or not, and that little was present in the work of scholars of his thought: Espinosa. We intend to reconstruct this dialogue from a communication space that allows to reveal their points of intersection, confrontation and meeting. Perhaps then the biggest mismatch - between a philosophy of duration, and another, of eternity-shows, after all, only apparent.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-30092011-165030
Date10 June 2011
CreatorsMarinê de Souza Pereira
ContributorsMarilena de Souza Chaui, Vittorio Guglielmo Franco Morfino, Débora Cristina Morato Pinto, Franklin Leopoldo e Silva, Paulo Vieira Neto
PublisherUniversidade de São Paulo, Filosofia, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds