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O ensino de empatia no curso de graduação em medicina / Empathy teaching in the undergraduate medical course

Orientador: Marco Antonio de Carvalho Filho / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T06:22:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A relação médico-paciente é o fundamento da prática da medicina. Entre os fatores que permitem o sucesso dessa parceria, a empatia se destaca como um dos mais importantes, e existem evidências que associam a atitude empática do médico com a satisfação do paciente, a adesão ao tratamento e melhores desfechos clínicos. Apesar de sua importância, a maioria dos estudos revela uma tendência de perda de empatia durante o curso de graduação em medicina, sendo o currículo oculto a causa mais comumente relacionada a este fenômeno. Várias estratégias têm sido propostas para preservar ou aumentar a empatia desses estudantes. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto de metodologias ativas de ensino nos níveis de empatia de estudantes de medicina em diferentes estágios de formação. No primeiro estudo, duas turmas consecutivas de estudantes do primeiro ano (n = 166) participaram de uma disciplina curricular concebida com o intuito de oferecer um contato inicial positivo com a prática médica, através de uma série de atividades com apelo realístico e espaço para debate e reflexão. Os níveis de empatia foram avaliados através da Escala Jefferson de Empatia Médica (JSPE) antes e após o curso. A média inicial foi de 117,9 e subiu para 121,3 após a intervenção (p<0,001), com um tamanho do efeito de 0,38. O aumento foi maior entre os estudantes com menores níveis iniciais de empatia. No segundo estudo, estudantes de duas turmas do quarto ano médico (n=124) e do sexto ano médico (n=123) participaram de consultas médicas simuladas com pacientes padronizados, seguidas de um feedback aprofundado com o objetivo de lidar com os sentimentos do paciente e dos estudantes. Após a atividade, houve um aumento significativo nos níveis de empatia para o quarto ano (de 115,8 a 121,1; p<0,001; tamanho do efeito=0,61) e para o sexto ano (de 117,1 a 123,5; p<0,001; tamanho do efeito=0,64). O terceiro estudo examinou a percepção dos estudantes sobre os desfechos de aprendizagem relacionados com a atividade de simulação descrita acima através de um questionário anônimo. Os estudantes sentiram-se confortáveis durante a atividade, devido à "abertura ao diálogo", à "proximidade com colegas e professores" e ao "ambiente livre de julgamento". Mais da metade deles perceberam-se motivados a estudar, especialmente a "relação médico-paciente", a "terapêutica", as "doenças mais prevalentes" e "medicina em geral". Cerca de 90% relatou que o aprendizado será útil em suas vidas pessoal e profissional, em função de uma maior "compreensão dos sentimentos", "empatia", "capacidade de ouvir" e de "lidar com conflitos". Estes resultados sugerem que é possível manter ou mesmo aumentar os níveis de empatia de estudantes de medicina através de metodologias ativas de ensino em diferentes estágios da formação médica. Além disso, atividades com apelo realístico que apresentem a medicina de uma forma positiva podem se tornar um fórum para o debate de temas relacionados com o currículo oculto, o que estimula a reflexão sobre o tema. Esse tipo de atividade pode motivar o estudante no processo de ensino-aprendizagem, permitindo a recuperação do significado pessoal e social da prática da medicina / Abstract: A meaningful doctor-patient relationship is the foundation of the practice of medicine. Empathy stands out as one of the most important factors to ensure the success of this partnership, and there is evidence associating doctor¿s empathetic attitude with greater patient satisfaction, treatment adherence and better clinical outcomes. In spite of its importance in patient care, most studies reveal a tendency for empathy loss during medical school, with the work overload and the hidden curriculum being the most commonly cited causes of this phenomenon. Several strategies have been proposed to preserve or heighten empathy levels in medical students, with varying results. The purpose of this study is to examine the impact of active teaching methodologies on the empathy levels of medical students at different stages of their training. In the first study, two consecutive classes of first-year medical students (n=166) participated in a curricular course designed to be a positive initial outlook on the medical practice, through a series of different activities with real-world appeal and based on reflection. Students¿ empathy levels were assessed using the Jefferson Scale of Physician Empathy (JSPE) before and after the course. The mean pretest JSPE score was 117.9 and increased to 121.3 after the intervention (p<0.001), with an effect size of 0.38. The increase was greater among students with lower initial JSPE scores. In the second study, two classes of fourth-year (n = 124) and two classes of sixth-year (n = 123) medical students participated in simulated medical consultations with standardized patients, followed by an in-depth debriefing dealing with the feelings of the patient and the students. After the activity, there was a significant increase in the empathy levels of fourth-year students (from 115.8 to 121.1, p<0.001, effect size = 0.61) and sixth-year students (from 117.1 to 123.5, p<0.001, effect size = 0.64). The third study examined the students¿ perceptions on the learning outcomes related to the simulation activity described above through an anonymous questionnaire. Students felt comfortable during the activity, due to "openness to dialogue", "proximity with colleagues and professors" and the "environment free of judgment". More than half of them were motivated to study, especially the "doctor-patient relationship", "treatment", "common diseases" and "medicine in general". Approximately 90% reported that what they learned would be useful in their professional and personal lives, providing a greater "understanding of emotions", "empathy", "ability to listen" and "ability to deal with conflicts". These results suggest that it is possible to maintain or even to increase medical students¿ empathy levels through active teaching methodologies at different stages of medical training. Activities with real-world appeal that present medicine in a positive way may also become a forum for debating topics related to the hidden curriculum, allowing students to reflect and cope. This practice may even motivate learning in medicine, allowing for the recovery of the personal and social meaning of its practice / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313594
Date25 August 2018
CreatorsSchweller, Marcelo, 1979-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Carvalho Filho, Marco Antonio de, 1974-, Martins, Milton de Arruda, Filho, Antonio Pazin, Saad, Mario José Abdalla, Brenelli, Sigisfredo Luis
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageMultilíngua, poreng
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format137 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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