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Previous issue date: 2009-05-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In this research we try to verify which is the knowledge on Sexuality that sustains the social
representations of Sexual Education in the everyday life of 56 teachers from public schools in
Cuiabá - Mato Grosso, interviewed in year 2006. The interdisciplinary dimension of the
Theory of Social Representations (MOSCOVICI, 1978; JODELET, 2001) has enabled us to
make an articulation with references of Foucault (2007). Considering the complex nature of
the objects, we have sorted out the discursive materials, initially processed by the Alceste
software, and have subsequently used the Content Analysis for Sexuality data only. The
results outlined by the three classes of words reveal that the production of knowledge on
sexuality happens in view of the sexual doubts of students and curiosities on the sexuality of
teachers. These, when talking about the other talk about themselves and manifest aspects of
their social practices and interactions not always dialogical because they remain between
question and answer. Teachers self-assess themselves as unqualified, and anchor their
restlessness on the word embarrassed when expressing their opinion on the compartmented
education. Feelings, values and opinions have surrounded the symbolic role of the
representation of sexuality starting from incidents that mediate the relations. There are five
classes that guide the lexical analysis of Sexual Education. Knowledge and Precepts deal with
sporadic actions that share space with Sexual Health actions. The transversality objectified in
Science and Biology seems to associate sexuality with anatomical and physiological aspects
corroborated by other results. These subjects, counterbalanced by the Portuguese Language
discipline, show affinity to discuss this theme. Teachers analyze that the teaching of sexuality
requires systematization, but no projects exist. Social representations of Sexual Education are
anchored on values such as the family, which sets limits; the media, represented by the
negative nature, which stirs up more than teaches; the naked truth confronts the world
objectified in diseases and precocity of adolescents. The school, less frequently, emerges with
the psychopedagogical ideal of teaching to value body and life. Sexuality topics proliferate
and are spread within the school context, in view of dialogue-encouraging episodes that
happen inside it. However, just as the theme is not much shared with students, the co-workers
are also not always called to share the anxieties they experience, save when these extrapolate
cases of student pregnancy. In fortuitous events that involve parents, these seem to break the
social rules of the secret on sex, which is perpetuated in the school and the family. The speech
returns on the educators involved, who sometimes, feeling guilty and surprised, receive the
burden of the responsibility, as if it were a transgression to discuss the subject. Therefore, in
an attempt to organize elements that form the SR of Sexual Education, we would say that they
are seized from three scopes: sexuality and knowledge, where we observe the form of
interaction starting from communication and practices; sexuality and education, which catch a
glimpse of the professional identity aspects, and sexuality and socio-cultural environment,
where deponents support each other to mold the building of the Sexual Education object
circled by mental, socio-cognitive and affective aspects / Nesta pesquisa procuramos verificar quais são os saberes sobre Sexualidade que sustentam as
representações sociais de Educação Sexual no cotidiano de 56 professores de escolas públicas
de Cuiabá-MT, entrevistados no ano de 2006. A dimensão interdisciplinar da Teoria das
Representações Sociais (MOSCOVICI, 1978; JODELET, 2001) possibilitou uma articulação
com os referenciais de Foucault (2007). Considerando o caráter complexo dos objetos,
selecionamos os materiais discursivos, inicialmente processados pelo software Alceste, e,
posteriormente, servimo-nos da Análise de Conteúdo somente para os dados de Sexualidade.
Os resultados delineados pelas três classes de palavras revelam que a produção dos saberes
de sexualidade acontece em função das dúvidas sexuais dos alunos e curiosidades sobre a
sexualidade dos professores. Estes, ao falar do outro falam de si e manifestam aspectos das
suas práticas e interações sociais nem sempre dialógicas, pois ficam entre pergunta e
resposta. Docentes se auto-avaliam desqualificados e ancoram suas intranqüilidades na
palavra constrangida ao opinarem sobre sua formação compartimentada. Sentimentos, valores
e opiniões circundaram a função simbólica da representação de sexualidade a partir dos
incidentes que medeiam as relações. Cinco classes orientam a análise lexical de Educação
Sexual. Saberes e Preceitos versam sobre ações esporádicas, que dividem o espaço com as
ações de Saúde Sexual. A transversalidade, objetivada em Ciências e Biologia, parece
associar sexualidade aos conhecimentos anátomo-fisiológicos corroborados por outros
resultados. Contrabalançadas por Português, estas disciplinas se mostram com afinidade para
discutir este tema. Docentes analisam que o ensino de sexualidade exige sistematização, mas
os projetos são inexistentes. As RS de Educação Sexual são ancoradas em valores como a
família, que prescreve limites; a mídia, representada pelo caráter negativo, mais incita que
ensina; contrapõe o mundo, a realidade nua e crua objetivada pelas doenças e a precocidade
dos adolescentes. A escola, menos freqüente, aparece com o ideal psicopedagógico de ensinar
valorização do corpo e da vida. No contexto da escola circula a proliferação e disseminação
dos assuntos de sexualidade, em função dos episódios motivadores de diálogo que acontecem
no seu interior. Entretanto, assim como o tema aparece pouco partilhado com os alunos, os
colegas de profissão também nem sempre são chamados para dividir ansiedades que
vivenciam, exceto quando extrapolam casos de gravidez das alunas. Nas ocorrências fortuitas
que envolvem os genitores, estes parecem quebrar as regras sociais do segredo sobre sexo,
que perpetua na escola, e na família. O discurso retorna sobre os educadores envolvidos, que,
às vezes, sentindo-se culpados, surpresos, recebem sobre si o fardo da responsabilidade como
fosse uma transgressão discutir o assunto. Deste modo, em uma tentativa de organizar
elementos que constituem as RS de Educação Sexual diríamos que eles são apreendidos a
partir de três âmbitos: sexualidade e conhecimentos, em que observamos a forma de interação
a partir da comunicação e práticas; sexualidade e formação, que vislumbram aspectos da
identidade profissional, e, sexualidade e meio sociocultural, em que os depoentes se apóiam
para modelar a construção do objeto Educação Sexual contornada pelos aspectos mentais,
sociocognitivos e afetivos
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/16535 |
Date | 20 May 2009 |
Creators | Oliveira, Rita Aparecida Pereira de |
Contributors | Sousa, Clarilza Prado de |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, PUC-SP, BR, Psicologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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