Orientador: Eliete Maria Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem / Made available in DSpace on 2018-08-25T15:28:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A temática da violência contra a mulher está contemplada em diversas políticas públicas, conferindo visibilidade a este agravo. Entretanto, a efetivação dessas políticas passa por uma ampla rede de serviços, que para dar suporte à mulher deve ser integrada. Entre os pontos de atenção desta rede está a Atenção Primária à Saúde, que é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde e principal estratégia para oferecer acesso, atenção integral e impactar na situação de saúde das pessoas, como é o caso da violência. O objetivo deste estudo foi caracterizar a força de trabalho da enfermagem na Atenção Primária à Saúde, em município de grande porte do interior paulista, e descrever as práticas dessa equipe no cuidado com mulheres em situação de violência. Constitui-se em pesquisa quantitativa, descritiva, transversal, com amostra aleatória, realizada com auxiliares e técnicos(as) de enfermagem e enfermeiros(as) de todas as unidades básicas de Sorocaba. Foi utilizado formulário com questões semiestruturadas, com informações sociodemográficas e sobre detecção de situações de violência. A coleta de dados ocorreu no mês de fevereiro de 2014. O software SAS, versão 9.2, foi utilizado para realizar os testes estatísticos Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Qui-quadrado. Foram considerados significantes os valores de p menor que 0,05. Para as respostas textuais, procedeu-se a análise de conteúdo. Os resultados referem-se a 236 profissionais de enfermagem, sendo 54(22,88%) auxiliares de enfermagem, 48(20,34%) enfermeiros(as) e 134(56,77%) técnicos(as) de enfermagem. A distribuição entre os sexos foi semelhante entre as categorias, e todas apresentaram predomínio do sexo feminino, 210 (88,98%). Quanto ao quesito raça/cor, predomínio de pessoas que se autodeclararam brancas 188 (88,98%). As diferenças entre as categorias da enfermagem foram significantes; os auxiliares de enfermagem apresentaram maior média de idade (49 anos), tempo de serviço público (21 anos) e tempo de unidade básica (12 anos) que enfermeiros(as) e técnicos(as) de enfermagem. A respeito do atendimento às mulheres, entre os profissionais de enfermagem da APS, 133(56,33%) já suspeitaram que alguma mulher tivesse sofrido violência. As principais dificuldades relatadas pelos profissionais para investigar suspeitas de violência foram: medo da mulher falar sobre o assunto, falta de treinamento e capacitação e receio de sofrer represálias do agressor. Dessa forma, concluímos que a força de trabalho na atenção primária é feminina, com predomínio de profissionais de nível médio. Nossa pesquisa corrobora com pesquisas, que evidenciam que as situações de violência contra a mulher permeiam as práticas de enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Consideramos que o enfoque das políticas públicas de enfrentamento da violência contra a mulher deve abranger a capacitação e o suporte para os profissionais da Atenção Primária à Saúde para que estes serviços não se reduzam a pontos de triagem e encaminhamento / Abstract: The theme of violence against women is addressed in various public policies, giving visibility to this damage. However, the effectiveness of these policies goes through an extensive network of services, which should be integrated to support the woman. Among important aspects of this network is the Primary Health Care, which is the preferred gateway of the Unified Health System and principal strategy to provide access, comprehensive health, and impact on people's health situation, as in the case of violence. The objective of this study was to characterize the workforce of nursing in the Primary Health Care, in large inland municipality of São Paulo, and describe the practices of that team in the care of women in situations of violence. Consists of quantitative, descriptive, and transversal research, with random sample. Held with the nursing assistants, nurses and nursing technicians from all the basic health units of Sorocaba. It was used a form with semi-structured questions, demographic information and about detection of violence situations. Data collection occurred in February, 2014. The SAS software, version 9.2, was used to make statistical tests Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and Qui-quadrado. P values less than 0.05 were considered significant. For textual responses, content analysis was conducted. The results refer to 236 nursing professionals, being 54 (22.88%) nursing assistants, 48 (20.34%) nurses, and 134 (56.77) nursing technicians. The gender distribution was similar between the categories, and all showed female predominance, 210 (88.98%). As for the item race/color, there was the predominance of people who declare themselves white, 188 (88.98%). The differences between the categories of nursing were significant; the nursing assistants presented a higher median age (49 years old), public service time (21 years) and basic unit time (12 years) than nurses and nursing technicians. Regarding the attendance to women, among the nursing professionals of APS, 133 (56.33%) had already suspected that a woman had suffered violence. The main difficulties reported by professionals to investigate suspicions of violence were: fear of women speaking about the subject, lack of training, and qualification and fear of suffering reprisals of the assailant. Thus, we conclude that the workforce in primary care is female, with a predominance of middle-level professionals. Our research corroborates with researches showing that the situations of violence against women permeate nursing practices in the Primary Health Care. We consider that the focus of public policies for combating violence against women should include training and support for professionals in the Primary Health Care so that these services do not reduce the points of sorting and routing within the basic unit / Mestrado / Enfermagem e Trabalho / Mestra em Ciências da Saúde
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/283888 |
Date | 07 October 2014 |
Creators | Santos, Daniela Valentim dos, 1978- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Silva, Eliete Maria, 1960-, Fonseca, Rosa Maria Godoy Serpa da, Osis, Maria José Duarte |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Unknown |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 151 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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