En el cotidiano de una unidad de internación psiquiátrica, el debilitamiento de los familiares de los pacientes hospitalizados compone parte de la realidad que viven los profesionales del área de la salud. La ansiedad ocasionada por tener una persona significativa hospitalizada genera una necesidad de escucha de este familiar, un momento que puede describir cómo se siente cuanto a la internación y, después, en relación al alta hospitalaria. Este estudio tuvo como objetivo comprender los significados atribuidos por el familiar al alta hospitalaria de la persona con trastorno mental. Se utilizó el abordaje cualitativo de naturaleza fenomenológica a la luz del referencial teórico-filosófico de Maurice Merleau-Ponty y de fenomenología-hermenéutica de Paul Ricoeur. El escenario de investigación fue la Unidad de Internación Psiquiátrica Paulo Guedes del Hospital Universitario de Santa Maria/RS. La entrada en campo ocurrió tras la aprobación del protocolo del Proyecto de Disertación por el Comité de Ética en Investigación con Seres Humanos de la Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), bajo el número 0343.0.243.000-11. Para la producción de los datos fue realizada una entrevista con 10 familiares de personas internadas en la referida unidad, pero que ya habían sido comunicadas del alta hospitalaria, en el período de enero a marzo de 2012. El número de entrevistas no fue previamente definido, una vez que en la fenomenología se observa la invariancia de los significados aparentes en los discursos y convergentes con los objetivos de la investigación. Para los encuentros se utilizó la siguiente pregunta orientadora: Dime lo que el alta de su familiar de la unidad de internación psiquiátrica significa para ti. A partir de la comprensión e interpretación de los discursos de los familiares emergió la metáfora en tres temas: el mundo de la familia revelado por el familiar, la existencialidad del familiar en la relación con el otro (la persona con trastorno mental) y ambigüedad del alta: entre la posibilidad de convivir y el miedo e una nueva crisis. Los significados atribuidos por el familiar al alta hospitalaria de la persona con trastorno mental se desvelaron marcados por la ambigüedad. En un momento, el familiar expresa satisfacción por la mejora del otro y por restablecer el convivio. En otro, manifiesta recelo ante el horizonte de posibilidades por venir, en consecuencia del recuerdo del vivido con su ente. Así, se observa que la enfermería puede construir espacios de intersubjetividad con los familiares, visando su comprensión del proceso de alta, de modo que esos sean auxiliados en el ejercicio de la re-significación de sus vivencias y en el enfrentamiento de sus ambigüedades. / No cotidiano de uma unidade de internação psiquiátrica, a fragilização dos familiares de pacientes hospitalizados compõe parte da realidade vivenciada pelos profissionais da área da saúde. A ansiedade ocasionada por ter uma pessoa significativa hospitalizada gera necessidade de escuta deste familiar, um momento que possa descrever como se sente quanto à internação e, após, em relação à alta hospitalar. Este estudo objetivou compreender os significados atribuídos pelo familiar à alta hospitalar da pessoa com transtorno mental. Utilizou-se a abordagem qualitativa de natureza fenomenológica à luz do referencial teórico-filosófico de Maurice Merleau-Ponty e da fenomenologia-hermenêutica de Paul Ricoeur. O cenário de pesquisa foi a Unidade de Internação Psiquiátrica Paulo Guedes do Hospital Universitário de Santa Maria/RS. A entrada em campo aconteceu após a aprovação do protocolo do Projeto de Dissertação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Maria, sob o nº 0343.0.243.000-11. Para a produção dos dados foi realizada uma entrevista com 10 familiares de pessoas internadas na referida unidade, mas que já haviam sido comunicadas da alta hospitalar, no período de janeiro a março de 2012. O número de entrevistas não foi previamente definido, uma vez que na fenomenologia observa-se a invariância dos significados aparentes nos discursos e convergentes com os objetivos da pesquisa. Utilizou-se a seguinte questão norteadora para os encontros: Conte-me o que a alta de seu familiar da unidade de internação psiquiátrica significa para você. A partir da compreensão e interpretação dos discursos dos familiares emergiu a metáfora em três temas: o mundo da família revelado pelo familiar, a existencialidade do familiar na relação com o outro (a pessoa com transtorno mental) e ambiguidade da alta hospitalar: entre a possibilidade de convívio e o receio de uma nova crise. Os significados atribuídos pelo familiar à alta hospitalar da pessoa com transtorno mental desvelaram-se marcados pela ambiguidade. Em um momento, o familiar expressa satisfação pela melhora do outro e por restabelecer o convívio. Em outro, manifesta receio diante do horizonte de possibilidades por vir, em consequência da recordação do vivido com seu ente. Assim, observa-se que a enfermagem pode construir espaços de intersubjetividade com os familiares, visando à sua compreensão do processo de alta, de modo que esses sejam auxiliados no exercício da ressignificação de suas vivências e no enfrentamento de suas ambiguidades.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/7362 |
Date | 20 December 2012 |
Creators | Freitas, Fernanda Franceschi de |
Contributors | Terra, Marlene Gomes, Girardon-perlini, Nara Marilene Oliveira, Santin, Silvino |
Publisher | Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, UFSM, BR, Enfermagem |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 400400000000, 400, 300, 300, 300, 300, 12ceaf4b-949c-4ead-a7dd-a10e577e630a, 51c0306a-67cd-4205-93fd-80eb0a2ac24b, bc8f2702-b097-44ef-9776-6bcead0bc1ce, 55f050cf-fd2b-4733-a2c0-eac454ca3084 |
Page generated in 0.0019 seconds