Return to search

A arquitetura dos processos de aprendizagem à luz da teoria da estética organizacional : etnografia em uma revenda de móveis planejados

Desde a última década, o tema aprendizagem organizacional tem recebido atenção de profissionais e pesquisadores. No entanto, a aprendizagem que ocorre nas organizações vai além da de natureza pragmática, que entende a aprendizagem a partir de modelos normativos somente com o intuito de gerar mudanças. Em contraponto a essa linha, existe, na literatura, a busca pela compreensão da aprendizagem como um processo, seja ele técnico ou social. Dentre outras, convém o uso da teoria da estética organizacional para a concepção da aprendizagem que emerge a partir das interações sociais. Esta teoria caracteriza-se por contestar o pensamento positivista-funcionalista e vai obtendo mais espaço, à medida que vem sendo aprofundada e empregada por pesquisadores, a fim de compreenderem os fenômenos organizacionais. Meu objetivo nesse estudo foi identificar e analisar, à luz da teoria da estética organizacional, os processos de aprendizagem, a partir das práticas de trabalho de profissionais que atuam em uma revenda de móveis planejados. Para isso, além de identificar e descrever as práticas de trabalho das funções organizacionais dos sujeitos pesquisados, também foi preciso identificar e analisar as dimensões referentes aos artefatos e à linguagem da cultura organizacional da revenda, assim como identificar e compreender as percepções estéticas dos profissionais atuantes em campo. Para a viabilidade da pesquisa, desenvolvi um estudo etnográfico, realizado entre os meses de fevereiro de 2011 e janeiro de 2012, em uma revenda de móveis planejados, situada em Porto Alegre (RS). De modo complementar, esclareço algumas noções importantes do ramo da arquitetura, principalmente de interiores, e de aspectos do ato de ‘habitar’. Após fazer referência às faculdades perceptivas dos sujeitos pesquisados e como estas permitem a realização dos juízos estéticos, esclareço como a estética organizacional pode ser compreendida como um critério de decisão e conexão. A partir das dinâmicas de relacionamentos e da contínua construção de um ‘espírito do lugar’, discuto como esses aspectos consentem à arquitetura dos processos de aprendizagem na organização pesquisada, ressaltando a ‘reflexividade estética’. / Since last decade, the theme organizational learning has received attention from professionals and researchers. However, the learning that occurs in the organizations goes beyond the one of pragmatic nature, what understands learning from the normative models only with the intention of generating changes. Counterpointing to this line, there is in literature the search for the learning comprehension as a process, being it technical or social. Among others, it is advisable the use of the theory of organizational esthetics for the learning conception that emerges from the social interactions. This theory is characterized for questioning the positive-functionalist thought and is obtaining more space, as it is being deepen and used by researchers, aiming to understand the organizational phenomena. My objective in this study was to identify and analyze the learning processes from the working practices of professionals who act in a planned furniture store by the theory of organizational esthetics. For that, beyond identifying and describing the working practices from the organizational functions of the researched individuals, it was also necessary to identify and analyze the dimensions referring to the artifacts and to the language of the organizational culture of resale, as well as the identification and comprehension of the esthetics perceptions of the professionals who were acting in the area. To the research feasibility I developed an ethnographic study, performed between the months of February 2011 and January 2012 at a planned furniture store, located in Porto Alegre (RS). To complement, I clarify some important notions in the field of architecture, mainly of interiors, and about the aspects of the act of ‘inhabiting’. After making reference to the perceptive faculties of the researched individuals and how they allow the realization of esthetical commonsense, I explain how the organizational esthetics can be understood as a criterion of decision and connection. Beyond that, from the dynamics of relationship and the continuous construction of a ‘spirit of the place’, I discuss how these aspects agree to the architecture of learning processes in the organization researched, highlighting the ‘esthetic reflexivity’.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/55132
Date January 2012
CreatorsOliveira, Luana Yara Miolo de
ContributorsAntonello, Cláudia Simone
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds