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Habitar o presente, fazer um mundo: movimentos de crianças e adultos em uma escola de educação infantil / To inhabit the present, to make a world: movements of children and adults in a early childhood school

Lugar de criança é na escola? Talvez sim. Talvez não. Talvez exista um problema em querer determinar um lugar para crianças que estão em movimento, que se movimentam por diversos e variados espaços e tempos. O caminho que percorre este texto se põe a caminhar nessa questão inicial, mas não se preocupa em respondê-la. Busca, antes, pensar uma escola de educação infantil habitada e habitável por crianças, onde suas vozes se fazem ouvir em contraponto às dos adultos na experiência de uma infância que é mais do que mera etapa em um desenvolvimento cronológico. Uma infância que nos faz seres à espreita, sensíveis ao novo que nasce para o mundo, e a devires que nos levam a renovar o mundo. Essa escola vai sendo contornada na ideia de skholé, um espaço de tempo livre. Um tempo que iguala todos que nela estão em torno de algo comum, algo que é suspenso, profanado, feito comum, algo que nos atrai para o presente. E que presente seria esse? Um presente que se vê em um ponto entre um passado e um futuro ou um presente que acontece em um instante de intensidade que tudo muda? Entre crianças e adultos, em suas incessantes movimentações, encontra-se uma escola feita de experiências, de um aprender que nos leva a decifrar o mundo em individuações em que somos unos e múltiplos. Uma escola que faz professores-pedagogos e crianças-alunos, e que é feita por eles. Poderia o brincar, em uma tal escola de educação infantil nos igualar ao mesmo tempo que nos diferencia, fazendo-nos dissolver; levar-nos a habitar o presente, a fazer um mundo? / Is school the place for children? Maybe it is. Maybe it is not. Perhaps the problem lies in wanting to establish a place for kids that are constantly in motion, moving in a diversity and a variety of spaces and times. The road that runs through this text begins to move in this initial question, but does not aim to find a proper answer to it. It intends to think a school of early childhood education that is inhabited, and inhabitable, by children, where their voices are heard in contrast to the adults in a experience of a childhood that is more than a mere step in a chronological development. A childhood that makes us beings lurking, waiting, sensitive to the new born to the world, to becomings that leads us to renew the world. This school is being circumvented by the idea of skholé, a space of free time, a time that equates every one in it, where something is suspended, profaned, made common, something that draws us to the present. And what present would that be? A present that is seen as a point between the past and the future or a present that happens in a moment of intensity in which changing comes? Between children and adults, in their incessant movements, one finds a school made of experiences, of an idea of learning that leads us to decipher the world in individuations in which we are one and multiple. A school that makes teachers and students at the same time that it is made by them. Could play in such a school of early childhood education differentiate ourselves at the same time it equates us, leading us to inhabit the present, to make a world?

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:6311
Date26 February 2015
CreatorsAlessandra de Barros Piedras Lopes
ContributorsWalter Omar Kohan, Beatriz Fabiana Olarieta, Jader Janer Moreira Lopes
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Educação, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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