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Previous issue date: 2018-02-20 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / A pesquisa teve como objetivo geral investigar, em narrativas autobiográficas de
adultos cegos, os sentidos que atribuem às adversidades e aos processos de
enfrentamento por eles vivenciados no contexto do Ensino Fundamental e Médio. Do
ponto de vista teórico, o estudo se situa na perspectiva da pesquisa (auto)biográfica
com pessoas cegas, e se assenta no pressuposto de que suas narrativas são fontes
de conhecimentos imprescindíveis para se pensar a garantia de seus direitos a uma
educação inclusiva e edificante. Como metodologia da pesquisa, utilizamos as
entrevistas narrativas autobiográficas, inspiradas em Schütze (2010), Appel (2005) e
Jovchelovitch e Bauer (2002). Participaram da pesquisa 4 (quatro) adultos cegos,
entre 29 e 63 anos de idade. A investigação considerou princípios e métodos da
pesquisa (auto)biográfica em Educação (Ferrarotti 2014a, 2014b; Delory-Momberger
2014; Passeggi 2010, 2011, 2014, 2016); estudos sobre a resiliência (Cyrulnik 2009;
Sordi, Manfro e Hauck 2011; Angst 2009; Gallego Gómez 2014), e princípios da
educação inclusiva, concernentes à pessoa deficiente visual (Vigotski 1994; Silva
2008; Amiralian 2000, 2005; Nunes e Lomônaco 2010). As narrativas dos
participantes permitiram organizar as análises em três categorias temáticas:
“relações com a escola regular e com a escola especial”, “estratégias de
enfrentamento” e “tutores de resiliência”. Essas categorias conduziram à
compreensão do sentimento de invisibilidade pedagógica, por parte dos
participantes, ao evocarem suas experiências na escola regular. As análises das
narrativas revelam que nos processos de enfrentamento as pessoas cegas
privilegiam cinco estratégias primordiais: o diálogo; a persistência; o afastamento
para o fortalecimento; a identificação de tutores de resiliência e a formação de
grupos com pessoas por afinidade. Os resultados das análises permitem salientar a
importância da escuta de adultos cegos sobre suas experiências na infância e na
adolescência, dentro da escola, para que se possa melhor compreender as
adversidades enfrentadas e as estratégias de enfrentamento por eles desenvolvidas,
de modo a aprofundar estudos e reflexões sobre os direitos da pessoa com
deficiência visual a uma educação inclusiva, com base no que vivenciaram pessoas
concretas e no que elas dizem sobre suas reais necessidades. / The general aim of this research was to investigate, in autobiographical narratives of
blind adults, the meanings they give to the adversitites and to the confrontation
processes experienced by them in the context of elementary and high school. From a
theoretical standpoint, the study embraces the perspective of the (auto)biographical
research with blind individuals, and hinges on the pressuposition that their narratives
are an indispensable source of knowledge to reflect upon the guarantee of their right
to an inclusive, fruitful education. As regards the research methodology, we used
autobiographical narrative interviews, as put forward by Schütze (2010), Appel
(2005) and Jovchelovitch& Bauer (2002). Four blind adults took part in the research,
with ages ranging from 29 to 63 years old. The investigation adopted principles and
methods from the (auto)biographical research in Education (Ferrarotti 2014a, 2014b;
Delory-Momberger 2014; Passeggi 2010, 2011, 2014, 2016); studies about resilience
(Cyrulnik 2009; Sordi, Manfro& Hauck 2011; Angst 2009; Gallego Gómez 2014); and
principles from Inclusive Education regarding the blind person (Vigotski 1994; Silva
2008; Amiralian 2000, 2005; Nunes&Lomônaco 2010). The participants narratives
allow us to organize the analyses into three thematic categories: “relations with the
regular and the special school”, “strategies of confrontation” and “resilience tutors”.
These categories led us to understand the feeling of pedagogical invisibility, on the
part of the participants, when they evoked their experiences in the regular school
environment. The analyses of the narratives reveal that, in the processes of
confrontation, blind people privilege five main strategies: dialogue; persistence;
estrangement in order to strengthen; the identification of resilience tutors; and the
formation of groups based on affinity. The results of the analyses allow us to highlight
the importance of listening to blind adults as they talk about their school experiences
during childhood and adolescence, so that one can better understand the difficulties
they found and the strategies of confrontation they developed, in order to deepen the
studies and reflections about the right of the visually-impaired to an inclusive
education, based on what real people experienced, and on what they said about their
real needs.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/25509 |
Date | 20 February 2018 |
Creators | Cruz, Emmanuel Dário Gurgel da |
Contributors | 04097947320, Machado, Alexsandro dos Santos, 92540481000, Furlanetto, Ecleide Cunico, 04552529803, Bezerra, Marlos Alves, 91557267472, Silva, Rosalia de Fátima e, 32264046449, Passeggi, Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari |
Publisher | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, UFRN, Brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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