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A f?rmula do mundo segundo Karl Popper

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Previous issue date: 2009-08-24 / Essa tese pretende defender o seguinte argumento: a filosofia de Popper, devido ao seu interesse primordialmente cosmol?gico, somente pode ser corretamente compreendida enquanto sistema, isto ?, enquanto explica??o global da realidade entendida em seus dois pontos basilares: Metaf?sica e Teoria do Conhecimento. No Cap?tulo I argumentaremos que na base da ci?ncia moderna temos Cop?rnico e Galileu. O primeiro n?o parte de problemas concretos nem de dados observacionais, na linguagem de Popper o heliocentrismo, como qualquer outra teoria cient?fica, ? fruto de uma intui??o criadora; essa intui??o produziu uma teoria que tem sua validade a partir de sua capacidade explicativa, da qual deduzimos certas predi??es pass?veis de teste. Popper percebeu que a relatividade ao derrubar a mec?nica newtoniana, o faz afirmando o ingrediente ontol?gico do realismo, e a tese da verossimilhan?a ainda que sob forma intuitiva. No Cap?tulo II procuraremos argumentar que as respostas modernas Hume e Kant - pressupunham, ainda que por raz?es distintas, o mecanicismo: Hume enquanto fundamento ontol?gico para suas infer?ncias indutivas psicol?gicas, o que, diga-se de passagem, ? insustent?vel, e Kant em seus ju?zos sint?ticos a priori. A resposta do Positivismo L?gico apresentava em sua base graves dificuldades: a id?ia de que o discurso cient?fico seja em si auto-sustent?vel, porque oriundo do m?todo indutivo transformava as leis cient?ficas em: a) enunciados carentes de sentido, pois sua infer?ncia n?o ? logicamente justific?vel; b) regras para a forma??o de enunciados, semelhantes a regras de infer?ncia, o que em nada ajudaria j? que a fundamenta??o das regras de infer?ncia na dedu??o se d? por sua capacidade de transmiss?o de verdade, isto ?, com base nessas regras de infer?ncia nunca teremos premissas verdadeiras e conclus?es falsas, como a indu??o n?o permite isso.... c) instrumentos preditivos, o que suprimiria o aspecto descritivo da ci?ncia. No Cap?tulo III buscamos argumentar que o dedutivismo falibilista, tal como o estamos interpretando, reconhece na refuta??o einsteiniana a afirma??o de um mundo independente, e a id?ia do conhecimento enquanto processo governado por conjecturas e refuta??es. Mediante a constata??o da assimetria existente entre as hip?teses universais intuitivamente criadas e os enunciados b?sicos delas dedut?veis, compreendidos como seus falseadores potenciais, temos um crit?rio de demarca??o entre ci?ncia e n?o-ci?ncia perfeitamente enquadrado na cosmologia preocupa??o central de Popper. No Cap?tulo IV vamos analisar como, a partir dos anos 50 e 60, Hanson, Toulmin, Kuhn, Lakatos e Feyerabend tamb?m criticam a Filosofia da Ci?ncia de inspira??o neopositivista procurando demonstrar que uma an?lise meramente formal, quando estendida ? hist?ria da ci?ncia, se revela insuficiente. Dois s?o os seus pontos b?sicos de ataque: a indu??o e a id?ia de que a ci?ncia repousa sobre uma infal?vel base emp?rica. Em que pese todos constru?rem suas teses a partir da hist?ria da ci?ncia s?o, antes de tudo, fil?sofos, o que nos permite dizer que sua cr?tica a Popper est? centrada basicamente no seguinte ponto: a indissoci?vel imbrica??o teoria-experi?ncia n?o permite uma solu??o racional para o problema da base emp?rica. Procuramos argumentar que, quando admitimos como estamos propondo o reconhecimento da Metaf?sica Realista de base, essas cr?ticas podem ser superadas de maneira relativamente tranq?ila, sem que isso implique em um mergulho em busca de legitima??o na hist?ria da ci?ncia. No Cap?tulo V reconhecemos que, se at? aqui nos foi dado argumentar que o realismo enquanto metaf?sica ? um pressuposto necess?rio da epistemologia de Popper, cabe admitir que essa realidade independente ? dotada de regularidades, tornando necess?rio conciliar Realismo e Indeterminismo, meidiante a no??o de propens?o. Os Tr?s Mundos aqui s?o introduzidos partindo de uma reformula??o da perspectiva evolucionista, que ter? por ponto de partida a id?ia de que todos os organismos est?o permanentemente imersos na resolu??o de problemas, problemas esses que n?o se restringem t?o somente a sobreviv?ncia. Por um processo de ensaio e erro, toda a natureza ? homog?nea, radicando a especificidade humana na capacidade de desenvolvimento de uma linguagem descritiva e argumentativa. A capacidade de produzir a linguagem cria o M 3 e concomitantemente a possibilidade da constitui??o do sujeito humano enquanto Eu consciente.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/2829
Date24 August 2009
CreatorsPereira, Julio Cesar Rodrigues
ContributorsLuft, Eduardo
PublisherPontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia, PUCRS, BR, Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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