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Previous issue date: 2010-12-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In a specific scope, this dissertation intends to demonstrate and defend the hypothesis that demolition and creation, i.e, critique and affirmation are antagonistic aspects and, at the same time, complementary in Nietzsche s discourse, therefore fundamental to the formation of a affirmative philosophical project so inclined to "become what one is." In a general context, our goal is to analyze the issue of language in Nietzsche's work from the perspective of the "three transformations of the spirit", defending the idea that, regarding the question of language, we can not find any evidence in the writings of Nietzsche of a "Nietzschean theory of language", since what we have are transformations of language. For Nietzsche, the establishment of a metaphysics of language was a crucial step for that the animal man could build a "real world" (wahre Welt), and with it an "apparent world" (Welt scheinbare), in contradiction (Widerspruch) with the "actual world" (Welt wirklichen). In this sense, the Nietzschean critique of language - first under an rhetoric perspective, then later in areas of its psycho-physiology - "sought to dismantle the metaphysical assumptions that since the rise of Western thought gave support to the narratives of "real worlds" and "apparent worlds". However, after the demolition of the metaphysics of language we face the following question: is it still possible to philosophize? In fact, the critical approach to early writings, due to be strictly in the context of denial, seems to us to escape this question, which was necessary to cross towards the elaboration of a affirmative philosophy. In this sense, language is taken by Nietzsche as a organism responsible for reporting the "itself", while it is envisioned as a therapy, since, as an expression of an inner state, it does not require the reader the altruistic attitude of losing "his/herself" and acceptance of others in writing - which would indicate, according to the philosopher, the degeneration of life. Rather, it intends to implement in the reader a healthy egoism, a vigorous freedom necessary for his/her continuing search for him/herself. Finally, we find that when assessed under the criterion of transformation, the Nietzschean question of language reveals the antagonism between the necessary and critical part of his affirmative philosophy, without which it would certainly be impossible to write "so good books." / Num âmbito específico, o escopo do presente trabalho consiste em demonstrar e defender a hipótese de que, demolição e criação, ou seja, crítica e afirmação são aspectos antagônicos e, ao mesmo tempo, complementares no discurso de Nietzsche, logo fundamentais para a constituição de um projeto filosófico afirmativo inclinado ao tornar-se o que se é . Num âmbito geral, nosso objetivo será analisar a questão da linguagem na obra de Nietzsche sob a ótica das três transformações do espírito , defendendo a idéia de que, no que tange à questão da linguagem, não podemos encontrar nos textos nietzschianos qualquer indício de uma teoria nietzschiana da linguagem , assim, o que temos são transformações da linguagem. Para Nietzsche, a constituição de uma metafísica da linguagem foi um passo decisivo para que o animal homem pudesse construir um mundo verdadeiro (wahre Welt), e com ele um mundo aparente (scheinbare Welt), em contradição (Widerspruch) com o mundo efetivo (wirklichen Welt). Neste sentido, a crítica nietzschiana da linguagem primeiramente sob uma ótica retórica, e, posteriormente, nos domínios de sua psico-fisiologia procurou desarticular os pressupostos metafísicos que desde a origem do pensamento ocidental deram suporte às narrativas de mundos verdadeiros e aparentes . No entanto, após a demolição da metafísica da linguagem nos deparamos com a seguinte questão, como ainda é possível filosofar? De fato, a abordagem crítica dos primeiros escritos por se encontrar estritamente no âmbito da negação parece não dar conta de escapar a esse questionamento, para o qual foi necessário ultrapassá-la rumo à elaboração de uma filosofia afirmativa. Neste sentido, a linguagem é tomada por Nietzsche como um organismo responsável por comunicar o si-mesmo , ao mesmo tempo em que é vislumbrada como uma terapêutica, uma vez que, sendo expressão de um estado interior, ela não exige do leitor a postura altruísta de perda de si-mesmo e acolhimento do próximo na escrita o que indicaria, segundo o filósofo, a degenerescência da vida. Pelo contrário, ela pretende realizar no leitor um saudável egoísmo, uma vigorosa liberdade necessária à sua perene busca de si mesmo. Por fim, constatamos que, quando avaliado sob o critério da transformação, a questão nietzschiana da linguagem revela o antagonismo necessário entre a vertente crítica e afirmativa de sua filosofia, sem a qual certamente seria impossível escrever livros tão bons .
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/2107 |
Date | 03 December 2010 |
Creators | Gonçalves, Alexander |
Contributors | Frezzatti Junior, Wilson Antonio, Onate, Alberto Marcos, Lopes, Rogério Antônio |
Publisher | Universidade Estadual do Oeste do Parana, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia, UNIOESTE, BR, Filosofia Moderna e Contemporânea |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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